extraído do Brasília Confidencial
27/05/2010
Nas duas principais universidades públicas de São Paulo, os trabalhadores continuam a ser desrespeitados; após mais um dia sem negociação por parte das diretorias, funcionários da USP e da Unicamp decidiram manter as greves nos dois campi por tempo indeterminado.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Usp (Sintusp), Magno de Carvalho, desdenhou a nota no site da faculdade, que diz que a Justiça concedeu reintegração de posse do prédio da reitoria, bloqueado pelos manifestantes. Até agora, 60% dos empregados aderiram à paralisação. “Essa liminar não chegou às nossas mãos, mas mesmo quando, e se chegar, não recuaremos um milímetro”, afirmou. Para a próxima terça-feira, 01/06, os funcionários da USP preparam uma passeata saindo da universidade, com roteiro a ser definido.
Na Unicamp, onde a adesão é de 40% do efetivo, o medo dos grevistas é que, em vez de negociação, haja só punição. “Temos recebido ameaças de desconto no ponto. Além da reabertura da negociação, precisamos de garantias de que não haverá retaliação”, diz João Raimundo de Souza, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).