(do TSP)
O resultado das eleições no Estado de SP, neste primeiro turno, deve ser analisado de forma ampla:
- o PSDB coleciona uma importante vitória no primeiro turno, implantando a mais longa hegemonia de um partido a frente de um Estado no Brasil;
- em SP, a alternância de projetos políticos no jogo democrático não está em discussão, entre outras razões, porque a chamada "grande imprensa" não abre espaços de debate à altura da importância política e econômica do Estado, dificultando a discussão ampla sobre o seu rumo. Mesmo assim, o Estado apresentou-se "dividido ao meio", dada a margem apertada da vitória em primeiro turno do candidato tucano;
- as bancadas tucanas na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional por São Paulo foram reduzidas em relação a 2006, perdendo numericamente em ambas as Casas para as bancadas petistas;
- no caso da Assembléia Legislativa, graças ao crescimento da representação do PV e das bancadas do PTB, do DEM, do PMDB, do PPS e de outras legendas, o governo estadual continuará a ter importante maioria, mas não com a "folga" gigantesca do governo Serra;
- Serra teve muito menos votos no primeiro turno (40%) do que esperava, apesar de conseguir terminar na frente de Dilma (37%) e Marina (20%). De qualquer modo, para quem teve uma vitória consagradora para o governo estadual em 2006, o resultado não deixou de ser decepcionante;
- a oposição, se souber partir dos temas mais debatidos nesta última campanha (pedágios, transporte coletivo, educação, segurança, desenvolvimento econômico e saneamento), acompanhar e divulgar todos os escândalos que ocorrem no Estado e criar novos canais de comunicação, poderá efetivamente ter uma chance e romper a hegemonia tucana em SP daqui a quatro anos;