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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Condições de trabalho precárias afastam um professor por dia das escolas estaduais

/ On : quarta-feira, maio 26, 2010 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
As condições de trabalho e a saúde do professores da rede estadual sempre foram motivo de protestos entre a própria categoria e também entre especialistas em Educação. Uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo, publicada neste domingo (23/05), baseada nas ‘readaptações’ publicadas no Diário Oficial do Estado revela que desde janeiro, 194 professores foram afastados da rede estadual devido a problemas psicológicos, vocais e de coluna.

Segundo a reportagem de Fábio Takahashi, a cada dia de 2010, um professor se afastou pelos próximos dois anos das salas de aula paulistas. O índice de afastamento por problemas de saúde é o maior entre o funcionalismo público.

Uma pesquisa realizada pela APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) em 2003 sobre as condições de trabalho e as conseqüências à saúde dos professores já revelava que 75% dos professores ministravam aulas para classes com mais de 36 alunos. A maioria dos entrevistados apontou a superlotação como um dos fatores que interferem no seu desempenho profissional.

Quase 20 sintomas

Outros fatores que levam os professores ao adoecimento também foram apontados pela pesquisa: excesso de trabalho (45% deles precisavam manter outra atividade fora da rede estadual para complementar o salário); más condições de ensino, falta de materiais pedagógicos adequados, violência nas escolas, situação social e dificuldades de aprendizagem dos alunos, entre outros problemas.

Quase 40% dos entrevistados pela APEOESP responderam que já haviam enfrentado afastamento por motivos de saúde, como estresse, problemas na voz, tendinite e, também, bursite e depressão. A incidência dessas doenças foi confirmada por diagnósticos médicos.

Entre as manifestações e sintomas que os professores disseram sentir no momento da pesquisa estão cansaço, nervosismo, problemas com a voz, dores nas pernas, ansiedade, dores de cabeça, dores na coluna, além de 11 outras manifestações.

Na época, a pesquisa foi ignorada pelo Governo do PSDB; assim como a dissertação de mestrado que uma professora readaptada na rede estadual realizou sobre o tema. Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol é autora da pesquisa “Identidade e trabalho docente: A situação do professor readaptado em escolas públicas do Estado de São Paulo”.

“A escolha deste tema surgiu a partir da minha história como professora da rede estadual de ensino de São Paulo desde 1989. Necessitei afastar-me da sala de aula em 2003, por causa de problemas nas cordas vocais”, conta a professora, que defende em seu trabalho uma ação integrada e multidisciplinar das Secretarias da Saúde e da Educação para tratar do problema e também o aumento do investimento em políticas públicas e de gestão de pessoas, na forma de programas de prevenção de doenças funcionais no setor público estadual.

Além da manutenção de uma equipe de profissionais da saúde para dar suporte aos professores, a APEOESP defende também soluções “preventivas e estruturais, como o fim da superlotação das salas de aula; redução da jornada de trabalho sem redução salarial; ampliação do espaço e melhoria da acústica nas salas de aula e disponibilização de microfone aos professores; substituição das lousas a giz e outras”.

Os professores e servidores públicos em geral sofrem ainda com a falta de atendimento médico adequado, já que são frequentes as reclamações e denúncias contra o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo e o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

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