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sexta-feira, 11 de março de 2011

Segurança de SP: Para onde se olha tem trampa.

Num shopping center movimentado, o Secretário de Segurança, Antonio,  entrega a um (excelente) repórter documentos que comprovam a corrupção na Secretaria de Segurança – a Secretaria do próprio Antonio.

A reportagem revela que, nos Governos Alckmin (anterior) e Cerra, se praticava um tipo de corrupção que não se viu, por exemplo, no Governo Maluf: vender dados sobre criminalidade a construtoras e esconder do público (e dos compradores de imóveis.)

Chicago na veia !

Funcionários da Secretaria de Segurança capturam o vídeo da câmera do shopping Center e divulgam.

(Que Secretário de Segurança é esse que  tem encontro secreto nu shopping Center ?)

O Secretário de Segurança é do Cerra, que o Alckmin manteve.

O Secretário de Segurança do governo anterior do Alckmin, Saulo, é suspeito de participar do massacre de criminosos no famoso episódio conhecido como “Massacre da Castelinho”

Saulo foi quem contratou o funcionário que vendia informações sobre criminalidade.

A Antonio se atribui a tarefa de punir funcionários corruptos da Secretaria, funcionários que lá estão desde os tempos do Saulo.

A Folha – no espaço da página 2 dedicado a Clovis Rossi – suspeita que os funcionários corruptos da Secretaria de Segurança (do Saulo e do Antonio) estejam por trás do vazamento do vídeo.

Mas, quem está mesmo por trás de tudo são o Alckmin e o Cerra – ou não, amigo navegante ?

Quando é que São Paulo vai ter um Beltrame ?

Enquanto isso, na pág. C3 da Folha (*), Vila Madalena, bairro nobre de São Paulo, sofreu o quinto arrastão em 30 dias.

Enquanto isso, até em Paris, o poste do Cerra enfrenta protestos por aumento de ônibus.

São Paulo é a única cidade do Brasil que, neste momento, enfrenta paralisações de moradoresindignados com o aumento do transporte público.

Em uma semana, três estudantes universitários foram assassinados durante roubos em São Paulo,informa o jornal Agora (o único que presta, em São Paulo), na pág. A6.

Só não haverá um processo de impeachment na Assembléia, porque o próprio Presidente da Assembléia, segundo a Folha, na primeira página, é acusado de um pequeno desvio de R$ 3 milhões (coisa insignificante, para os padrões da Chuíça (**)), na cidade de Itapira.

A Assembléia não comporta DOIS processos de impeachment simultâneos !

Viva a Chuíça (**) !

(E ele ainda quer ser Presidente !)

Clique aqui para ver o vídeo do encontro secreto do Antonio, secretário de Segurança (?), num shopping.



por Paulo Henrique Amorim


http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/03/11/seguranca-de-sp-para-onde-se-olha-tem-trampa/

Secretário de Segurança, Ferreira Pinto, se encontra com Jornalista da Folha em Shopping Center: assista aqui

Ferreira Pinto parece agitado, portanto um envelope. O jornalista da Folha, Mario Cesar Carvalho, também aparenta estar apressado.

