Falta de política para o desenvolvimento turístico no Estado impede geração de empregos no setor.
(do Transparência SP)
O Tribunal de Contas do Estado de SP apontou em sua auditoria referente às contas do governador de 2009, mas ninguém destacou até aqui: os recursos repassados pelo governo estadual para as cidades turísticas do Estado - através do Fundo de Melhoria das Estâncias -, não foram capazes de criar empregos significativos justamente nos segmentos ligados ao turismo (hotelaria, bares, restaurantes, guias turísticos, parques, etc.).
Segundo levantamento do TCE junto ao Ministério do Trabalho, em 2009, as 67 cidades consideradas estâncias turísticas do Estado de SP geraram, juntas, 216.874 empregos, mas apenas 4.346 no setor turístico - apenas 2% do total.
Quatorze cidades apresentaram em 2009 perda de empregos no setor, entre elas Ubatuba, Guarujá, Ilha Comprida, Ibitinga e Itu.
Quatorze cidades apresentaram em 2009 perda de empregos no setor, entre elas Ubatuba, Guarujá, Ilha Comprida, Ibitinga e Itu.
A falta de uma política de desenvolvimento do turismo no Estado e a utilização dos recursos do Fundo para obras de infraestrutura urbana que, muitas vezes, não possuem relação com a melhoria dos serviços turísticos respondem pelas causas deste problema.
Em 2009 o Estado de SP repassou efetivamente R$ 98 milhões ao conjunto das estâncias turísticas.Cada emprego gerado no setor turístico custou ao Estado mais de R$ 22 mil.
A falta de política para o turismo no Estado tem outra consequência: o governo tem deixado de repassar para os municípios os recursos previstos no orçamento estadual desde 2000. Nos últimos 10 anos, deixaram de serem repassados mais de R$ 550 milhões, ou quase 50% de tudo o que foi previsto nos orçamentos estaduais.