(do Transparência SP)
Prevendo que a próxima disputa estadual será muito mais dura, com pelo menos quatro candidatos competitivos - PSDB/Alckmin, PT/nome a ser definido, PSD/Kassab ou Henrique Meireles e PMDB/Skaf ou Chalita - o governador Alckmin está jogando "pesado".
De uma lado, amplia a presença do Estado em novos espaços de articulação política nas regiões metropolitanas (Gde São Paulo, Campinas, Santos, Vale do Paraíba, e outras), onde a oposição apresenta força. Nesta linha, busca estabelecer parcerias com o governo federal, "pegando carona" nos recursos de políticas sociais amplas e exitosas, como o Minha Casa e Minha Vida e o Bolsa Família. Com estas ações, Alckmin tenta dialogar com setores populares em todo o Estado.
De outro, intensifica o aparelho repressivo e trunculento de sua polícia, agredindo estudantes da USP, implementando a política da "dor e do sofrimento" sobre os dependentes de crack no centro de SP e usando de violência na desocupação dos moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos. Substitui, portanto, políticas de educação, de saúde e de habitação pela política de represssão, semelhantes ao período ditatorial.Com estas ações, atende os interesses dos setores conservadores do Estado, que estão na sua base de apoio e não aceitam as políticas sociais do governo federal.
É a "grande tacada" de Alckmin, buscando se "aproximar" dos setores populares sem desagradar o conservadorismo hegemônico do Estado.