(do Transparência SP)
A imprensa divulgou amplamente estudo do Banco Santander afirmando que a política fiscal do Governo Lula e do Governo Serra não eram diferentes. Na prática, ambos teriam ampliado de forma semelhante os gastos com custeio e com investimentos. O Governo do Estado reagiu e descobriu erros primários na análise do banco, como a dupla contagem nos gastos previdenciários do Estado. Esta semana, o economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, se desculpou, reconhecendo os erros.
Chegando a um acordo com os números, Santander e governo paulista destacam que a "lição de casa" continuou a ser feita, ou seja, o ajuste fiscal continua a ser prioridade absoluta no Estado. Traduzindo, o Governo Serra seguiu arrochando o salário dos servidores e congelando as políticas sociais, buscando abrir espaços no orçamento para investimentos.
O estudo e a resposta da Secretaria da Fazenda não mencionam, obviamente, que este aumento dos investimentos só foram possíveis também porque o Governo Lula liberou o Estado para contrair novas operações de crédito.
Para a imprensa e os "cabeças de planilha" (com a licença de Nassif), a política fiscal de Lula foi um desastre, enquanto a de Serra foi correta.
Brigando com percentuais na segunda casa depois da virgula, estes setores querem que a população entenda que manter impostos elevados, arrochar salários e cortar políticas sociais foi melhor para o Estado de SP em um ano de grave crise econômica mundial. Só investimentos em obras teriam alguma serventia.
Estes arautos da macroeconomia estão brigando com a "realidade das ruas".
Foi a política fiscal do Governo Lula que salvou o país da crise - com redução dos impostos, aumento dos salários, aumento do crédito público, ampliação das políticas sociais e aumento dos investimentos. Tudo isso junto.