IstoÉ - Edição 2136 - 14/05/2010
O poderoso Paulo Preto - Parte 1
Desde que a candidata do PT, Dilma Rousseff, pronunciou o nome de Paulo Preto no debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo 10, Serra se viu envolvido em um enredo de contradições e mistério do qual vinha se esquivando desde agosto passado, quando ISTOÉ publicou denúncia segundo a qual o engenheiro Paulo Souza, ex-diretor da estatal Dersa na gestão tucana em São Paulo, era acusado por líderes do seu próprio partido de desaparecer com pelo menos R$ 4 milhões arrecadados de forma ilegal para a campanha eleitoral do PSDB.
O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra.
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IstoÉ - Edição 2136 - 14/05/2010
Serra não explica o porquê da permanência de Paulo Preto à frente da estatal durante seu governo - Parte 2
Já Paulo Preto Dersa, na entrevista à “Folha”, fornece alguns dados importantes. O ex-diretor do Dersa disse que sempre criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas, por ter feito os pagamentos em dia às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o rodoanel, a avenida Jacu-Pêssego e a ampliação da Marginal. “Ninguém nesse governo deu condições de as empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu”, afirmou Paulo Preto.
De fato, Paulo Preto teve um peso enorme na gestão tucana em São Paulo. Os contratos administrados pelo engenheiro estavam entre as principais obras do País, somando R$ 6,5 bilhões. De acordo com relatório do TCU, obtido por ISTOÉ, o ex-diretor chegou a pagar às empreiteiras não apenas no prazo, mas também de maneira antecipada. Os auditores do tribunal recomendaram ajustes ao que consideram uma conduta indevida de Paulo Preto, pois sempre há o risco de as empresas receberem todo o pagamento sem garantias de cumprimento das obras.
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CartaCapital - Edição - 14/05/2010
Quem é Paulo Preto - por Cynara Menezes
Aparece o factoide que sumiu com 4 milhões. Chama-se Paulo Preto e é velho colaborador de Serra e Aloysio Nunes Ferreira.
Numa eleição em que o jornalismo dito investigativo só atuou contra a candidata do governo, Dilma Rousseff serviu como “pauteira” para a imprensa. O pauteiro é quem indica quais reportagens devem ser feitas – e, se não fosse por causa de Dilma, Vieira de Souza nunca chegaria ao noticiário. Nos dias seguintes ao debate, finalmente jornais e tevês se preocuparam em escarafunchar, mesmo sem o ímpeto habitual quando se trata de denúncias a atingir a candidatura governista, um escândalo que envolvia o tucanato. A acusação contra Vieira de Souza, vulgo “Paulo Preto” ou “Negão”, apareceu pela primeira vez em agosto, na revista IstoÉ.
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CartaCapital - Edição - 14/05/2010
Pandora inesgotável - Sérgio Guerra e Agripino Maia no meio da corrupção do Distrito Federal - por Leandro Fortes
As investigações sobre a Máfia Demo-tucana que atuava no governo Arruda no Distrito Federal prosseguem. Na mira da PF, os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Sérgio Guerra (PSDB-PE).
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