extraído do Flit Paralisante
Já vimos este filme.
Fonte: BOL
Governador sanciona aumento salarial da polícia de SP; associação diz que é engodo
27/05/2010 – 20h11 | da Folha.com
O governado Alberto Goldman (PSDB) sancionou nesta quarta-feira (26) lei que aumenta o salário dos policiais civis, militares e científicos do Estado.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o aumento será de até 23,82%, caso dos soldados de 2ª classe da PM em cidades com até 200 mil habitantes. Agentes policiais, carcereiros, auxiliares de papiloscopistas e atendentes de necrotério em cidades semelhantes terão os vencimentos elevados em 20,98%.
Quando enviou o projeto para votação na Assembleia Legislativa, o governo dizia atender duas reivindicações: a incorporação integral do Adicional por Local de Exercício (ALE) e a extinção dos menores níveis do adicional.
O objetivo era corrigir distorções administrativas, como o maior interesse dos policiais em trabalhar nas cidades grandes.
“O maior aumento é para o policial que está mais próximo da população, na ponta da linha, protegendo a sociedade e garantindo a segurança pública”, disse, na época, o secretário Antônio Ferreira Pinto.
De acordo com a SSP, a redução de três para dois níveis de ALE custará ao Estado R$ 236,6 milhões por ano –por mês, a lei implicará em aumento de despesa de R$ 17,7 milhões.
Engodo
O projeto de lei provocou insatisfação na Polícia Civil, que desde sua apresentação ameaçou greve e começou operação padrão.
“Não houve nenhum avanço, isso não é aumento. O número de policiais que foram contemplados é muito pequeno. Na verdade, é mais um engodo, esse aumento inexiste, não aconteceu”, afirma a presidente da Adpesp (associação dos delegados), Marilda Pansonato Pinheiro, que já havia chamado o projeto de “esmola”.
A associação reivindica a aprovação de um projeto de restruturação da categoria, que fez parte do acordo que encerrou a greve da polícia, em 2008. Policiais civis e militares chegaram a se enfrentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
“Infelizmente, ainda não tivemos nenhum aceno pra que haja negociação, nosso projeto de restruturação continua parado na Casa Civil. Desnaturaram o projeto, um dos funcionários da Casa Civil se posicionou de forma contrária, e dessa forma não tem como seguir adiante”, diz Pinheiro.
A Adpesp convocou uma assembleia extraordinária para esta quinta, para discutir os rumos do movimento de reivindicação.