O autor do texto é primo do governador de SP.
Se puder, dê uma lida. Se gostar, viralize.
O link, remete até o vídeo de um absurdo flagrante de burrice.
SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA FERREIRA PINTO - PARE DE BRINCADEIRA QUE NEM TODA IMPRENSA É MANIPULADA.
por João Alkimin
Na edição do dia 12 de maio, o senhor Secretário Ferreira Pinto afirma
para a felicidade e tranquilidade de todos nós paulistas e quiçá todos
os brasileiros que a facção criminosa PCC foi exterminada, que só
existem 30 lideres, todos reclusos no mesmo presidio.
Enche-me de tranquilidade o senhor Secretário, não precisarei mais
usar carro blindado, poderei ir a qualquer caixa eletrônico, poderei
sair a noite e passar nas imediações das favelas, formadas em sua
maioria por gente honesta e honrada, sem medo. Deus lhe pague
Secretário!
Agora falando sério, o senhor Secretário zomba da nossa inteligência.
Por que sua Excelência não vai dar uma volta sozinho na cidade
Adhemar? Na Praia Grande? Ou ao Campo dos Alemães, em São José dos
Campos? Ou ainda ao Parque Meia Lua, em Jacareí?
Por que não aparece numa comunidade na estrada que liga César de Souza
à Santa Catarina, em Mogi das Cruzes?
Depois disso, quero vê-lo afirmar que o PCC não existe mais.
A revista Veja fez uma matéria onde compara o secretário Ferreira
Pinto a Elliot Ness, o lendário Guarda Livros levado à condição de
mito por liderar o combate ao crime, nos anos 30, quando vigorava a
Lei Seca nos EUA.
No fim da vida, Ness se transformou em xerife de uma pequena cidade e,
bebado, matou várias pessoas num acidente de carro, posteriormente
suicidou-se.
Eu prefiro compará-lo a J.Hedgar Hoover o também lendário chefe do FBI
-Policia Federal Americana- que, certa feita, disse aos jornalistas
que a máfia não existia, que era uma criação do cinema. Será que Lucky
Luciano e posteriormente John Gotti não eram mafiosos?
É inacreditável mas é sabido sabido como Hoover conseguiu manter-se
por mais de 40 anos como chefe do FBI. Basta ler a história para
saber.
Mas, voltando ao PCC, afirmo aqui que tal dicotomia é criação única e
exclusiva do PSDB. Senão vejamos; -Ha alguns anos o Corregedor dos
Presidios da Policia judiciária era o Juiz Haroldo Pinto da Luz
Sobrinho que a todos informou estar em gestação nos presídios uma
organização denominada Serpentes Negras, era o ovo da víbora.
Sua Excelência foi vitima de zombaria, chacota e inclusive "promovido"
a Juiz do Tribunal de Alçada.
Anos depois, um outro magistrado, Renato Laércio Talli, alertou as
autoridades do Poder Executivo que estava sendo criada nos presídios
uma organização denominada PCC, foi o primeiro brado de alerta.
O que fez o governo do PSDB? Por intermedio do então Secretário, João
Benedito de Azevedo Marques, saiu-se com a seguinte pérola "PCC é uma
escola de samba que está sendo montada no presidio".Mas, quem dança
até hoje somos nós, a população.
Na ótica do Secretário, talvez a extinção do PCC é o que faz com que
Delegacias sejam extintas ou agrupadas.
Vejam o caso Barra do Uma onde extinguiu-se o 1º Distrito Policial,
nas margens da rodovia. Agora, qualquer acidente será informado no
centro da cidade, a 30 km. Palmas para os gênios da Administração.
Tenta-se de todas as formas humilhar ou até destruir a Policia Civil
do Estado de São Paulo. Não entendo o porquê de tanto ódio.
Gostaria de saber o que fará o Secretário de Segurança no caso
apresentado pela Tv Bandeirantes onde um oficial da PM criminosamente
induz um pobre coitado inculto a oferecer-lhe dinheiro para,
posteriormente, frente às câmeras de televisão, prendê-lo por
corrupção ativa. Foi o próprio oficial quem sugeriu a propina,
afirmando: "tem dois tiras lá fora" tentando com isso mais uma vez
desmoralizar a Policia Civil.
Assista - http://videos.band.com.br/Exibir/Corrupcao-ativa/2c9f94b42fc2ba10012fc31fa03a0030?channel=740
Indago dos que viram a reportagem: Era necessário colocar a
metralhadora no peito do cidadão? Porque realmente vitima era o preso,
vitima da Policia Militar e do desejo incontido de aparecer frente às
câmeras de televisão.
O acompanhamento de diligências policiais por parte de repórteres não
encontra amparo legal. Desejo saber o que acontecerá no caso de
acidente com o repórter se ferindo ou morrendo. Quem responderá? A
empresa jornalistica? O Estado?
Se for o Estado nós pagaremos a conta. E o Secretário não vê nada disso?
Por derradeiro, causou-me estupor a demissão do Delegado Conde Guerra.
Não sou amigo dele, o acho destemperado, mas não é ladrão.
Demitido por repercutir uma matéria jornalística? É vergonhoso e criminoso.
Tomara que o Tribunal de Justiça de São Paulo reveja essa barbaridade,
pois vivemos numa democracia, com o direito e a obrigação de informar
as mazelas das autoridades.
O Delegado Conde Guerra não fez nada alem de repercutir matéria da
Rede Globo e não há crime nisso.
Se forem demiti-lo, que o façam por algum motivo justo, legal e não
por perseguição pessoal.
João Alkimin