Jornalismo serrista tenta salvar o Pinto

por Rodrigo Vianna
O serrismo iniciou a operação para salvar Antônio Ferreira Pinto – o secretário de Segurança que foi filmado conversando com um repórter da “Folha” em shopping de São Paulo (quatro dias depois, o repórter publicou matéria com denúncias contra um assessor da secretaria, que integraria grupo rival de Ferreira Pinto na pasta; segundo a matéria, Tulio Khan ”vendia” informaçõe sigilosas através de uma consultoria privada – tudo com “aprovação informal” da secretaria).
O primeiro sinal da “operação de salvamento do Pinto” (com todo respeito) veio na quinta-feira, com um texto no blog de um daqueles jornalistas da “Veja”. A linha da defesa era: o secretário é um “homem bom” (copyright – Professor Hariovaldo) e foi vítima de uma operação de espionagem armada pela “banda podre” da polícia. Depois, o tal blogueiro desfiou números dos bons serviços prestados por Ferreira Pinto ao bravo povo bandeirante.
Hoje, a “Folha de S. Paulo” adotou a mesma linha. Chamada na capa questionando o shopping (que cedeu as imagens), e artigo de Fernando Barros e Silva, sob o título:  ”A quem interessa espionar o titular da Segurança?”. A cobertura, digamos, “jornalística” do episódio a “Folha” deslocou para o caderno “Cotidiano” – longe das páginas de “Política”. Hum…
Acho que a “Folha” faz bem em perguntar “a quem interessa espionar o secretário de Segurança”. Evidentemente, alguém estava na cola do secretário, viu o encontro dele com o repórter, e acionou a equipe de segurança do shopping para obter as imagens. O subtexto da “reportagem” da “Folha” e do artigo do Fernando Barros e Silva é: Ferreira Pinto está sendo perseguido pela “banda podre” da polícia.
Ok. Pode até ser. E isso seria grave mesmo.
O estranho é a “Folha” não fazer outras perguntas. Então, humildemente, faço-as aqui.
1) Por que o secretário foi conversar com  repórter no shopping, em vez de recebê-lo em seu gabinete? O secretário não queria que ninguém na secretaria testemunhasse o encontro? (isso mostra o grau de divisão que há na secretaria, e entre os tucanos de São Paulo de forma geral…).
2) Se o secretário Ferreira Pinto foi o responsável, como sugerem as imagens no shopping, por vazar para o jornalista Mario Cesar Carvalho informações sobre as atividades, digamos, pouco republicanas do assessor Tulio Khan, por que o próprio secretário não demitiu antes Tulio Khan? (isso compromete um pouco a imagem de “homem bom” que Ferreira Pinto tenta vender para justificar sua permanência no cargo)  
3) Se um ministro de Lula (ou um secretário de Marta, quando prefeita de São Paulo) fosse flagrado com envelope debaixo do braço, e depois reunido com um blogueiro sujo fora do horário de expediente, a “Folha” estaria cobrando explicações do shopping, ou estaria partindo pra cima do governo? (isso mostra, como se fossem necessárias ainda provas adicionais, a diferença de tratamento da velha mídia para tucanos e petistas).
Além das perguntas singelas acima, acho importante relembrar alguns pontos:
- esse episódio é parte da guerra fratricida travada entre os tucanos, como escrevi aqui;
- essa guerra começou muito antes, documentos do wikileaks mostram como os serristas se referiam a Alckmin durante a disputa pela candidatura presidencial em 2006, com você pode ler aqui
- em novembro de 2010, quando Alckmin montava o secretariado, a “Folha” (sempre ela) trouxe reportagem do mesmo Mario Cesar Carvalho defendendo a tese de que tirar Ferreira Pinto da Secretaria de Segurança seria uma rendição à “banda podre” da polícia (a reportagem, por “coincidência”, interessava a Serra – que pretendia manter o afilhado Ferreira Pinto na pasta; ou seja: a Folha teria feito lobby para manter um secretário serrista no governo de Alckmin); a “Folha” está afundada até o pescoço nessa história, e fará de tudo para virar o jogo, tentando transformar  episódio em “grave violação dos preceitos constitucionais”.
- a imagem do secretário com o repórter não foi divulgada em nenhuma TV, não saiu no rádio nem no jornal – foi publicada “apenas” em blogs; portanto, a “Folha” gasta umas três páginas (com chamada de capa) para responder a meia dúzia de blogs sujos (o que mostra como o jogo da comunicação no Brasil tornou-se mais complexo). 
Por fim, a pergunta mais importante: por que Serra (e o jornalismo serrista) estariam tão preocupados em manter Ferreira Pinto no cargo? Certamente, não é porque ele é um “homem bom” a serviço da liga da Justiça bandeirante!
A resposta está na política… A Secretaria de Segurança de São Paulo é mais importante que muito ministério em Brasília. Mexe com dezenas de nomeações de delegados e policiais. E por ela passam invesigações importantes. Dois exemplos singelos: o caso que envolve o cunhado de Geraldo Alckmin, e a investigação sobre Paulo Preto. Os dois casos são conduzidos pelo Ministério Público. Mas a polícia civil é (sempre) o braço operacional nas investigações. 
Interessa a Serra ter o comando de uma secretaria que pode, digamos, direcionar investigações que mexem com a composição de forças do tucanismo em São Paulo.
O caso Ferreira Pinto é tão grave que pode levar parte da base aliada de Alckmin a pedir uma CPI na Assembléia Legislativa. Pelo menos quatro deputados estaduais da base já manifestaram interesse em pedir investigação sobre Fereira Pinto. O que move os parlamentares não é  interesse público. Pinto tem-se mostrado duro (com todo respeito) no trato com parlamentares: nega-se a atender pleitos políticos para nomeações de delegados e teria destratado dois parlamentares em audiências recentes.
Alckmin gostaria de rifar logo Ferreira Pinto. Mas se o fizer agora, o jornalismo serrista vai espalhar que ele “cedeu à banda podre”. Mas a decisão de trocar o secretário, garantem fontes na Assembléia Legislativa de São Paulo, já estaria tomada.
Vão voar mais penas de tucanos por aí. A “Folha” e o blogueiro da “Veja” podem ajudar a recolhê-las… Boa sorte a eles.   
  

