O governo do Estado começa a gestão colocando obras importantes na “geladeira”. Depois do adiamento nos planos do Metrô, agora estão congeladas a conclusão da Avenida Jacu-Pêssego e até obras prometidas pelo atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB), em campanha, como a duplicação da Rodovia dos Tamoios, e pelo presidenciável tucano José Serra, como a ponte entre Santos e Guarujá, no litoral paulista. E o pior: não há mais prazo para entrega.
As justificativas são a revisão de contratos e a reavaliação de prioridades. São promessas de R$ 3,6 bilhões, em custos estimados, repetidas há décadas e essenciais para a vida de milhões de paulistas.
Uma delas é o prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, entregue ainda incompleta em outubro do ano passado após investimentos de R$ 1,9 bilhão, o dobro do estimado inicialmente.
Na época, a adequação da iluminação – que ainda é feita por geradores – foi prometida para o mês seguinte e a construção de alças de acesso à pista e das vias marginais no nível dos bairros seria concluída em março deste ano. As obras, no entanto, não andaram mais, e o atual governo assume que não há mais prazo para as intervenções saírem.
A interligação da Jacu-Pêssego com a Avenida dos Estados, prometida pelo ex-governador Alberto Goldman (PSDB) para março ao custo de mais R$ 200 milhões, também tem data de entrega indefinida.
Segundo a Dersa, responsável pela obra, “os contratos firmados estão sendo revistos”, com o objetivo de “verificar aspectos de natureza técnica, em benefício da população”. Só depois dessa revisão é que serão retomadas, com um prazo mínimo de quatro meses.
Outra obra que está sem prazo é a ponte que ligaria Santos ao Guarujá. O projeto foi anunciado pela primeira vez há 47 anos – e, desde então, foi abandonado e retomado diversas vezes. A última foi em março de 2010, quando o ex-governador José Serra (PSDB) apresentou uma maquete da ponte e anunciou que abriria licitação em um mês.
As intervenções durariam 30 meses após assinado o contrato, ao custo de R$ 700 milhões. Alckmin reafirmou na campanha eleitoral o compromisso de fazer a obra, mas, com a revisão das prioridades, não há mais previsão para contrato e licitação.
O caso é parecido com a duplicação da Rodovia dos Tamoios, prometida desde os anos 1990. O início das obras chegou a ser anunciado para o segundo semestre de 2009, com custo estimado em R$ 2,7 bilhões, o que não aconteceu. Alckmin afirmou durante campanha que seria a primeira de seu governo, com início programado para o mês passado. O licenciamento ambiental está preparado, mas ainda não há prazo para licitação. A obra, assim como a da ponte, permanece em “fase de estudos técnicos”, segundo a Secretaria de Transportes.
PAULO SALDAÑA e RODRIGO BURGARELLI
http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/alckmin-congela-r-36-bi-em-obras-viarias/
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Alckmin congela R$ 3,6 bi em obras viárias
/ On : sexta-feira, fevereiro 04, 2011 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
Alckmin congela R$ 3,6 bi em obras viárias
2011-02-04T18:15:00-08:00
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