Jornal da Tarde - 05/02/2011
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou nesta sexta-feira, 04, que tenha “congelado” o prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, a duplicação da Rodovia dos Tamoios e a construção da ponte Santos-Guarujá, como revelou reportagem publicada na edição de quinta-feira, 03, no Jornal da Tarde.
Mas, horas depois, o secretário dos Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que os prazos de conclusão dessas obras só serão definidos em seis meses. A seguir, os principais trechos da entrevista.
O governador Geraldo Alckmin disse que as obras não estão paradas, apesar de as informações terem vindo da secretaria. Já há prazos?Primeiro vou passar um conceito geral. Temos mais obras aqui do que eu tenho no orçamento. Isso é fato. É um volume de obras que o orçamento não contempla. Algumas vão ter de ser readequadas e temos de priorizar. A Jacu-Pêssego é uma prioridade, e as marginais vão sair rápido. O fato é que o recurso não estava alocado no orçamento, mas já conseguimos remanejar. O que não vai sair ainda é o prolongamento até a Avenida dos Estados, porque nem o projeto está pronto. A obra é enorme e vai ter de licitar.
E a ponte Santos-Guarujá? Há algum projeto?Há um projeto bem básico sobre a ponte, fruto de um desejo político. Agora é preciso estudar, há impacto ambiental, tem de ver o traçado. E essa obra não está prevista no orçamento. É uma obra prometida, mas não comprometida. Um desejo que hoje, em termos orçamentários, não é realizável. E como fazer? Ou você suplementa o orçamento ou faz remanejamento.
Mas obra foi prometida na gestão anterior…Talvez na questão de prazo tenha tido algum tipo de precipitação. Ou pelo menos não se refletiu no orçamento o desejo manifestado publicamente. Pode até estar no orçamento deste ano, mas preciso saber primeiro quanto custa. O projeto apresentado é bem incipiente.
E o que acontecerá com a Rodovia dos Tamoios, que seria duplicada?O traçado está sendo definido. Temos cinco opções e uma será definida em breve. A obra é grande e vamos escolher a modalidade de contratação, provavelmente uma PPP (Parceria Pública Privada), e se terá pedágio. Mas vai sair e está andando.
Há prazos para essas obras serem iniciadas pelo governo do Estado?Não tem nada congelado e estamos tentando viabilizar todas as obras. Eu acho que neste semestre a gente define tudo.
PAULO SALDAÑA e RODRIGO BURGARELLI