Leio no Estadão que a Prefeitura de São Paulo tem o pior acompanhamento sobre as contrapartidas de saúde do Bolsa Família entre as 18 maiores cidades brasileiras. O que são as contapartidas? Os municípios devem verificar o cumprimento de consultas de pré-natal para gestantes e a vacinação de menores de seis anos.
Fui então procurar na matéria a razão de São Paulo ter apenas 21,2% dos beneficiários respondendo pelas contrapartidas de saúde do Bolsa Família. E aí o choque foi ainda maior. Procurada pela reportagem do jornal, a Secretaria Municipal de Assistência Social responde por e-mail que existe um problema “de retorno da rede de saúde” porque os sistemas de informações dos postos são diferentes e não se reconhecem. Traduzindo: Não funcionam.
Me lembrei imediatamente de uma história que me contram do Tim Maia, que sempre se queixava do retorno, e certa vez gravando um programa para a TV Globo enfureceu-se por não ouvir sua voz e bradou: “É esse o som da TV Globo?” Acho que ele aqui perguntaria: É essa a qualidade do sistema de saúde da cidade mais rica do país? Diz o Estadão que “o acompanhamento não é feito porque a Prefeitura também deixa a desejar em outros programas, o Saúde da Família e os Agentes Comunitários de Saúde”.
Pelo visto os proclamados “choques de gestão” não melhoram muito os serviços na principal vitrine demotucana, e, o que é mais grave, a questão não é só administrativa, mas de prioridade mesmo.
do Tijolaço.com