O orçamento paulista não é regionalizado. Isso significa que grande parte
das despesas não são registradas adequadamente nas regiões onde os recursos são
aplicados. Isso reduz fortemente a capacidade de fiscalização da população em
relação aos valores previstos e realizados por parte do governo Estadual.
Apesar de ser tecnicamente possível, o governo Alckmin sequer
disponibiliza o Plano de Investimentos Anual de forma detalhada, por região e
cidade, instrumento este que permitiria o acompanhamento da execução dos
investimentos previstos.
Os investimentos das empresas estatais (SABESP e CDHU, por exemplo)
também não são demonstrados de forma regional.
Tal situação coloca o planejamento orçamentário do governo paulista em
situação de atraso quando comparamos com o governo federal (PAC) ou mesmo em
relação a outros Estados, como no caso de Minas Gerais, Rio Grande do Sul ou
Santa Catarina, por exemplo.
Ainda assim, o Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária oferece
alguns números sobre os investimentos da Administração Direta nas Regiões
Administrativas do Estado.
Em 2014, o governo Alckmin destinou menos recursos para investimentos nas
Regiões Administrativas do Estado em relação a 2013 em valores reais, uma
redução de 15,8%.
Perderam investimentos as regiões de São José do Rio Preto, Central
(Araraquara e São Carlos), Presidente Prudente, Grande São Paulo, Barretos,
Santos e Bauru.
Os números também revelam que a concentração dos investimentos regionalizados
na Região Metropolitana de SP é muito grande ao longo dos anos.