PM suspeito de chefiar grupo de extermínio é preso em SP
ANDRÉ CARAMANTE
da Reportagem Local
ANDRÉ CARAMANTE
da Reportagem Local
Investigado pelo DHPP (departamento de homicídios), da Polícia Civil, sob a suspeita de ser um dos chefes de um grupo de extermínio responsável por ao menos 11 mortes na zona leste de São Paulo nos últimos meses, o policial militar Valdez Gonçalves dos Santos, 36, foi preso nesta sexta-feira por ordem do Tribunal de Justiça.
O policial militar é do 21º Batalhão e chegou na tarde desta sexta à sede do DHHP, na rua Brigadeiro Tobias, centro da cidade. Além dele, outros cinco PMs do mesmo batalhão são investigados por suspeita de participação nas mortes.
A ordem de prisão temporária (por 30 dias) é do juiz Daniel Ovalle da Silva Souza, do 1º Tribunal do Júri da Capital.
Para os investigadores do DHPP, os PMs se uniram para fazer uma “limpeza” nos bairros –o alvo do grupo seriam os usuários de drogas. A hipótese é que as mortes tenham sido cometidas para que o grupo assuma o comando dos pontos de venda de drogas da região.
Entre os assassinatos investigados pelo DHPP está a morte do ex-motoboy Roberto Marcel Ramiro dos Santos. Trabalhando atualmente como camelô após sofrer um acidente de moto, Santos foi morto com mais de dez tiros às 4h35 do dia 8, quando completava 22 anos. Dezenove dias antes de ser assassinado, Santos e sua mãe, Janete Cristina Rodrigues, 49, foram ameaçados de morte pelo PM Valdez.
A reportagem não localizou até agora o advogado do PM. Há uma semana, a reportagem pede esclarecimentos ao Comando Geral da PM sobre a investigação da participação do PM Santos no grupo de extermínio, mas nenhuma resposta foi dada.