BRUNO RIBEIRO
Antes mesmo de começar a operar em horário comercial, a nova Estação Tamanduateí do Metrô coleciona goteiras e já passa por reformas. Na quinta-feira, 03, pela manhã, eram pelo menos nove pontos onde caiam pingos d’água – três deles na plataforma de embarque. A companhia diz que os reparos estão sendo feitos pela construtora responsável pela obra, sem gasto extra para o poder público.
Funcionários têm sinalizado as infiltrações com cavaletes amarelos com a inscrição “cuidado, piso molhado” nos corredores.
Vale lembrar que a estação não é subterrânea. Ao contrário, com 14 mil m², ela é um complexo de três andares. No nível do solo, ficam as plataformas da Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No mezanino, as bilheterias e os corredores usados pelos passageiros para baldeação. No terceiro piso, as plataformas do Metrô. Em todos há goteiras.
“Eu já tinha notado as plaquinhas, mas achei que era por causa da chuva. Não é uma coisa que atrapalhe a viagem. Agora, sabendo que é uma falha estrutural, acho um absurdo uma obra desse tamanho estar com infiltrações. Tenho certeza que essa estação não saiu barato”, diz o analista de compras Danilo Borges, de 24 anos, morador de Mauá que trabalha em um escritório na Rua da Consolação.
O diretor de operações do Metrô, Mário Fioratti Filho, afirma que as goteiras foram causadas por dois pontos de infiltração. “Um é na junta de dilatação da via permanente (onde ficam os trilhos). É a que dá acesso ao mezanino. Já acionamos a construtora e o reparo já foi feito quase na totalidade”, diz. Ele conta que a falha foi descoberta assim que a estação foi inaugurada.
O segundo é na emenda da estrutura das passarelas de integração. “O fornecedor já identificou (o problema) e está refazendo a vedação”, diz. O diretor não dá prazo para concluir os trabalhos e diz que a manutenção está coberta pela garantia da construção.
Vila Madalena
Quando foi inaugurada, em 1998, a Estação Vila Madalena, na zona oeste, também teve goteiras. Por dois meses, havia baldes colocados na entrada da plataforma. Lá, havia um lençol freático sobre a estação. A vedação do concreto foi reforçada.
Quando foi inaugurada, em 1998, a Estação Vila Madalena, na zona oeste, também teve goteiras. Por dois meses, havia baldes colocados na entrada da plataforma. Lá, havia um lençol freático sobre a estação. A vedação do concreto foi reforçada.
http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/aberta-ha-4-meses-estacao-do-metro-tem-goteiras/