Presidente da Assembleia de SP é acusado de desvio de verba

Investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado encontraram dezenas de depósitos feitos em dinheiro na conta do deputado, no valor total de R$ 933 mil.


Por Flavio Ferreira e Silvio Navarro, de São Paulo
Sexta-feira, 11 de março de 2011

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), é acusado num processo judicial sigiloso de participar do desvio de R$ 3,1 milhões dos cofres da Prefeitura de Itapira (SP), município que administrou até 2004.
Investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado encontraram dezenas de depósitos feitos em dinheiro na conta do deputado, no valor total de R$ 933 mil.
Segundo a denúncia apresentada à Justiça, que acusa Barros Munhoz de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, a movimentação em suas contas é incompatível com a renda que ele declarou na época em que era prefeito.
A Justiça de São Paulo, onde corre o processo, mandou bloquear os bens do deputado. Barros Munhoz recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar liberar seu patrimônio, mas a decisão da Justiça Estadual foi mantida no ano passado.
Seis auxiliares do deputado também foram denunciados pela Promotoria. A ação civil pública foi ajuizada em setembro de 2006 e corre em segredo de Justiça para proteger o sigilo bancário dos acusados. Não há previsão para a data do julgamento.
Barros Munhoz assumirá na semana que vem seu segundo mandato como deputado estadual e deverá ser reconduzido à presidência da Assembleia com apoio quase unânime. Até o PT e outros partidos que fazem oposição ao PSDB prometem apoiá-lo.
O tucano administrou Itapira em três oportunidades e deixou a prefeitura em 2004, quando não podia mais concorrer à reeleição e não conseguiu eleger o sucessor.
Em nota encaminhada por sua assessoria, Barros Munhoz negou as acusações e disse que os promotores que o acusaram agiram por motivação política.
A investigação começou em 2004 com objetivo de apurar acusações de fraude em quatro licitações da prefeitura, que contratou a empresa Conservias Construções e Serviços Rodoviários para pequenas obras.
Os contratos somam apenas R$ 436 mil. Posteriormente, ao analisar a movimentação bancária dos acusados, o Ministério Público contabilizou depósitos de R$ 2,7 milhões em suas contas.
A promotoria não conseguiu esclarecer a origem desses recursos e somou os dois valores para chegar aos R$ 3,1 milhões indicados na denúncia à Justiça.
Documentos colhidos nas investigações e depoimentos de funcionários da prefeitura e outras testemunhas indicam que auxiliares de Barros Munhoz descontaram na boca do caixa cheques emitidos pela prefeitura para pagar a empresa Conservias e outros fornecedores.
Em 16 casos, os cheques foram endossados no verso pelo próprio Barros Munhoz e por seu secretário de Finanças, Ademir Graciato, o que permitiu que os recursos fossem sacados por funcionários da prefeitura.
A Folha teve acesso a parte da ação sigilosa. Seu objetivo é reaver o dinheiro desviado dos cofres públicos e afastar os envolvidos de cargos políticos. Se for condenado à pena máxima, Munhoz ficará impedido de disputar eleições por dez anos.
PERÍCIA
Há vários indícios de que as licitações que levaram à escolha da Conservias foram fraudadas. Peritos descobriram que propostas apresentadas por concorrentes diferentes nas quatro licitações foram redigidas na mesma máquina de escrever.
Na denúncia apresentada à Justiça, os promotores André Luiz Brandão e Neander Sanches dizem que a Conservias era uma empresa fantasma, criada apenas para assegurar contratos com a prefeitura e receber pagamentos do município. A empresa fechou as portas em 2004.
