O Movimento Estadual Contra os Pedágios Abusivos de São Paulo pretende parar o trânsito em cinco estradas paulistas amanhã, quando serão reajustadas as tarifas em todas as rodovias estaduais concedidas.
O objetivo do grupo é protestar contra os preços cobrados. Segundo a entidade, haverá manifestações nas rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Anhanguera, Santos Dumont e na Estrada Velha de Campinas.
O movimento, criado este ano, escolheu 1º de julho como o "Dia da Luta contra os Pedágios Abusivos no Estado" e pretende usar a data para ganhar visibilidade e pressionar o governo e concessionárias a rever tarifas.
O movimento terá a adesão dos principais sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Os reajustes serão de 4,17% para as vias concedidas até 2000, e de 5,21% para as concessões mais recentes. Na Anchieta-Imigrantes, por exemplo, o preço sobe de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Na região de Indaiatuba, a 105 km de São Paulo, moradores criaram um movimento para debater os preços abusivos das tarifas cobradas nas principais rodovias estaduais. Com o apoio de entidades sociais e movimentos classistas, defendem, entre outros pontos, a revisão dos contratos.
Segundo o coordenador do movimento, José Matos, desde o início da privatização das rodovias do Estado de SP, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas.
- Pedágio não é imposto, é tarifa. Não devemos pagar por um serviço que não utilizamos.
Matos cita a cobrança no trajeto entre Indaiatuba e Campinas para exemplificar as tarifas cobradas no Estado.
- São 20 quilômetros de estrada, mas a cobrança é pelos 62 quilômetros disponíveis.
Com isso ficou mais barato viajar para outro Estado do que internamente. Cruzar de carro entre os 404 quilômetros entre São Paulo e Curitiba, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas.Trafegar de Santos a São Paulo custa mais do que o dobro.
hoje, o estado de São Paulo possui mais pedágios do que todo o resto do Brasil. De acordo com informações da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, são 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do país.
(do O Globo e Destak Jornal SP)