O governo de SP, nos últimos dias, divulgou a criação das Centrais de Flagrantes como a solução para os problemas de atendimento da Polícia Civil. Só que não atentou-se para a falta de efetivo, de estrutura física e material que atinge toda a corporação. E se isso já não bastasse, a própria população está insatisfeita com as mudanças que, a olhos vistos, logisticamente prejudicou o cidadão já que em muitas situações o mesmo tem que deslocar-se por quase 30 quilômetros de onde o fato ocorreu para registrar a ocorrência, perdendo-se tempo e dinheiro para sua conclusão.
Será que não há nenhum gestor na PC que pudesse esclarecer a situação ao senhor governador?
Pobre Polícia Civil paulista! Anda mal das pernas por falta de bons gestores e por sobra de 'politiqueiros de plantão'.
09/08/2011
Muitas vezes, caso é encaminhado para longe do local do crime.
Alckmin diz que centrais diminuem espera para registro de ocorrências.
Do G1 SP
Há nove delegacias só para registrar flagrantes em toda a capital paulista. A promessa é de atendimento mais rápido e eficiente, mas não é isso que a população tem encontrado. Com as novas centrais, quem precisar registrar um flagrante tem de andar mais pela cidade. Se uma pessoa for assaltada na Avenida Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista, e o criminoso for preso, o caso terá de ser registrado na Central do Jardim das Imbuias, que fica a 16 km de distância do local do crime.
Uma nova central de flagrantes foi inaugurada nesta terça-feira (9) no Brás. Ela vai atender a população da região central da cidade. O governador Geraldo Alckmin disse que o objetivo é agilizar o atendimento. “É uma reengenharia que busca diminuir as despesas, melhorar os recursos humanos, mas, especialmente, liberar a polícia mais rapidamente para o seu trabalho e facilitar a vida da população, que não terá de ficar horas esperando no distrito policial”, diz.
Mas não é isso o que as vítimas contam. Na central de flagrantes que cobre a maior parte da Zona Sul de São Paulo, vítimas e suspeitos entram e saem pelo mesmo espaço e dividem um ambiente comum.
As nove centrais na capital estão no Brás, Sacomã, Ceagesp, Portal do Morumbi, Águia Fria, Vila Carrão, Jardim das Imbuias, Vila Jacuí e São Mateus. “É um absurdo. Fui ao distrito do lado do meu consultório e me mandaram vir para cá”, diz Ana Lúcia Carvalho, que esperou mais de três horas para ser atendida.
Foi o que aconteceu também com Édio Sotero. Ele foi assaltado na região do Parque Santo Antônio pela 23ª vez em dois anos. Sotero precisou atravessar quase 30 km na cidade para fazer o boletim de ocorrência.
Na última semana, foram registrados mais de cem flagrantes na central do Jardim das Imbuias.