(do Transparência SP)
Os setores conservadores tupiniquins passaram os últimos dez anos criticando o Bolsa Família. Este programa seria uma bolsa esmola, escola de vagabundos e desocupados, mecanismo de compra de votos, entre outras barbaridades.
Não importa que tais programas de transferência de renda sejam defendidos por economistas americanos conservadores, que tais programas são premiados internacionalmente e que estão permitindo, de fato, reduzir a desigualdade social absurda existente no Brasil.
Pois bem, neste semana, o governo Alckmin, maior representante dos setores conservadores, capitulou. Lançou o Bolsa Idoso, ou Cartão Amigo do Idoso. Com ele, todo idoso com mais de 80 anos e sem rendimentos terá uma bolsa de R$ 100,00.
Segundo os economistas conservadores que defendem programas de transferência de renda, estes recursos devem ser direcionados sobretudo para as famílias de baixa renda e que garantam os filhos na escola e com a vacinação em dia. Exatamente os critérios para o Bolsa Família. Desta forma, garante-se a transferência de renda hoje e um futuro melhor para as famílias, com melhor escolaridade e saúde dos filhos.
Alckmin copia de forma mal feita os programas de transferência de renda, mas pelo menos reconhece que segmentos da população merecem ter uma renda mínima. Já é algum começo.
Quando criticarem o programa Bolsa Família, é só apresentarmos o Bolsa Idoso do governo paulista.