Ativistas protestam contra racismo na ação policial. Praça do Patriarca será rebatizada em ato simbólico nesta quinta
Por: Aline Scarso
Publicado em 13/05/2010
São Paulo - A União de Núcleos de Educação Popular para Negras(os) e Classe Trabalhadora (Uneafro Brasil), em parceria com outras organizações do movimento social e negro, realiza nesta quinta-feira (13), às 15h, uma aula pública na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo.
Entre outros ativistas e defensores dos direitos humanos, estão confirmadas as presenças dos familiares de Eduardo Luís Pinheiro dos Santos e Alexandre Santos, dois jovens motoboys negros mortos por policiais militares em São Paulo.
Na última terça-feira (11), a Uneafro protocolou uma carta dirigida ao governador de São Paulo, Alberto Goldman, pedindo explicações pela onda de crimes cometidos por policiais. Paulo César Pinheiro, irmão do motoboy Eduardo, defende uma formação focada nos valores de cidadania.
“O despreparo envolve várias situações, incluindo o racismo. Uma pessoa que tem o mínimo preparo não é violenta, nem age com discriminação. Está tudo associado ao despreparo.”
De acordo com integrante da Uneafro, Douglas Belchior, a Praça do Patriarca será rebatizada num ato simbólico e receberá o nome “Praça da Matriarca Dandara”.
“Nossa intervenção deve ser uma ação de luta. Neste ano estamos repetindo essa intervenção, mas agora com um respaldo maior daquilo que fizemos no ano passado, que foi uma aula pública no Anhangabaú. Conseguimos agregar diversos movimentos. Entre eles, o MNU, o Círculo Palmarino, que são importantes organizações do movimento negro.”
Em 13 de maio do ano passado, a Uneafro pediu o rebatismo da estação Anhangabaú do Metrô para Anhangabaú Zumbi dos Palmares. O projeto está em tramitação na Assembleia Legislativa.
Fonte: Radioagência NP