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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sul coreano critica novas marginais do Rio Tietê.

/ On : segunda-feira, junho 06, 2011 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
(do Transparência SP)

Responsável pelo meio ambiente na prefeitura da cidade de Seul, na Coréia do Sul, o sr. Yonchan Jeong criticou as obras da chamada nova Marginal Tietê, que ampliou o espaço de automéveis e caminhões.
A obra foi vitrine do governo Serra.
A grande mídia, depois de ouvir as declarações do sul-coreano, integrante da C-40 (ocorrida em São Paulo), tratou de embarcá-lo de volta para casa rapidamente.
Enquanto isso, Kassab diz que uma maior restrição a veículos em São Paulo só daqui a dez anos. Segundo o prefeito falta metrô na cidade.
Devia acrescentar que falta também ônibus de qualidade na cidade. Transporte público não se faz apenas com metrô.
Até lá, em vez de automóveis, teremos "autoimóveis" em São Paulo, e estaremos pagando IPTU.


"Existe muito concreto na margem do rio Tietê" – “Margem do Tietê deve ser alterada” - Entrevista com o sul-coreano Yonchan Jeong, que ocupa cargo na Prefeitura de Seul equivalente ao de secretário municipal de Meio Ambiente. "E todo espaço é dos carros."

(da Folha de SP)

Trânsito e um grande rio cortando a cidade. Ao se deparar com esta cena, a delegação sul-coreana, que participou na última semana do C40, teve sua primeira impressão da cidade.

 

Ao ver o rio Tietê pela janela, a primeira surpresa negativa. "Existe muito concreto na margem do rio", diz Yonchan Jeong, que ocupa cargo na Prefeitura de Seul equivalente ao de secretário municipal de Meio Ambiente. "E todo espaço é dos carros."

Folha - O processo de despoluição do rio Han terminou? Yonchan Jeong - Podemos dizer que o rio está limpo. É um processo que começou no início dos anos 1980. Tivemos que bloquear o despejo de águas poluídas das indústrias. Fiscalizar também a grande quantidade de esgoto que caía nas águas.

 

Qual o papel que a Olimpíada de 1988 e a Copa de 2002 tiveram na transformação ambiental da cidade?
Por causa dos Jogos Olímpicos, nós conseguimos preparar bem a cidade. Depois da competição, políticas públicas que haviam sido iniciadas, como a fiscalização da poluição do rio, foram intensificadas.
Em 2002, na Copa, a questão da poluição do Han estava encaminhada, passamos então a revitalizar as margens. Vimos que aqui [no Tietê] vocês têm muito concreto nas margens do rio. Uma boa ideia seria trocar isso.

 

A poluição do ar também está sendo controlada?
Até 2006, nós tínhamos um ar bem poluído. Era difícil para as pessoas caminharem, porque o ar tinha muita poeira, emitida principalmente pelos ônibus. Em 2007, essa situação começou a mudar. E hoje o ar costuma ser limpo em toda a cidade.

 

Por que tão rápido?
Estamos criando condições para que os carros elétricos possam circular pela cidade [instalando equipamentos onde os carros poderão ser carregados]. Temos 99,9% dos nossos ônibus circulando com gás natural. Antes, eles eram a diesel, uma grande preocupação.

Vocês fazem algum tipo de restrição ao carro na cidade?
Uma é obrigatória. Existe uma taxa de congestionamento cobrada em dois túneis que levam ao centro da cidade. Quem passa sozinho ou com apenas um passageiro pelo túnel paga pedágio.
A outra é voluntária. Quem deixar seu carro em casa ao menos uma vez por semana ganha benefícios [como descontos em impostos].

Para Kassab, maior restrição aos carros em SP "só em dez anos"

(da Folha de SP)
 
Restringir os carros. Essa é a receita que grandes cidades apresentaram, durante o C40 (encontro ambiental), na semana passada em São Paulo para reduzir a poluição.
Mas São Paulo descarta essa possibilidade. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) defende que "só daqui a uns dez anos" a cidade estará preparada para uma restrição maior que a do rodízio existente desde 2007.
Kassab fala, especialmente, do pedágio urbano, solução adotada por Seul e Londres, por exemplo, para diminuir o tráfego de veículos.
Mas há alternativas como a de Buenos Aires, que está diminuindo espaços para estacionamento nas ruas, considerada uma "restrição indireta". Aí São Paulo aceita.
"Não existe restrição prevista de circulação. Existe previsão de restrição de estacionamento", disse o secretário de Transportes, Marcelo Branco, na conferência.
Ao lado de Branco na palestra estava o secretário do Ambiente de Seul, Yonchan Jeong, que havia relatado a criação do pedágio urbano em dois túneis de acesso ao centro da cidade asiática.
Para Kassab, São Paulo só poderá ampliar as restrições aos veículos quando tiver uma rede de linhas de metrô muito maior que a atual. Estima pelo menos dez anos. Quando a rede de transporte de massa atingir toda a cidade, pode se pensar, por exemplo, em implantar pedágio para quem for de carro ao centro.

 

ENCALACRADA
Especialistas ouvidos pela Folha, que também participaram do C40, dizem que a cidade está "encalacrada".
"Existe uma certa esquizofrenia na administração municipal", diz Paulo Saldiva, da USP, especialista em poluição do ar. "A mesma prefeitura que faz a inspeção veicular investe em obras viárias para ajudar o carro."
Na avaliação do especialista, antes mesmo de o governo tomar alguma providência, a opinião pública é que vai passar a cobrar por soluções. "Ninguém aguenta mais o trânsito da cidade."
Investir no transporte por bicicletas foi outra proposta debatida na C40 para reduzir o trânsito e a poluição.
Paris fez isso. Desde 2001, a rede de ciclovias foi de 10 km para 700 km. Os congestionamentos caíram 24%.
Em São Paulo, a rede de ciclovias é pequena e a prefeitura aposta no "compartilhamento" das vias, método que será testado no Brooklin e no centro nos próximos meses.
Nesses locais serão criadas "ciclorrotas", com sinalização sobre a prioridade da bicicleta, mas as vias não serão exclusivas dos ciclistas.
Em outras grandes cidades, a busca agora é por mais segurança. Em debate sobre o tema na C40, representantes de Amsterdã, Paris, Chagwon (Coreia do Sul) e Buenos Aires defenderam faixas exclusivas para ciclistas, que podem dividir com carros as vias tranquilas.
"Agora que a bicicleta faz parte do transporte, não se pensa em separar o trânsito nas vias menores. O compartilhamento já é mais civilizado", diz Anne Hidalgo, vice-prefeita de Paris.

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