O FG-News abordou, ontem, a insídia que vem se desenvolvendo na polícia paulista, com reflexos danosos para a população.
O estopim dos acontecimentos foi a revelação de que o sociólogo Túlio Khan, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento – CAP, responsável pela tabulação dos dados levantados pelo Sistema de Informações Criminais – Infocrim, vendia informações sigilosas a terceiros.
Em seguida, veio a denúncia de que o Secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, teria entregado a um repórter do jornal Folha de S.Paulo, um envelope possivelmente com os dados que levaram à demissão de Khan.
Como reação ao fato, veio o afastamento do delegado chefe do departamento de homicídios, Marco Antonio Desgualdo, por deslealdade.
E o que já era evidente não pode mais ser desmentido: a cúpula da polícia paulista está em guerra interna.
O resultado dessa disputa, qualquer que seja, não será bom para o cidadão comum. Entregue à própria sorte, o povo está ainda mais exposto à insegurança.
O “racha” policial foi motivo de discussão, no sentido literal da palavra, entre dois jornalistas da rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira, dia 15 de março.
José Paulo de Andrade questionou o método empregado pelo secretário Ferreira Pinto no desenvolvimento do caso. José Paulo, não gostou de o secretário ter se aproveitado de um jornalista – no caso, o profissional da Folha – para conseguir a demissão de Khan.
O veterano radialista/jornalista recriminou o gesto, que chamou de “usar a mão do gato” para conseguir o que queria. Se o secretário já sabia dos fatos – disse José Paulo – deveria ter demitido o funcionário, mas preferiu agir na surdina. Transformou o repórter em inocente útil.
Foi aí que o novato companheiro de programa de José Paulo, Salomão Esper e Joelmir Beting, o talentoso Rafael Colombo, entrou em cena para discordar do colega mais velho. A discussão, que você vai acompanhar, abaixo, teve “lances” muito interessantes. É, de certa forma, uma demonstração, no ar, de que os manuais modernos sobre as relações sociais e profissionais não lembram mais o que, um dia, foram.
José Paulo clamou por ética, ao recriminar o secretário Ferreira Pinto, acusado de ter camuflado a verdadeira intenção no episódio de Túlio Khan. Colombo foi taxativo, ao defender o secretário e o colega jornalista, da Folha: é assim que as coisas são feitas e ponto final. Esse é o processo histórico de fritura.
Eu, de fora, caro Zé Paulo, diria que Rafael Colombo tem razão. É assim, mesmo, que as coisas são feitas. De uns tempos para cá, cada vez mais, tudo tem sido assim, dissimulado, com a mão do gato.
Falando nisso, Zé, não lhe parece, não, que a mão do gato tem frequentado os estúdios da Bandeirantes? Mãos de gato, como delegação de poderes e funções, têm em comum o conhecimento prévio e o objetivo determinado. Afinal, dizem, manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Eu acrescentaria, “os frouxos preferem jogar ou trouxas no fogo”. E para referendar o aprendizado via adágio popular, meu pai me dizia: trouxa não acaba, rareia. Ou seja, sempre haverá algum de plantão, pronto para o que der e vier.
Por último, José Paulo, ficou no ar uma incógnita que precisaria ser melhor explicada. O governador paulista, Geraldo Alckmin, temeria o que, exatamente, do atual secretário da segurança pública de São Paulo? Por favor, me explique. Sou ruinzinho nesse negócio de adivinhação.
Ouça a discussão no estúdio da rádio Bandeirantes, transmitido ao vivo. O áudio nos foi enviado pelo amigo Luciano Amaral, da Tecom Clipping de Rádio
Imagens: www.acharpessoas.com / www.estadao.com.br / www.investigadordepolicia / www.laboratoriodetemas.com / www.cimitan.blogspot.com / www.radiobandeirantes.com.br / www.pt-br.facebook.com / www.arranha-mequeeugosto.blogspot.com / www.portalodia.com
O estopim dos acontecimentos foi a revelação de que o sociólogo Túlio Khan, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento – CAP, responsável pela tabulação dos dados levantados pelo Sistema de Informações Criminais – Infocrim, vendia informações sigilosas a terceiros.
