(do Transparência SP)
Segue abaixo a matéria que custou o emprego do jornalista. Democracia "à tucana".
MP vai investigar nepotismo em secretaria
(do Metrô News, por Ricardo Filho)
O 9º promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, Saad Mazloum, assumiu ontem a investigação do episódio da contratação de Mateus Achilles Gomes pelo secretário-adjunto de Energia, Ricardo Achilles. Gomes, sobrinho do adjunto, foi contratado para trabalhar na área jurídica da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), e terá salários de R$ 8 mil mensais.
Ontem, a reportagem do Metrô News procurou saber se o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem conhecimento da admissão pela Emae do sobrinho do secretário-adjunto. A estatal é subordinada à Secretária de Energia comandada por José Aníbal e, por extensão, por Achilles.
A assessoria de imprensa do governador afirmou que existe um respaldo jurídico para que Gomes continue na empresa, conforme nota divulgada na semana passada, e que Alckmin não iria se manifestar sobre esse assunto.
O ingresso de Gomes na Emae teve dois propósitos: atender aos insistentes pedidos do tio, subchefe da Secretaria de Energia, e acomodar um dedicado cabo eleitoral de Aníbal. Gomes foi peça importante nas campanhas vitoriosas do deputado federal licenciado desde que este foi eleito vereador na cidade de São Paulo, em 2004. Após a eleição de Aníbal à Câmara dos Deputados em 2006, Gomes rumou com ele para Brasília. O cargo na Emae é, portanto, um presente ao assistente pela fidelidade e pelos serviços prestados.