(do Transparência SP)
"O PPA 2012 – 2015 abre uma nova era no planejamento do Estado de São Paulo. As Diretrizes de Governo pretendem colocar São Paulo na rota das regiões emergentes mais dinâmicas do mundo, de marcante crescimento econômico.
(...)
Ela sinaliza uma inflexão estratégica: passar da etapa já vencida, de melhorias incrementais, ainda que significativas, para a fase do grande salto para o futuro."
A avaliação acima destacada consta de texto da Secretaria de Planejamento do Estado de SP, na apresentação do Plano Plurianual (PPA) 2012/2015.
Em outras palavras, nestes últimos 16 anos, foi possível apenas obter "melhorias incrementais", ou em outras palavras, pequenos avanços dentro de uma estrutura já dada. O império da mediocridade. Só agora o Estado poderá ingressar numa fase de grandes transformações e mudanças.
Creio que tal avaliação não passou pela análise política do governo Alckmin. Se passou, temos pelo menos um avanço: o reconhecimento de que nestes últimos dezesseis anos muito pouco foi feito no Estado de SP para a melhoria das condições de vida da população.
Os avanços nas áreas que dizem respeito ao Estado - educação, saúde, segurança saneamento, transporte, habitação -, conforme podemos interpretar do texto, teriam sido apenas "marginais".
Outra constatação que derivamos do texto: só a partir do PPA 2012/2015 o governo paulista terá como meta colocar o Estado "na rota das regiões emergentes mais dinâmicas do mundo". O mea culpa implícito significa dizer que, até aqui, o Estado não teve uma política efetiva de desenvolvimento econômico e social, deixando tudo para o "deus mercado". Sem dúvida, o Estado vem apresentando taxas de crescimento, nos últimos anos, menores que a de diversas outras regiões do país.
Muito revelador este princípio de governo Alckmin.