(do Transparência SP)
Nos primeiros meses deste ano, o governo Alckmin vem anunciando articulações, projetos e ações envolvendo as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do Estado.
Justifica dizendo que em um raio de 100 km da capital - a chamada macro metrópole de SP - moram mais de 80% da população do Estado e concentra-se mais de 70% do PIB estadual (quase 27% do PIB brasileiro). Até as pedras sabem da importância desta região.
Na prática, o governo paulista busca tomar iniciativa política em regiões populosas, ricas, mas também com muitos problemas urbanos e sociais. Estas regiões receberam poucos investimentos nas últimas décadas, e acabaram por abandonar os tucanos neste período. Questões ligadas ao transporte público, saneamento, habitação e segurança estão entre os maiores problemas das Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista, mas vem recebendo pouca atenção do governo estadual.
Mais ainda, com o governo federal consolidando, nos últimos anos, uma forte política de convênios diretamente com as cidades para grandes obras de infraestrutura urbana, a falta de atuação da esfera estadual tem ficado ainda mais patente.
A idéia dos tucanos paulistas, portanto, é lutar por este espaço geopolítico, buscando ampliar seu eleitorado no Estado e, com isso, ter melhores condições nas próximas disputas presidenciais.
Uma coisa é certa: matendo-se o nível de recursos aplicados nos Fundos Metropolitanos nos últimos dez anos, esta operação política terá pouco êxito.
As regiões de Campinas e Baixada Santista receberam no máximo R$ 5 milhões por ano, recurso absolutamente irrisório para o tamanho das intervenções necessárias nestas regiões.
Já o Fundo da Região Metropolitana de SP realizou, nos últimos 10 anos, menos de 50% dos recursos previstos. São passos de tartaruga cansada.
As regiões de Campinas e Baixada Santista receberam no máximo R$ 5 milhões por ano, recurso absolutamente irrisório para o tamanho das intervenções necessárias nestas regiões.
Já o Fundo da Região Metropolitana de SP realizou, nos últimos 10 anos, menos de 50% dos recursos previstos. São passos de tartaruga cansada.
(do Painel da FSP, por Renata Lo Prete)
Sem fundo
Entre 2000 e 2010, o governo paulista gastou menos da metade dos recursos previstos no orçamento do Fumefi (Fundo Metropolitano de Financiamento), único instrumento de compensação financeira da Grande SP.