publicado no A VOZ DE HORTOLÂNDIA
Uma denúncia de que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) prepara uma onda de atentados colocou policiais de todo o Estado em alerta. A mensagem foi divulgada pela Polícia Civil da Delegacia Seccional de Presidente Prudente. O TodoDia teve acesso ao texto, que foi distribuído a todas as delegacias da Polícia Civil.
O delegado Seccional de Americana, João José Dutra, confirmou o recebimento da mensagem, mas afirmou que os policiais foram avisados para que tenham cautela. Segundo ele, não há motivos para preocupações. “A polícia não pode recuar para o crime, caso haja alguma ação haverá reação policial”, enfatizou.
O capitão Luiz Horácio Raposo Borges de Moraes, do Setor de Relações Públicas do 48º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior) de Sumaré, disse que a corporação não foi informada sobre o assunto, mas a partir de hoje haverá uma reunião entre o setor operacional para discutir a questão das saídas temporárias do Dia das Mães.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas, Oswaldo Diez Júnior, que acumula função na assistência da Delegacia Seccional, disse que a Polícia Civil da cidade não vai divulgar informações relacionadas ao PCC.
A mensagem saiu de dentro da unidade prisional de Presidente Bernardes e cita que seriam realizados ataques em bases da polícias Civil e Militar e que começariam após uma rebelião em oito ou dez unidades prisionais do Estado.
Anteontem à noite, três suspeitos que estavam em um bar, no Parque Versalhes, em Sumaré, foram levados para o plantão policial para averiguação. Um investigador que estava no estabelecimento ouviu os rapazes dizendo que deveriam aguardar ordem do PCC para matar. No plantão policial, os suspeitos negaram o envolvimento e afirmaram que comentavam sobre uma reportagem exibida em uma programa de televisão.
ATAQUES
A primeira série de ataques do PCC aconteceu no dia 12 de maio de 2006. Balanço da ONG (Organização Não Governamental) Observatório da Segurança estima que 25 membros das forças de segurança do Estado morreram. Segundo o governador interino na época, Cláudio Lembo (ex-PFL), os ataques eram uma represália contra a transferência de 765 presos para a Penitenciária 2 de Presidente Bernardes, concebida como de segurança máxima, entre eles o líder do PCC Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.