Ricardo Guedes, diretor da Sensus, envia correspondência para Luis Nassif
Do Luis Nassif online
14 de maio de 2010
Prezado Luis Nassif,
Sobre as notícias veiculadas na imprensa sobre a Sensus ter cedido a pressões para a alteração da ordem das perguntas em seus questionários, vimos fazer as seguintes considerações abaixo relacionadas.
Os partidos, em geral, fazem pesquisas internas que não são divulgadas com o objetivo de avaliarem o posicionamento de seus candidatos, o que é lícito e normal. Sabedores, entretanto, da realidade de seus candidatos, alguns partidos por vezes tentam difamar e mesmo impedir antecipadamente a divulgação de pesquisas que, por serem corretamente aferidas, podem apresentar resultados que não lhes são favoráveis.
Na metodologia das ciências sociais, a introdução de perguntas que replicam a decisão natural dos eleitores antes do espontâneo não altera de nenhuma forma os seus resultados. É certo de que o eleitor quando vai votar para presidente, faz a avaliação prévia do governo, e de sua identificação partidária pessoal, assim como de outros fatores. O exame cuidadoso das pesquisas registradas no site do TSE demonstra que, os institutos de modo geral, têm e fazem uso de questões antes do espontâneo em suas pesquisas nacionais ou estaduais. A ordem das perguntas não altera a vontade popular e as intenções de voto. E as metodologias da ordem das perguntas não diferem em seus resultados.
Entretanto, tal qual hoje caracterizado no país, a Sensus está se precavendo contra as possíveis difamações e ações jurídicas que pretendem protelar, ou mesmo impedir, a divulgação de seus resultados. Em recente episódio em Santa Catarina, tivemos a ordem das perguntas juridicamente questionada, com ganho por unanimidade para a Sensus pelo egrégio Tribunal.
A Sensus é uma empresa há 23 anos no mercado, com trabalhos a nível nacional e internacional, para clientes privados e organizações de grande e médio portes, tendo seus resultados amplamente divulgados pela imprensa nacional e internacional.
A Sensus é uma empresa, não um partido. Não participamos de nenhuma campanha política no país, e temos como clientes a pluralidade da demanda em todo o seu espectro econômico, político e social.
A Sensus não cede a pressões, mas está se precavendo contra ilações políticas, sempre dentro do que é correto na metodologia das ciências sociais.
Atenciosamente,
Ricardo Guedes