Falta de profissionais, más condições de trabalho, desmotivação e o pior salário do Brasil são alguns dos motes da campanha que estará nas ruas a partir deste 21 de maio. A iniciativa parte da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – ADPESP que, depois de negociar por mais de dez anos com o Governo, teve praticamente todas as propostas de reforma rechaçadas em 2010.
A crise, portanto, não é nova. Em 2008, após a maior greve da história da Polícia Civil de São Paulo (59 dias), parecia enfim que a situação começaria a tomar novos rumos. Contudo, eles alegam, as promessas de mudanças por parte do Governo, para 2009 e 2010, não foram cumpridas. E, agora, os delegados de polícia se unem para esclarecer à sociedade seus problemas e reverter o quadro.
Os números explorados na campanha evidenciam a situação em que se encontra a segurança pública paulista. Diz a associação da categoria: 31% das cidades do estado não têm delegados; desde 1995, enquanto a população de SP cresceu 21%, o número de policiais civis se mantém o mesmo; são apenas 3 mil delegados para os 42 milhões de habitantes de SP; o estado mais rico da nação é o que pior remunera seus delegados de polícia.
“Chegou a hora de a sociedade paulista tomar ciência do caos pelo qual passa a sua Polícia”, ressalta a presidente da ADPESP, Marilda Pansonato Pinheiro. “Ou nos unimos para reerguê-la, ou veremos a violência e os índices de criminalidade crescerem ainda mais”, completa.
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