(do Transparência SP)
Novas informações relevantes estão surgindo o tempo todo. Agora revela-se que as chamadas "ações sociais emergenciais", como o "aluguel social", só foram assinadas entre a Prefeitura de São José dos Campos e o Governo Alckmin depois da "operação de guerra" executada pela PM no Pinheirinho.
O planejamento de quatro meses, segundo o Senador Aloisio Nunes, pelo que podemos observar, ficou restrito à operação militar desencadeada pela PM. As ações sociais seriam deixadas de lado. Com a repercussão negativa, foram feitas às pressas.
Pinheirinho: Alckmin só se “preocupou” com o social após despejo de moradores
(do site VI o Mundo, por Conceição Lemes)
Na última quarta-feira, a Folha de S. Paulo publicou na página 3 o artigo “As mentiras do PT sobre o Pinheirinho”.
Entre outras coisas, o senador do PSDB de São Paulo afirma que é mentira que “não houve estrutura para abrigar as abrigar as família” e que “nada foi feito em São Paulo para dar moradia aos desabrigados”.
Entre outras coisas, o senador do PSDB de São Paulo afirma que é mentira que “não houve estrutura para abrigar as abrigar as família” e que “nada foi feito em São Paulo para dar moradia aos desabrigados”.
A verdade, segundo Aloysio:
"A operação foi planejada por mais de quatro meses, a pedido da juíza. Participaram PM, membros do Conselho Tutelar, do Ministério Público, da OAB e dos bombeiros. O objetivo era garantir a integridade das pessoas e minimizar os danos. A prefeitura mobilizou mais de 600 servidores e montou oito abrigos. Os abrigos foram diariamente sabotados pelos autodenominados líderes dos sem-teto, que cortavam a água e depredavam os banheiros".
A operação de repressão pode ter sido mesmo, zelozamente, planejada há quatro meses. O forte e pesado aparato policial que atuou na desocupação do Pinheirinho, na madrugada de 22 de janeiro, não se organiza de uma hora para a outra.
Em compensação, escancarou o descaso do governo Geraldo Alckmin com o lado social. A operação para cuidar da moradia das 8 mil pessoas que lá moravam só começou a ser implementada depois de elas já tirem sido jogadas literalmente na rua.
Apenas no dia 26 de janeiro, portanto, quatro dias depois a violenta desocupação do Pinheirinho é que foi firmado convênio entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB) para a transferência de recursos para a concessão do chamado aluguel social até 500 reais para os ex-moradores.
Curiosamente, o anúncio do auxílio aluguel ocorreu no mesmo em que o governo federal disse estar estudando a expansão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida aos moradores que viviam no terreno de Pinheirinho. A proposta foi levada no dia 24 de janeiro ao Advogado-Geral da União, Luiz Inácio Adams, pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
O convênio entre a o governo do Estado e a Prefeitura de São José dos Campos foi publicado na página 3 do Diário Oficial do Estado de 1º de fevereiro de 2012. Abaixo o resumo do extrato do convênio.