Editorial TSP Educação Eleições Contas Públicas Imprensa Política Precatórios Privatizações Saneamento Saúde Segurança Pública Servidores Transporte
Agora São Paulo Assembléia Permanente Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Vi o Mundo
Canal no You Tube
Agora São Paulo Assembléia Permanente BBC Brasil Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Reuters Brasil Vi o Mundo

domingo, 25 de abril de 2010

Superlotação na linha vermelha marca aniversário do metrô de São Paulo

/ On : domingo, abril 25, 2010 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
Passageiros reclamam também de falta de segurança no embarque

Luciana Sarmento, do R7
·         

Foto por Luciana Sarmento/R7
Às 19h de sexta-feira (23), a plataforma da estação Sé estava lotada de passageiros que seguiam para a zona leste da capital 

O metrô de São Paulo completa 42 anos neste sábado (24) recebendo críticas de passageiros que precisam diariamente pegar a linha 3-Vermelha no horário de pico e enfrentam esperas de até meia hora para entrar em um trem. A reportagem do R7 acompanhou de perto o tumulto entre as estações Barra Funda e Sé, da zona oeste à região central da cidade, das 17h30 às 19h30.

Por volta das 17h30, na primeira estação da linha, a Barra Funda, as pessoas já começam a se espremer pouco depois de descer as escadas rolantes que dão aceso ao embarque. No horário, a espera por um lugar nos vagões pode durar até 30 minutos.
Além dos trens que lotam em segundos, algumas composições passam sem parar pela estação. A medida é tomada pelo Metrô para que trens vazios também cheguem a outros pontos da linha.
A vendedora Vera Teixeira dos Santos faz todo dia o percurso da Barra Funda até a estação Cidade Patriarca, no caminho de volta para a casa depois do trabalho. Ela reclama da falta de atenção aos passageiros da linha Vermelha e afirma que o serviço é melhor na linha 2-Verde, “onde tem turista”.

- Cansa mais pegar o metrô do que trabalhar. Hoje [sexta-feira , 23], está ruim por causa da chuva e também porque é sexta-feira, mas tem dia que é pior. A escada rolante fica parada de tanta gente.

Na estação Barra Funda, os funcionários do Metrô ajudam os passageiros a embarcar apenas nos vagões preferenciais para idosos, portadores de deficiências e mulheres grávidas ou com crianças de colo, os que param nas três primeiras vagas da rampa de embarque.
Nos demais acessos aos trens, apesar do aviso sonoro que pede para que os passageiros não se empurrem, a confusão toma conta da plataforma quando as portas dos vagões são abertas.

Já na estação Sé, que permite a troca para a linha 1-Azul, o tumulto na hora de entrar nos vagões no final da tarde não é tão grande como na Barra Funda. Isso porque funcionários ficam posicionados em cada porta dos trens para organizar a entrada dos passageiros.
Mesmo assim, o volume de pessoas é tão grande no horário de pico que, muitas delas preferem demorar mais para chegar em casa e esperar a plataforma esvaziar para pegar o transporte. Por volta das 19h, o R7 encontrou vários trabalhadores sentados nas escadas da estação, lendo livros ou jogando no celular para “passar o tempo”.

Este era o caso da secretária executiva Kátia Maria da Silva. Ela pega o metrô na Sé e vai até a estação Tatuapé pelo menos três vezes por semana. Na sexta-feira, ela teve de desmarcar um encontro com uma amiga porque percebeu que em meia hora, tempo que normalmente leva para fazer o trajeto, não conseguiria chegar ao local.

- Quando chove acontece isso aí [estação lotada]. Geralmente, eu enfrento essa loucura, mas hoje estou muito cansada.

Kátia contou ainda que já precisou ajudar uma senhora que, por causa do empurra-empurra no embarque, acabou caindo.

- O metrô não é mais um transporte saudável. As pessoas se atropelam, causa estresse, ultrapassa o limite do respeito. Nos horários em que eles [funcionários do Metrô] ficam, há um controle. Mas fora isso, não tem qualidade.

O consultor de seguros, Michel Lira, encontrou uma alternativa saudável para fugir da confusão da linha Vermelha do Metrô no horário de pico do fim da tarde. Ele trabalha na avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul da cidade, e depois de sair do trabalho, vai correr no parque do Povo.

- Geralmente eu passo por aqui [Sé] a partir das 20h, quando é mais tranquilo. Hoje foi um dia atípico, porque estou vindo de viagem.

Mesmo com a mudança de hábito, o consultor, que passa em média quatro horas por dia no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa, conta que o “caos” da capital paulista o fez desistir de viver na cidade. Ele pretende se mudar em breve para Ribeirão Preto, no interior do Estado.
- Recebi uma proposta de transferência e não pensei duas vezes. Fiz um cálculo e descobri que meu percurso até o trabalho lá vai durar 20 minutos.
Explicação do Metrô
Em nota, a assessoria de imprensa do Metrô diz que, na sexta-feira (23), a companhia teve de reduzir a velocidade dos trens da linha 3-Vermelha por questão de segurança – nesse dia, a capital paulista teve registro de chuva.
Quanto à falta de orientações dos funcionários, a empresa afirma que na sexta as operações “Embarque Melhor” e “Embarque Preferencial”, adotadas nas estações Sé e Palmeiras/Barra Funda, de segunda a sexta-feira, ocorreram normalmente.
Novos trens
A linha 3-Vermelha ganhou recentemente dois novos trens mais modernos e com ar-condicionado. De acordo com o Metrô, está sendo implantado um novo sistema de sinalização para reduzir o intervalo dos trens.
Mesmo com a melhora, enquanto a linha 3 vai receber até o fim do ano, no total, dez novas composições, a linha 2-Verde, que liga a zona sul à oeste da capital - e atualmente é considerada a linha que passa pelos bairros mais ricos da cidade - terá 16 novas composições.
Conforme os novos trens vão chegando, o Metrô retira os antigos e os manda para a reforma, que inclui a instalação de ar-condicionado. Quatro já foram retirados da linha Vermelha e pelo menos um deles deve voltar a circular até o final deste ano.

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
Copyright Transparência São Paulo - segurança, educação, saúde, trânsito e transporte, servidores © 2010 - All right reserved - Using Blueceria Blogspot Theme
Best viewed with Mozilla, IE, Google Chrome and Opera.