O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que atende o cidadão em sua casa, nas ruas e no local de trabalho não recebe um só centavo do governo tucano de São Paulo. Criado em 2003 pelo governo federal, as gestões Alckmin e Serra foram as únicas entre os estados brasileiros que não contribuíram com sua cota.
O financiamento do SAMU é tripartite: 50% vêm do governo federal, 25% do Estado e outros 25% do município. É esta participação dos três entes da federação que dá sustentabilidade ao programa e propicia sua ampliação. No caso de São Paulo, todo o atendimento do SAMU, inclusive as ambulâncias, é custeado unicamente pelo governo federal e municípios - são 91 municípios e 32 centrais.
Municípios reclamam
Ao não cumprir a sua parte nas despesas, a conta fica mais pesada para os municípios, que são obrigados a arcar com a parcela que deveria do Estado. Se o Estado contribuísse com a percentagem que foi pactuada, certamente a cobertura do SAMU seria muito maior em São Paulo.
Durante as audiências públicas, promovidas pela Assembleia Legislativa para discutir as audiências do Orçamento do Estado para 2011, muitos prefeitos e representantes das administrações municipais reclamaram da falta de compromisso do Estado para que as cidades possam assinar convênio para a implantação do SAMU com o governo federal. “Se o governo do Estado não der a sua parte, inviabiliza a implantação no SAMU”, salientou a coordenadora do Departamento de Saúde de Registro, Maria Cecília Della-Torre.
Atendimento SAMU
O SAMU alcança 106 milhões de brasileiros - Região Sul: 17.221.962; Nordeste: 26.179.381; Centro Oeste: 10.407.577;Sudeste: 45.371.427; Região Norte: 6.550.451.
O atendimento em casos de urgências é feito pela ligação telefônica gratuita, por meio do número 192.
*com informações da reportagem de Conceição Lemes