Um homem de 51 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) enquanto aguardava a chegada de uma ambulância que o levaria para o hospital. Após a morte, na madrugada desta terça-feira, dois médicos responsáveis pelo atendimento do paciente passaram a se agredir.
Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, o homem chegou à UPA com sinais de infarto e foi prontamente atendido pelo médico de plantão. O médico, então, solicitou que uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) fosse à unidade para remover o paciente a um hospital.
Familiares do paciente afirmaram que a ambulância demorou cerca de uma hora e meia, informação que a secretaria disse que vai apurar. De acordo com a pasta, quando a ambulância chegou à UPA, o paciente tinha sofrido uma parada cardíaca e os médicos da unidade tentavam reanimá-lo.
O homem acabou morrendo, mesmo após as manobras de ressuscitação. A Secretaria de Saúde da cidade afirma que, segundo relatos de funcionários presentes, o médico plantonista da UPA e o médico do Samu passaram a se agredir verbal e fisicamente.
Ainda segundo a secretaria, no momento da briga os familiares do paciente ainda não tinham sido comunicados de sua morte, o que os levou a acreditar que o homem ficou sem cuidados enquanto os médicos brigavam.
A secretaria informou que foi aberto um procedimento apuratório para investigar se houve negligência no atendimento e em que circunstâncias se deu a briga entre os médicos. Eles serão ouvidos nesta quarta-feira pela Coordenação de Auditoria, da própria secretaria.
O médico do Samu já foi demitido por conta da agressão. O médico da UPA ficará afastado do serviço até o final da apuração.