São Paulo – Sem avanços na negociação salarial com a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), os metroviários decidiram entrar em estado de greve e intensificar a campanha salarial, que começou no início de maio.
A decisão foi tomada pelos trabalhadores em assembleia no dia 20, depois de rejeitarem proposta de reajuste de 5,05% apresentada pela empresa.
A categoria reivindica reajuste salarial de 5,81%, aumento real de 4,25%, e reajuste de 6,18% para o vale-alimentação e vale-refeição. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo reclama que a empresa também não apresentou um plano de carreira, "que é uma das mais importantes e antigas reivindicações da categoria, nem soluções para acabar com as diferenças entre os salários dos funcionários que exercem as mesmas funções".
Outro problema, segundo o sindicato, é o excesso de horas extras. A jornada máxima da categoria deveria ser de 8 horas diárias, mas o limite é ultrapassado constantemente, indica o sindicato. "Se a categoria se recusar a fazer hora extra, certamente não haveria empregados para prestar serviços à população durante todo o funcionamento do Metrô", afirma a entidade, em nota.
"É importante ressaltar que o número de usuários quase triplicou nos últimos anos e a quantidade de metroviários permanece praticamente a mesma", critica o sindicato.
Publicado em 25/05/2010, 18:45
Última atualização às 19:12