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sábado, 9 de abril de 2011

Alckmin chega a 100 dias tentando se livrar da marca de Serra

/ On : sábado, abril 09, 2011 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
(do IG São Paulo, por Nara Alves)

Empenhado em conter desgastes políticos, tucano comemora avaliação positiva nos primeiros meses de governo

O tucano Geraldo Alckmin assumiu o governo de São Paulo com o compromisso de dar continuidade ao governo anterior, de José Serra (PSDB). O que se viu logo nas primeiras semanas, no entanto, foi um pacote de mudanças e decisões que acentuaram as diferenças entre os estilos serrista e alckmista. Até agora, a administração paulista tem se empenhado em contornar questões políticas que poderiam resultar em desgaste político – como a criação do Partido Social Democrático (PSD), que tem como cofundador o vice-governador, Guilherme Afif Domingos – e de imagem, como a crise de espionagem que atingiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Alckmin imprimiu uma nova rotina no Palácio dos Bandeirantes. Determinou a revisão de todos os contratos, cortou gastos e relançou programas, como o Governo Presente. Manteve apenas seis dos 26 secretários da gestão anterior. Fechou pastas criadas por Serra e reabriu as que haviam sido fechadas pelo antecessor. Fez tudo isso sempre negando com veemência que seu governo seja de ruptura. Empenhou-se em tecer elogios públicos a Serra a ponto de apontá-lo como a melhor opção do PSDB para as eleições de 2012 na capital.

Aprovação
O estilo alckmista vem acompanhado da melhor avaliação registrada desde 1995 para os três primeiros anos de governo. Hoje, pouco se fala de Paulo César Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, acusado de integrar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que causou alvoroço em Pindamonhangaba, cidade natal do governador. O questionamento da Procuradoria Geral Eleitoral sobre supostas irregularidades na captação de recursos na campanha tucana também foi superado, assim como a enchente que devastou Franco da Rocha.
De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, Alckmin teve a melhor avaliação nos três primeiros meses de mandato desde 1995, superando os antecessores José Serra e Mário Covas, seu padrinho político. O governo Alckmin foi considerado ótimo ou bom por 48% da população. No mesmo período do governo Serra, este índice foi de 39%. Segundo o levantamento, os entrevistados deram ao governo Alckmin uma nota média de 6,4 em uma escala que vai até 10.
A nota da população é provavelmente superior à que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, daria para o governador. “Eu avalio o governo de Geraldo Alckmin (nesses 100 dias) positivamente. De zero a 10, eu daria uma nota acima de cinco”, disse Kassab ao iG. O prefeito fez a mesma avaliação sobre o governo de Dilma Rousseff, com quem vem flertando abertamente desde que anunciou a criação do PSD.
O prefeito paulistano causou muita dor de cabeça a Alckmin. Ao anunciar o PSD, Kassab se colocou como alternativa à polarização entre PT e PSDB em São Paulo e não esconde de ninguém que deseja ser candidato à sucessão de Alckmin, que deve se candidatar à reeleição em 2014. Além disso, o prefeito levou consigo o próprio vice-governador, Guilherme Afif Domingos, que neste meio tempo perdeu o controle do Conselho Estadual de Petróleo e Gás Natural. Ao iG Afif disse que não tem se dedicado à prospecção de nomes e organização de atos da nova sigla por imposição do chefe. “Não tenho autorização para fazer isso nem aos finais de semana”, contou.

Espionagem
Ainda na esfera política, Alckmin assistiu ao vazamento de um vídeo em que o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, aparece encontrando-se com um repórter do jornal Folha de S.Paulo, no Shopping Pátio Higienópolis. As imagens do circuito interno de televisão do shopping foram vazadas para a imprensa e Alckmin escalou interlocutores mais próximos para que evitassem um acirramento dos ânimos no partido. Ao mesmo tempo, defendeu tanto Ferreira Pinto como o secretário de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, ex-titular da Segurança, citado nos bastidores por envolvimento na suposta espionagem.
Alckmin articulou para evitar que a crise impactasse na disputa de poder dentro do PSDB pelo controle das eleições municipais de 2012. Como planejou, o governador deve garantir o controle do partido no município com a indicação de seu secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, à presidência da sigla em São Paulo, contra o deputado estadual eleito Carlos Bezerra Junior, favorito de Serra. No âmbito Estadual, o quadro também favorece a Alckmin. Para suceder ao atual presidente do PSDB em São Paulo, o deputado Mendes Thame, ligado a Serra, o favorito é deputado Pedro Tobias, amigo de Alckmin.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o controle alckmista também prevalece. No que depender dos deputados da base tucana, o governador terá quatro anos de projetos aprovados e sem grandes sobressaltos. No primeiro dia dos trabalhados na nova legislatura, tucanos protocolaram diversos pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sem risco político para Alckmin. Com isso, a CPI dos pedágios, por exemplo, que seria desgastante para o governo, ficou na fila de espera. Dependendo do andamento das investigações, o tucano pode terminar o mandato como começou, sem muito sufoco.

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