Editorial TSP Educação Eleições Contas Públicas Imprensa Política Precatórios Privatizações Saneamento Saúde Segurança Pública Servidores Transporte
Agora São Paulo Assembléia Permanente Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Vi o Mundo
Canal no You Tube
Agora São Paulo Assembléia Permanente BBC Brasil Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Reuters Brasil Vi o Mundo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Falta de planejamento e "pressa" para inauguração eleitoreira já causa morte no Rodoanel. Foram 218 acidentes em quatro meses.

/ On : quinta-feira, agosto 12, 2010 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
(do BOL Notícias) Após quatro meses, trecho sul do Rodoanel recebe mais barreiras.  Quatro meses após a abertura ao tráfego do trecho sul do Rodoanel, o governo de São Paulo decidiu instalar mais 31 quilômetros de barreiras de concreto para aumentar a segurança da rodovia, que acaba de registrar a sua primeira morte.
O metalúrgico Antonio da Silva Pereira, 33, perdeu o controle do carro, saiu da pista e caiu na represa Billings, em Santo André, onde morreu afogado --seu corpo só foi encontrado anteontem (4).
No local onde ele caiu não existem as tais barreiras, uma espécie de guard-rail de concreto, que visa evitar o que ocorreu com Pereira.
O edital de licitação diz que elas têm "a finalidade de reconduzir à pista veículos desgovernados, com desaceleração suportável pelo organismo humano e com um mínimo de danos ao veículo".
A instalação deve acabar em quatro meses. As barreiras serão colocadas em "pontos estratégicos", segundo a Dersa, como as interligações com a via Anchieta e a rodovia dos Imigrantes. Ela não informou se o local do acidente ganhará a proteção.
Hoje, de acordo com o governo, a via já tem 115 km de barreiras --somadas as metálicas e as de concreto.

OUTRAS MEDIDAS
A instalação das barreiras se soma a outras medidas de segurança adotadas já com a rodovia aberta ao tráfego.
Uma delas é a colocação de câmeras de monitoramento --o corpo do metalúrgico levou dois dias para ser achado porque o local da queda (km 82) não tem câmeras.
Pórticos para sinalização e painéis de mensagens variáveis são outras medidas que estão sendo tomadas agora.
Após 12 dias de tráfego, o governo já havia sido obrigado a instalar um sistema de drenagem no km 79 por conta de várias aquaplanagens.
Nesta semana, a Polícia Militar Rodoviária também decidiu reforçar a segurança no trecho sul do Rodoanel, elevando de 4 para 17 o número de carros que fazem o patrulhamento na rodovia.
Em nota, a Dersa informou que a instalação das barreiras é "uma medida de segurança adicional que, em conjunto com as barreiras flexíveis e rígidas instaladas, irá garantir a segurança da via".
Afirmou ainda que na concorrência para a obra só foram incluídos os "elementos essenciais para garantir a segurança da operação da via".
Sobre as demais medidas, como câmeras e divulgação de mensagens aos motoristas, afirmou que a licitação para a construção do trecho sul "teve início em 2003 e, a partir de então, foram sendo definidos os melhores sistemas de monitoramento e comunicação com usuários".
Para a tenente Fabiana Pane, porta-voz da Polícia Militar Rodoviária, é normal que a segurança seja aperfeiçoada agora. "Começamos a detectar alguns problemas só com a rodovia em operação."

"SEM PLANEJAMENTO"

O engenheiro Luiz Célio Bottura, ex-presidente da Dersa (1983-87), discorda. "O Rodoanel é um projeto feito de afogadilho, apesar de ter demorado 11 anos", disse. Bottura afirmou que "reconhecer o erro é divino", mas que adotar medidas adicionais de segurança com a obra pronta revela problemas.
"Projeto e planejamento teriam resolvido isso", disse Bottura, para quem a concepção do trecho sul do Rodoanel teve "pouco ou quase nada" de planejamento. Além de apontar falhas na elaboração do projeto, Bottura acredita que adotar, com a via já pronta, medidas extras para deixá-la mais segura tem outra consequência.
"Fazer isso agora seguramente será muito mais caro do que se fosse feito à época." Segundo a Dersa, o contrato para a colocação de mais 31 km de barreiras deve ficar em R$ 11,7 milhões.
Para ele, a definição prévia de quanto a rodovia é segura influencia outras questões. "Como é que você vai definir a velocidade, por exemplo, se você não conhece as condições de segurança?"
A Dersa diz que o trecho sul do Rodoanel é seguro e que, em quatro meses, foram registrados 218 acidentes, "a maioria sem gravidade".

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
Copyright Transparência São Paulo - segurança, educação, saúde, trânsito e transporte, servidores © 2010 - All right reserved - Using Blueceria Blogspot Theme
Best viewed with Mozilla, IE, Google Chrome and Opera.