Em 2008, os contratos da prefeitura com a Conservias foram aprovados em tomadas de contas feitas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Os promotores descobriram que 33 cheques emitidos pela prefeitura em favor da empresa foram sacados na boca do caixa.
O então assessor de gabinete do prefeito, Sandro Pio, e o ex-chefe do serviço de água e esgoto de Itapira Noé Massari fizeram saques.
Barros Munhoz nega fraudes e ataca promotores
Segundo ele, os empréstimos foram declarados à Receita Federal em 2004.
Barros Munhoz disse que os contratos da prefeitura com a Conservias, classificada como empresa de fachada pela Promotoria, foram regulares. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) aprovou os contratos em 2008.
O tucano afirma que as licitações apontadas como irregulares foram conduzidas por funcionários concursados. Alguns desses funcionários também são citados na acusação da Promotoria.
“Não há nada a esconder e o deputado tem certeza de que a Justiça lhe dará razão”, diz a nota da assessoria.
Munhoz afirma que os promotores contabilizaram de maneira errada os depósitos que ele recebeu, ignorando transferências entre suas contas e somando duas vezes algumas transações.
Ele diz que recebeu R$ 519 mil no período em que os promotores identificaram depósitos de R$ 933 mil.
Sobre o fato de endossar cheques da prefeitura que foram sacados na boca do caixa, Munhoz afirmou que era “uma prática da prefeitura”, adotada “em casos muito raros” para o pagamento de fornecedores.
O tucano diz que nunca foi intimado a prestar depoimento e que se ofereceu para prestar esclarecimentos, apresentando à Justiça uma petição uma semana após a apresentação da denúncia.
Munhoz disse ver motivação eleitoral nas investigações da Promotoria. O tucano afirmou que apresentou representações à Corregedoria do Ministério Público contra os promotores André Luiz Brandão, que assina a denúncia, e Adriano Andrade de Souza, que conduziu as investigações. As representações foram arquivadas.
Os promotores não comentaram o caso sob o argumento de que corre em segredo de Justiça.
O ex-diretor do serviço municipal de água e esgoto Noé Massari não respondeu a e-mail enviado pela reportagem. A Folha não conseguiu encontrar Massari nem Sandro Pio, ex-assessor do gabinete da prefeitura.
A reportagem telefonou para o ex-secretário de Finanças Ademir Graciato, mas não conseguiu contatá-lo. Sua advogada disse que não poderia falar para não violar o segredo de Justiça. 

Serra x Alckmin: conflitos sem fim.

(do Transparência SP)

 Reportagem desta sexta feira (11/03), publicada na Folha de SP, representa mais um capítulo da guerra fraticida entre Serra e Alckmin, disputada nos bastidores.
A reportagem apresenta a existência de processo judicial que apura desvios de até R$ 3 milhões na administração de Barros Munhoz (PSDB), quando este era ainda prefeito da cidade de Itapira.
Nos últimos dois anos, Barros Munhoz foi presidente da Assembléia Legislativa de SP, representando um ponto de equilíbrio político para o governo Serra.
Diante de uma bancada do PSDB dividida, Barros Munhoz vem se viabilizando também como possível candidato a presidente da ALESP nos próximos dois anos, servindo agora como ponto de equilíbrio do governo Alckmin.
Nesta transição de Serra para Alckmin, Barros Munhoz vem colhecionando desafetos entre os serristas. Não por outro motivo, investigações sobre sua administração em Itapira, que já existem desde 2006, só estão aparecendo agora, e ainda por cima, na Folha de São Paulo (= Serra).
Os serristas não estão para brincadeira. Não querem deixar pedra sobre pedra do governo Alckmin. 


