Que dó, que dó, que dó dos cidadãos de São Paulo.
Pagam muito caro, com sua própria segurança, pela má administração da pasta de Segurança Pública do estado, seja no âmbito da PC ou da PM.
Secretário afasta delegado que abriu inquérito sobre roubo no Itaú
Ruy Ferraz Fontes era titular do 69º Distrito Policial, na Zona Leste de SP.
Cofres de agência na Avenida Paulista foram arrombados no fim de agosto.
Do G1 e R7 SP
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, e o delegado-geral de Polícia, Marcos Carneiro Lima, afastaram nesta quinta-feira (15) o delegado titular do 69º Distrito Policial de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. Ele abriu um inquérito na delegacia da Zona Leste da capital paulista para investigações relacionadas ao roubo à agência do Itaú na Avenida Paulista, ocorrido no fim de agosto.
A Corregedoria da Polícia Civil irá abrir um procedimento administrativo para apurar a forma de atuação do delegado, segundo a secretaria, “em relação aos crimes noticiados pelo Banco Itaú em áreas de outros distritos policiais”. O delegado ficará à disposição da Delegacia-Geral de Polícia.
Além disso, a Corregedoria também apura “os desencontros” ocorridos entre o 78º Distrito Policial da capital paulista, que fica na região onde ocorreu o roubo, e o Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), “que retardaram o início das investigações”, segundo nota da secretaria.
Em entrevista à Agência Estado, Ruy Ferraz Fontes disse que abriu seu inquérito para apurar “formação de quadrilha”. Ele contou que recebeu as fotos dos ladrões do banco no dia 6 de setembro. Seu inquérito foi aberto no dia 5, mas desde o dia 2 seus homens já faziam diligências. “Não estou investigando o roubo, mas quadrilhas da região”, afirmou nesta quarta-feira (14).
O crime ocorreu no dia 27 de agosto e só veio à tona oito dias depois. O caso está sendo apurado pela 5ª Delegacia de Roubo a Bancos do Deic. Os ladrões invadiram a agência em um sábado à noite e só saíram de lá no dia seguinte, pela manhã. De acordo com a polícia, 170 cofres foram violados e os criminosos ficaram dez horas no banco.
A direção do banco Itaú disse desde o início do caso que não vai falar sobre o roubo porque os dados são sigilosos.
Conforme o Jornal da Record:
Segundo policiais do Deic, nos dias 29 e 30 seus homens entraram em contato com a segurança do banco, mas não foram informados sobre a magnitude do assalto. No boletim de ocorrência feito pela agência bancária, não é relatado o que foi levado dos cofres, apenas balas de revólveres e equipamentos de segurança da empresa de vigilância. Não havia nada no boletim que informasse joias, dólares e ouro levados de 138 cofres arrombados – no total, 120 clientes foram roubados. Cerca de 16 bandidos armados renderam o vigia, invadiram o banco às 23h50 do dia 27 e ficaram no local até as 9h40 do dia seguinte.O roubo do Itaú envolve valores que chegariam a R$ 100 milhões. Por ora, só cinco vítimas procuraram a polícia para dar queixa do que foi levado. O Itaú informou, por meio de nota, que colabora com as investigações da polícia.
A cúpula da Segurança Pública só soube da magnitude do roubo oito dias depois. O desencontro deu uma dianteira de uma semana aos ladrões em relação à investigação – o inquérito policial para apurar oficialmente o assalto só foi aberto em 5 de setembro pela Delegacia de Roubos a Banco do Deic, que recebeu as imagens dos ladrões no dia 8. O crime aconteceu em 28 de agosto. Até agora, ninguém foi preso.
Fontes, que já foi responsável pela Delegacia de Roubos a Banco, disse que abriu seu inquérito para apurar “formação de quadrilha”. Ele contou que recebeu as fotos dos ladrões do banco no dia 6. Seu inquérito foi aberto no dia 5, mas desde o dia 2 seus homens já faziam diligências.
- Não estou investigando o roubo, mas quadrilhas da região.