Após reajuste de 0,02%, servidores municipais de São Paulo paralisam nesta terça-feira
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Insatisfeitos com o reajuste salarial de 0,02%, servidores municipais da administração e autarquias de São Paulo farão uma paralisação nesta terça-feira (7). Segundo o Sindsep, sindicato que representa as categorias, haverá um ato em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab, no centro da capital, às 14h.
No último dia 25, enquanto representantes da Secretaria do Planejamento e do Sindsep negociavam, cerca de 5.000 manifestantes protestavam pelas ruas do centro. De acordo com o sindicato, a secretaria afirmou que daria uma resposta às reivindicações nesta terça. O reajuste de 0,02%, concedido por meio da Lei 15.364, é referente aos anos de 2009 e 2010-- o que dá um aumento salarial de 0,01% ao ano.
Os pisos iniciais das categorias são R$ 440 para nível básico, R$ 646 para nível médio e R$ 1.839 para nível universitário. Com o reajuste aprovado na lei, os servidores de nível básico que recebem o piso, por exemplo, ganharam um aumento de menos de nove centavos. Os reajustes anuais de 0,01% vêm sendo concedidos desde 2006. Portanto, o reajuste acumulado no período foi de 0,05%, contra 28,04% da variação da inflação, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Os servidores reivindicam reajuste salarial de 39% --para recompor as perdas salariais dos últimos anos--, mudança na lei salarial, revisão do plano de carreiras e extensão da gratificação a todos os trabalhadores. Atualmente, a gratificação é concedida a uma parcela dos servidores que cumprem determinado desempenho individual ou aos trabalhadores das instituições que alcançarem metas estipuladas pelo governo.
Compõem as categorias funcionários do serviço funerário, zoonoses, Instituto de Previdência Municipal, Hospital do Servidor, além de trabalhadores das autarquias, secretarias de governo e subprefeituras. A reportagem entrou em contato com a secretaria de Comunicação da prefeitura, mas não obteve uma resposta até a publicação do texto.