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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Diretor do sindicato dos motoristas de ônibus é assassinado na zona sul de SP

/ On : segunda-feira, outubro 25, 2010 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
FOLHA DE SÃO PAULO


O diretor de base do Sindimotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), Sérgio Augusto Ramos, 48, foi morto na madrugada desta segunda-feira perto da garagem da viação onde trabalhava, na estrada do M'Boi Mirim, na zona sul de São Paulo.



De acordo com o sindicato, ele distribuía jornais em frente à garagem por volta das 5h30, quando um homem que estava na garupa de uma moto disparou vários tiros contra ele. Os criminosos fugiram em seguida. A placa da moto estava encoberta.
De acordo com Willian da Silva Oliveira, que acompanhava a vítima no momento, Ramos tentou se abrigar no interior da empresa, mas não conseguiu escapar. Ele foi atingido por seis tiros. O diretor foi socorrido no posto de saúde do Jardim Jacira e encaminhado ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, mas morreu por volta das 7h. O caso foi registrado no 100º DP (Jardim Herculano).
Em nota, o sindicato lamentou o acontecimento. "A diretoria da entidade e o presidente Jorginho lamentam esta fatalidade e se colocam a disposição das autoridades para ajudar na elucidação de mais este assassinado. Segundo o próprio Willian e a esposa de Sérgio, Maria Cândida de Oliveira, ele vinha sofrendo nos últimos meses algumas ameaças que foram registradas em boletins de ocorrências no 47º DP (Capão Redondo), além de ter gravado um vídeo no qual dizia temer por sua vida e de seus familiares".
A nota diz ainda que o Ministério Público investiga as denúncias, mas que até o momento não convocou o presidente Isao Hosogi, o Jorginho. Ele é apontado pela mulher de Ramos como suposto mandante das ameaças feitas por telefone ao marido. O sindicato disse que contratou o advogado Alexandre Crepaldi para acompanhar o caso --o mesmo que defendeu, em 2003, os diretores presos por suspeita de corrupção.
Jorginho, então diretor de patrimônio, foi um dos 17 sindicalistas acusados de, entre outros crimes, receber propina de empresários para incentivar a categoria a fazer paralisações que provocaram uma crise no transporte paulistano. As greves seriam um meio de pressionar a prefeitura a conceder subsídios ou aumentar a tarifa do transporte. As denúncias não foram confirmadas.

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