Quadrilha agia dentro da Corregedoria do Detran e vendia a liberação de CNHs bloqueadas
Nove pessoas foram presas, entre elas dois policiais, sob acusação de participação em um esquema fraudulento de desbloqueio de carteiras de habilitação em São Paulo. A quadrilha agia dentro da Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), cuja sede no centro de São Paulo foi um dos 15 lugares revistados, na terça-feira (3/5), pelos promotores e policiais rodoviários federais que participaram da Operação Cartas Marcadas.
Por R$ 3,5 mil, o bando vendia a motoristas do interior e de Minas Gerais a liberação de CNHs bloqueadas em 2008 pela Operação Carta Branca, justamente pela suspeita de terem sido compradas. Nos últimos três anos, o esquema teria arrecadado R$ 15 milhões em propinas. Os acusados teriam liberado criminosamente 4,5 mil das 29 mil carteiras emitidas em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, bloqueadas desde 2008.
As investigações duraram três meses. O Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pediu à Justiça a prisão temporária dos suspeitos e 15 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos ontem. Em São Paulo, foram presos o investigador Carlos Moroni, que trabalha na Corregedoria do Detran e uma advogada que trabalhava em Guarulhos. Os demais acusados foram detidos em Minas, entre os quais um policial militar. As buscas ocorreram em São Paulo, Guarulhos e quatro cidades mineiras.
As investigações mostraram que, para desbloquear as cartas, o bando usava falsas declarações de residência. Supostos moradores de Ferraz de Vasconcelos declaravam que os donos das CNHs haviam morado em suas casas. Com esse documento, a Corregedoria do Detran desbloqueava os documentos.
O Gaeco interceptou os telefones dos envolvidos e conseguiu 'indícios fortíssimos' do esquema. 'Muitos beneficiados pelo esquema eram pessoas que não tinham condição de passar nos exames, como deficientes e analfabetos', disse o inspetor da PRF, Alexandre Castilho.
Tabela de preços
O esquema de liberação das carteiras tinha uma tabela segundo o local de origem da CNH. Desbloquear documento de Ferraz de Vasconcelos, por exemplo, era mais caro do que de Suzano.
fonte: jornal O Estado de S. Paulo - 3/5/2011
Por R$ 3,5 mil, o bando vendia a motoristas do interior e de Minas Gerais a liberação de CNHs bloqueadas em 2008 pela Operação Carta Branca, justamente pela suspeita de terem sido compradas. Nos últimos três anos, o esquema teria arrecadado R$ 15 milhões em propinas. Os acusados teriam liberado criminosamente 4,5 mil das 29 mil carteiras emitidas em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, bloqueadas desde 2008.
As investigações duraram três meses. O Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pediu à Justiça a prisão temporária dos suspeitos e 15 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos ontem. Em São Paulo, foram presos o investigador Carlos Moroni, que trabalha na Corregedoria do Detran e uma advogada que trabalhava em Guarulhos. Os demais acusados foram detidos em Minas, entre os quais um policial militar. As buscas ocorreram em São Paulo, Guarulhos e quatro cidades mineiras.
As investigações mostraram que, para desbloquear as cartas, o bando usava falsas declarações de residência. Supostos moradores de Ferraz de Vasconcelos declaravam que os donos das CNHs haviam morado em suas casas. Com esse documento, a Corregedoria do Detran desbloqueava os documentos.
O Gaeco interceptou os telefones dos envolvidos e conseguiu 'indícios fortíssimos' do esquema. 'Muitos beneficiados pelo esquema eram pessoas que não tinham condição de passar nos exames, como deficientes e analfabetos', disse o inspetor da PRF, Alexandre Castilho.
Tabela de preços
O esquema de liberação das carteiras tinha uma tabela segundo o local de origem da CNH. Desbloquear documento de Ferraz de Vasconcelos, por exemplo, era mais caro do que de Suzano.
fonte: jornal O Estado de S. Paulo - 3/5/2011