Em seguida, veio a denúncia de que o Secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, teria entregado a um repórter do jornal Folha de S.Paulo, um envelope possivelmente com os dados que levaram à demissão de Khan.
Como reação ao fato, veio o afastamento do delegado chefe do departamento de homicídios, Marco Antonio Desgualdo, por deslealdade.
E o que já era evidente não pode mais ser desmentido: a cúpula da polícia paulista está em guerra interna.
O resultado dessa disputa, qualquer que seja, não será bom para o cidadão comum. Entregue à própria sorte, o povo está ainda mais exposto à insegurança.
O “racha” policial foi motivo de discussão, no sentido literal da palavra, entre dois jornalistas da rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira, dia 15 de março.
José Paulo de Andrade questionou o método empregado pelo secretário Ferreira Pinto no desenvolvimento do caso. José Paulo, não gostou de o secretário ter se aproveitado de um jornalista – no caso, o profissional da Folha – para conseguir a demissão de Khan.
O veterano radialista/jornalista recriminou o gesto, que chamou de “usar a mão do gato” para conseguir o que queria. Se o secretário já sabia dos fatos – disse José Paulo – deveria ter demitido o funcionário, mas preferiu agir na surdina. Transformou o repórter em inocente útil.
Foi aí que o novato companheiro de programa de José Paulo, Salomão Esper e Joelmir Beting, o talentoso Rafael Colombo, entrou em cena para discordar do colega mais velho. A discussão, que você vai acompanhar, abaixo, teve “lances” muito interessantes. É, de certa forma, uma demonstração, no ar, de que os manuais modernos sobre as relações sociais e profissionais não lembram mais o que, um dia, foram.
José Paulo clamou por ética, ao recriminar o secretário Ferreira Pinto, acusado de ter camuflado a verdadeira intenção no episódio de Túlio Khan. Colombo foi taxativo, ao defender o secretário e o colega jornalista, da Folha: é assim que as coisas são feitas e ponto final. Esse é o processo histórico de fritura.
Eu, de fora, caro Zé Paulo, diria que Rafael Colombo tem razão. É assim, mesmo, que as coisas são feitas. De uns tempos para cá, cada vez mais, tudo tem sido assim, dissimulado, com a mão do gato.
Falando nisso, Zé, não lhe parece, não, que a mão do gato tem frequentado os estúdios da Bandeirantes? Mãos de gato, como delegação de poderes e funções, têm em comum o conhecimento prévio e o objetivo determinado. Afinal, dizem, manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Eu acrescentaria, “os frouxos preferem jogar ou trouxas no fogo”. E para referendar o aprendizado via adágio popular, meu pai me dizia: trouxa não acaba, rareia. Ou seja, sempre haverá algum de plantão, pronto para o que der e vier.
Por último, José Paulo, ficou no ar uma incógnita que precisaria ser melhor explicada. O governador paulista, Geraldo Alckmin, temeria o que, exatamente, do atual secretário da segurança pública de São Paulo? Por favor, me explique. Sou ruinzinho nesse negócio de adivinhação.
Ouça a discussão no estúdio da rádio Bandeirantes, transmitido ao vivo. O áudio nos foi enviado pelo amigo Luciano Amaral, da Tecom Clipping de Rádio
Imagens: www.acharpessoas.com / www.estadao.com.br / www.investigadordepolicia / www.laboratoriodetemas.com / www.cimitan.blogspot.com / www.radiobandeirantes.com.br / www.pt-br.facebook.com / www.arranha-mequeeugosto.blogspot.com / www.portalodia.com
BLOG DO FLÁVIO GUIMARAES: http://fg-news.blogspot.com/2011/03/crise-na-policia-paulista-leva-mao-do.html