Cada vez mais me convenço que toda esta onda de imprensa atucanada com “a quebra do sigilo de que não se sabe ser tão sigiloso assim” é uma espécie de tentativa de salvar a elite paulista deste “povo miserável” que, não tem jeito, vai eleger Dilma presidente. Hoje, depois do “exílio” a que tinha renegado Serra nos primeiros programas de sua campanha, onde ele só foi mostrado por dois segundos, em 40 minutos de programa, Geraldo Alckmin abriu generosos 30 segundos para o “coiso” dizer que ambos são “muy amigos” – o Kassab foi só uma aventura passageira - e que muito fizeram juntos e muito ainda vão fazer por São Paulo. “Comigo na presidência, nós vamos continuar esta parceria do bem” , diz Serra no programa.
O mote agora é “Serra fez, Geraldo vai ampliar”, que os paulistanos estão doidos para que não se refira aos pedágios.
Sério, os tucanos estão refluindo para defender sua praça-forte, São Paulo. devem ter razões para isso, razões que os números do Datafolha e do Ibope não nos deixam ver. Hoje, segundo a Folha de S. Paulo, na coluna Painel, começa uma campanha “de porta em porta”, distribuindo impressos com “vitrines” de gestões tucanas.Para vocês terem uma idéia do esforço, segundo o jornal, ” os exemplares saíram da gráfica em 96 versões, uma para cada distrito. No interior, o material terá 50 edições. A iniciativa visa estreitar o laço com lideranças comunitárias e dar mais visibilidade à campanha de rua da dupla Serra-Alckmin.
A situação deve estar mais complicada, embora eu, pessoalmente, ache que esta linha do “me dê uma chance” usada por Mercadante soe fraca e sem confiança. Mercadante é candidato de uma coligação de forças que mudou o Brasil para melhor, que olhou para o povão. Por que não dizer isso ao povão de São Paulo, que é tão brasileiro quanto qualquer um de nós, e muito mais brasileiro do que suas elites discriminadoras.
Na batalha de São Paulo, Lula terá de ser o general
por Brizola Neto
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