do Brasília Confidencial
03/05/2010
Em 2009, o aumento da violência no estado de São Paulo coincidiu com uma série de medidas do Governo Serra que atingiram imediatamente a Polícia Civil e, logo, a população.
Serra reduziu em aproximadamente 20% os investimentos em pessoal da Segurança Pública. Do orçamento estadual de R$ 2,3 bilhões, que deveriam ser investidos no efetivo da Polícia Civil, cortou aproximadamente meio bilhão. O corte foi acompanhado de arrocho salarial, que manteve os policiais civis paulistas com o segundo pior salário pago à categoria em todo o país – só não é mais baixo do que o salário pago em Alagoas.
“Enquanto um policial em Sergipe recebe salários de até R$ 3.600, em um estado menor e com problemas menos agudos, em São Paulo tem policial que ganha apenas R$ 375,00 como salário-base”, denunciou o presidente regional da Federação Nacional da Polícia Civil e do Sindicato estadual dos Investigadores de Polícia, João Batista Rebouças.
O Governo Serra também reduziu – em 15% – os gastos com manutenção de viaturas policiais. Em 2008 usou R$ 95,8 milhões para isso; no ano passado R$ 81,3 milhões. A redução, de aproximadamente R$ 15 milhões, tornou comum no estado as cenas de policiais empurrando viaturas ou recorrendo a desmanches para obter peças.
A verba de auxílio-alimentação para os policiais civis também foi reduzida no ano passado. Estavam previstos gastos de R$ 68,10 milhões, mas os policiais só receberam R$ 64,14 milhões em 2009.