(do Transparência SP)
Um dos pontos de honra do ajuste fiscal permanente é a "venda" do patrimônio público.
Neste caso, o único problema que enfrentarão é que o patrimônio público com valor de mercado significativo está se exaurindo. Após a venda do que sobrou da CESP, talvez só reste a Companhia do Metrô e o controle da SABESP.
Depois disso, só os Palácios dos Bandeirantes, da Boa Vista (Campos do Jordão) e do Horto.
Seria uma boa sinalização do reinado da ortodoxia econômica em SP: chegar aonde nem a Argentina, de Domingos Cavallo, chegou.
(da Folha de SP)
O novo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorizou que sua equipe negocie a venda da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), terceira maior geradora de eletricidade do país, para o governo federal.
Atrás de recursos para investimentos no Estado, Alckmin planeja vender a empresa. Mas, para evitar o rótulo de privatizante, manifesta simpatia pelo modelo adotado na venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
Em 2008, o governo Serra obteve R$ 5,386 bilhões com a venda da Nossa Caixa para o BB. Como o banco foi vendido para o governo petista, partido e sindicatos impuseram pouca resistência.
Hoje, o governo Alckmin idealiza repetir a operação. Pela fórmula em estudo, a Cesp seria vendida para Furnas, empresa do sistema Eletrobrás, a estatal federal do setor elétrico.