Estado é o que apresenta maior crescimento em relação a 2009; no Brasil, aumento é de 80%
Diego Junqueira, do R7
SP registra quase 70 mil casos em 2010
Os casos de dengue no Estado de São Paulo cresceram 2.255% nos três primeiros meses de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009. Os dados são do informe epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao Ministério da Saúde.
De janeiro a 1º de abril deste ano, 63.148 casos foram notificados no Estado, contra 2.681 registrados em 2009. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os casos em 2010 são ainda maiores: 69.148. Em todo o ano passado foram 8.996 registros.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou, por meio de sua assessoria, que não costuma comparar dados de anos em que não ocorreu surto de dengue, como 2009 e 2008, com anos de surtos, como 2010. O último ano de grande surto no Estado foi 2007, quando se registraram 92.345 casos ao longo do ano.
Apesar de ser o Estado com a maior variação, São Paulo está atrás de Minas Gerais e Goiás em números absolutos, segundo a SVS. Ambos registraram 98.261 e 66.074 respectivamente, com crescimento em relação a 2009 de 141% para o primeiro e 328% para o segundo.
Além de São Paulo, os Estados com o maior aumento de casos de dengue são Rio Grande do Sul, com 1.955% de variação, Distrito Federal, com 1.120%, e Mato Grosso do Sul, com 820%.
Cresce em 80% os casos no Brasil
Segundo a SVS, aumentou em 80% o número de casos de dengue notificados em todo país. Passou de 248.970 nos três primeiros meses de 2009 para 447.769 este ano.
Os Estados com maior incidência da dengue são Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, Mato Groso e Minas Gerais, que concentram 67% dos casos notificados até 1º de abril de 2010. A incidência mede o número de casos a cada 100 mil habitantes.
Além disso, 28% dos casos notificados se concentram em seis municípios: Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Rio Branco (AC), Ribeirão Preto (SP) e Porto Velho (RO).
Dentre esses municípios, Belo Horizonte e Ribeirão Preto são os únicos que apresentam uma tendência de aumento no número de casos. Os demais já apresentam indícios de queda.