Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo
Em São Paulo
O primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo foi marcado por duas alianças de ocasião: a trinca Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP) e Paulo Skaf (PSB); e a dupla Geraldo Alckmin (PSDB) e Fábio Feldmann (PV). Já no primeiro bloco o tucano, líder nas pesquisas, foi o alvo, enquanto o petista ensaiou uma tabela com Russomanno.
Críticas à gestão estadual, comandada pelo tucano entre 2001 e 2006, se focaram nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Sempre que teve oportunidade, a trinca fez perguntas ao candidato da situação, criticou a gestão tucana e trocou elogios entre si. Do outro lado, Alckmin e Feldmann esfriaram o debate tratando de temas como alimentação, meio ambiente e modelos de gestão.
Diante da trinca de adversários, já no quarto bloco do debate, Alckmin disse haver "uma aliança estranha entre o PT e o malufismo [representado por Russomanno]. "Até a gravata dos meus rivais são parecidas", disse o tucano. O petista retrucou: "O que todos estão vendo aqui é uma profunda solidão do PSDB e uma vontade geral de mudar".
Primeiro bloco
O encontro desta quinta-feira (12) na TV Bandeirantes começou com uma pergunta a todos os candidatos sobre os principais desafios para o próximo governante no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin afirmou que ao longo de sua gestão e da do presidenciável José Serra “o Estado de São Paulo avançou muito” e que cresce “desde 2004 acima da média nacional”.
O encontro desta quinta-feira (12) na TV Bandeirantes começou com uma pergunta a todos os candidatos sobre os principais desafios para o próximo governante no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin afirmou que ao longo de sua gestão e da do presidenciável José Serra “o Estado de São Paulo avançou muito” e que cresce “desde 2004 acima da média nacional”.
“A locomotiva voltou de novo a pulsar forte”, disse o tucano, para quem “a obra prima do Estado é a felicidade das pessoas”.
Pouco antes, Mercadante elogiou críticas de Russomanno às gestões tucanas e afirmou que “depois de 16 anos que o PSDB governa o Estado de São Paulo, as áreas mais importantes não foram equacionadas como deveriam”. O petista apontou o esvaziamento econômico do interior, o trânsito na capital e a segurança pública como principais desafios para São Paulo.
Em seu comentário, Russomanno foi quem pintou o cenário mais caótico para os paulistas. “Me diga um serviço público que funciona no Estado de São Paulo. Infelizmente nada funciona”, disse. “A polícia de SP é a mais mal paga do país. E é ineficiente. A progressão continuada destruiu as escolas públicas. Quando as coisas não vão bem, a gente muda”, afirmou.
Presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Skaf afirmou que saúde, educação e segurança são problemas velhos para os paulistas. Paulo Bufalo (PSOL) prometeu auditoria nas contas públicas do Estado e lembrou que entre os rivais está como Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no debate da semana passada. Fábio Feldmann (PV) falou sobre a importância de aliar crescimento econômico e sustentabilidade.
Segundo e terceiro blocos
O segundo e a terceiro bloco do debate abriram espaço para perguntas dos candidatos entre si. Exceto pela tabela Alckmin-Feldmann, todos os questionamentos incluíram críticas à gestão do líder nas pesquisas ou à administração do presidenciável Serra, que compareceu aos estúdios, mas deixou o local durante a transmissão.
O segundo e a terceiro bloco do debate abriram espaço para perguntas dos candidatos entre si. Exceto pela tabela Alckmin-Feldmann, todos os questionamentos incluíram críticas à gestão do líder nas pesquisas ou à administração do presidenciável Serra, que compareceu aos estúdios, mas deixou o local durante a transmissão.
O primeiro questionamento duro a Alckmin veio de Skaf: "É normal o lucro que as empresas que recolhem pedágios tem?", disparou. O tucano defendeu o modelo de concessões adotado nas rodovias estaduais, que, segundo ele, permitiu R$ 26 bilhões de investimento. "Não existiria a Nova Bandeirantes sem as concessões”, disse. E completou: “Os acidentes caíram quase 40% e 12 mil km de estradas vicinais foram recuperadas.” Na réplica, o candidato do PSB voltou a bater no lucro das concessionárias.
Quando teve o direito de perguntar, Mercadante também escolheu o tucano e criticou a educação em São Paulo. “Metade dos professores da rede publica não tem concurso, não tem carreira”, disse. Alckmin se defendeu dizendo que o PSDB reduziu a evasão escolar e construiu "a maior rede de escolas técnicas e Fatecs". Impedido de receber mais perguntas por conta das regras do debate, o ex-governador formou tabela com Feldmann para esfriar a discussão.
Russomanno se esforçou para apimentar a discussão, acusando a gestão tucana de omitir dados sobre mortes causadas por ação policial. Depois, afirmou que o governo paulista paga médicos para ficarem no trânsito de São Paulo. Alckmin esquivou-se em discussões com o candidato do PV sobre gestão, meio ambiente e alimentos.
Russomanno se esforçou para apimentar a discussão, acusando a gestão tucana de omitir dados sobre mortes causadas por ação policial. Depois, afirmou que o governo paulista paga médicos para ficarem no trânsito de São Paulo. Alckmin esquivou-se em discussões com o candidato do PV sobre gestão, meio ambiente e alimentos.