Em 9 de março último, o ex-governador José Serra foi a Baixada Santista e anunciou o projeto de construção de uma ponte só no papel e na maquete. A obra ligando Santos ao Guarujá não foi licitada e levará dois anos e meio para ser concluída após a assinatura do contrato. Foi a inauguração de uma maquete. O secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, disse, na ocasião, que o projeto básico da ponte estaiada que ligará os municípios de Santos e Guarujá deveria estar concluído até o final de abril. Só que nada aconteceu.
Diante disso, a deputada estadual Maria Lúcia Prandi está cobrando do governo do Estado informações oficiais sobre o andamento desse projeto. Arce havia afirmado que com o “projeto básico” concluído, haveria definição quanto ao tipo de licenciamento ambiental – um EIA-Rima (Estudo de Impacto ambiental – Relatório de Impacto Ambiental) ou um RAP (Relatório Ambiental Preliminar).
“Após definido o tipo de estudo ambiental, a licitação poderia ser lançada, com previsão de a obra começar em 90 dias. Foi o que o secretário disse. Com base em suas declarações é que faço a cobrança”, destaca a deputada, afirmando que é preciso estar vigilante quanto aos prazos fixados pelo governo tucano.
Prandi lembra que, em maio do ano passado, o secretário Arce revelou, a uma revista de circulação nacional, a pretensão de lançar o edital da obra até dezembro daquele ano. “Entendemos que empreendimento deste porte requer estudos aprimorados, mas não podemos tolerar embromação. Já temos o exemplo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista, que os tucanos prometem há uma década, sem tirá-lo do papel. A cada eleição, um factóide é lançado em relação ao VLT”, desabafa Prandi.
A parlamentar cobrou o governo do Estado, por meio de Requerimento de Informação protocolado na Assembleia Legislativa, na segunda-feira (3/5). No documento, a parlamentar pergunta, também, se está mantido o prazo de 30 meses para execução da obra e o orçamento já divulgado de R$ 700 milhões, necessários para a construção da ponte e obras complementares para adequação do fluxo de veículos.