O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom.
da Folha de SP
A multinacional francesa produz trens do metrô de São Paulo e é líder em fabricação de equipamentos para usinas elétricas. A empresa está envolvida em escândalo de favorecimento para vencer concorrências do governo do Estado durante as gestões de Geraldo Alckmin e Mário Covas, ambos do PSDB.
Com o pedido de novos documentos suíços, os investigadores brasileiros decidiram estender o período até o ano passado, já na gestão do ex-governador e agora candidato à Presidência José Serra.
Conforme a Folha revelou em junho e agosto passados, a Suíça bloqueou contas atribuídas a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô. Ambos negam ter contas bancárias fora do país. Também está na lista o executivo francês Jean-Pierre Courtadon, que ajudou a Alstom a ativar um contrato de R$ 98 milhões com a Eletropaulo em 1998.