Corregedoria Auxiliar de São José dos Campos instaurou inquérito sobre o caso
Um advogado paraplégico foi agredido por um delegado, na tarde de segunda-feira (17), em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. Os dois brigaram por causa de uma vaga de estacionamento especial para deficientes físicos.
O irmão do advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, Fúlvio, contou que, por volta das 17h de segunda-feira, Anatole tentava parar seu carro em uma vaga próxima a um cartório no centro da cidade. Porém, a vaga destinada a deficientes físicos estava ocupada. O advogado parou o carro mais longe e quando estava próximo ao cartório viu que o homem que utilizou a vaga não era portador de deficiência física.
Segundo Fúlvio, seu irmão questionou o delegado Damásio Marino, que trabalha no 6º Distrito Policial de São José dos Campos. Os dois discutiram e o delegado teria insultado Anatole.
- Meu irmão se sentiu desrespeitado e cuspiu no vidro do carro dele.
O delegado teria então descido novamente do carro, e com uma arma na mão, dado coronhadas na cabeça, olho e boca do advogado.
O delegado foi identificado, pois uma pessoa que testemunhou a briga anotou a placa do carro dele, informou o irmão do advogado. Ainda na segunda-feira, Anatole registrou um boletim de ocorrência, por lesão corporal, e fez exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo afirmou, por meio de nota, que o delegado titular da 1ª Corregedoria Auxiliar de São José dos Campos, Antônio Álvaro Sá de Toledo, instaurou um inquérito, na terça-feira (18), para investigar o caso. Também foi aberto um processo administrativo para apurar a responsabilidade funcional do delegado. O advogado de defesa de Marino, Luiz Antonio Lourenço da Silva, não foi encontrado para comentar o caso.