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Presidente da Assembleia de SP é acusado de desvio de verba

(na Folha de SP)

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), é acusado num processo judicial sigiloso de participar do desvio de R$ 3,1 milhões dos cofres da Prefeitura de Itapira (SP), município que administrou até 2004.
Investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado encontraram dezenas de depósitos feitos em dinheiro na conta do deputado, no valor total de R$ 933 mil.
Segundo a denúncia apresentada à Justiça, que acusa Barros Munhoz de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, a movimentação em suas contas é incompatível com a renda que ele declarou na época em que era prefeito.
A Justiça de São Paulo, onde corre o processo, mandou bloquear os bens do deputado. Barros Munhoz recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar liberar seu patrimônio, mas a decisão da Justiça Estadual foi mantida no ano passado.
Seis auxiliares do deputado também foram denunciados pela Promotoria. A ação civil pública foi ajuizada em setembro de 2006 e corre em segredo de Justiça para proteger o sigilo bancário dos acusados. Não há previsão para a data do julgamento.
Barros Munhoz assumirá na semana que vem seu segundo mandato como deputado estadual e deverá ser reconduzido à presidência da Assembleia com apoio quase unânime. Até o PT e outros partidos que fazem oposição ao PSDB prometem apoiá-lo.
O tucano administrou Itapira em três oportunidades e deixou a prefeitura em 2004, quando não podia mais concorrer à reeleição e não conseguiu eleger o sucessor.
Em nota encaminhada por sua assessoria, Barros Munhoz negou as acusações e disse que os promotores que o acusaram agiram por motivação política.
A investigação começou em 2004 com objetivo de apurar acusações de fraude em quatro licitações da prefeitura, que contratou a empresa Conservias Construções e Serviços Rodoviários para pequenas obras.
Os contratos somam apenas R$ 436 mil. Posteriormente, ao analisar a movimentação bancária dos acusados, o Ministério Público contabilizou depósitos de R$ 2,7 milhões em suas contas.
A promotoria não conseguiu esclarecer a origem desses recursos e somou os dois valores para chegar aos R$ 3,1 milhões indicados na denúncia à Justiça.
Documentos colhidos nas investigações e depoimentos de funcionários da prefeitura e outras testemunhas indicam que auxiliares de Barros Munhoz descontaram na boca do caixa cheques emitidos pela prefeitura para pagar a empresa Conservias e outros fornecedores.
Em 16 casos, os cheques foram endossados no verso pelo próprio Barros Munhoz e por seu secretário de Finanças, Ademir Graciato, o que permitiu que os recursos fossem sacados por funcionários da prefeitura.
A Folha teve acesso a parte da ação sigilosa. Seu objetivo é reaver o dinheiro desviado dos cofres públicos e afastar os envolvidos de cargos políticos. Se for condenado à pena máxima, Munhoz ficará impedido de disputar eleições por dez anos.

PERÍCIA
Há vários indícios de que as licitações que levaram à escolha da Conservias foram fraudadas. Peritos descobriram que propostas apresentadas por concorrentes diferentes nas quatro licitações foram redigidas na mesma máquina de escrever.
Na denúncia apresentada à Justiça, os promotores André Luiz Brandão e Neander Sanches dizem que a Conservias era uma empresa fantasma, criada apenas para assegurar contratos com a prefeitura e receber pagamentos do município. A empresa fechou as portas em 2004.
Em 2008, os contratos da prefeitura com a Conservias foram aprovados em tomadas de contas feitas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Os promotores descobriram que 33 cheques emitidos pela prefeitura em favor da empresa foram sacados na boca do caixa.
O então assessor de gabinete do prefeito, Sandro Pio, e o ex-chefe do serviço de água e esgoto de Itapira Noé Massari fizeram saques.

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