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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Alckmin não cumprirá promessas de ampliar o Metrô

(Transparência SP)

Apesar da interdição do debate sobre a política no Estado de SP nas últimas décadas, de vez em quando, alguns órgãos da grande imprensa resolvem fazer jornalismo e analisar se as promessas do governador Alckmin vem sendo cumpridas.
Começando pela situação do Metrô - que não tem nada de metropolitano, já que ainda não possui linhas fora da cidade de São Paulo -, a apuração feita pela Folha de SP dos números e metas apresentadas pelo governo Alckmin seriam constrangedoras para qualquer outro governo que fosse fiscalizado de forma permanente.
Estes números também refletem a piora da situação para quem utiliza este meio de transporte todo dia, com panes, quebras e superlotação cada vez mais frequentes.
Segundo a reportagem da Folha de SP, só 13% das obras do Metrô prometidas deverão ser entregues.
Em números mais concretos, Alckmin prometeu entregar 30 km de Metrô, mas deverá encerrar este mandato entregando apenas 4 km.
Este blog pretende ajudar ainda mais, levantando quais os valores orçamentários realizados no Metrô pelo governo Alckmin de 2011 a 2013.
Neste período, foram previstos investimentos de R$ 14,1 bilhões, mas foram realizados apenas R$ 6,7 bilhões, ou seja, mais de 52% dos recursos previstos não foram aplicados na modernização e expansão do Metrô.
Os números falam por si só.



Alckmin deve entregar só 13% das obras de metrô prometidas


Candidato à reeleição, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), terminará o mandato em 2014 muito longe de cumprir a promessa de expansão do Metrô. Em entrevista concedida ao UOL em 2012, o tucano prometia entregar 30 km de metrô até 2014. No entanto, deverá entregar apenas 4 km, o que representaria 13% da extensão prometida.
Há dois anos, Alckmin confiava na capacidade de concluir o monotrilho da linha 15-prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes), com mais de 24 km de extensão na zona leste; fazer avançar a linha 5-lilás, na zona sul; e entregar as estações restantes da linha 4-amarela, na zona oeste.
Dos 30 quilômetros prometidos em 2012, o governo estadual entrega o primeiro quilômetro somente neste sábado (2), com a entrada em operação comercial da estação Adolfo Pinheiro da linha 5-lilás.
O Metrô promete chegar à soma de 4 km de novos trilhos neste ano com a inauguração do trecho Vila Prudente-Oratório do monotrilho da linha 15-prata, com extensão de 2,9 km, e a estação Fradique Coutinho, uma das paradas intermediárias da linha 4-amarela.
No primeiro ano da gestão atual, em 2011, o governo do Estado colocou em operação as estações Butantã, Pinheiros, Luz e República da linha 4-amarela, o que representou 5,4 km de trilhos.
 
Com os trechos a serem entregues em 2014, Alckmin deverá terminar o mandato com 9,3 km de novos trechos inaugurados. A marca representaria a média 2,3 km por ano, superior à media atual da era tucana, que é de 1,6 km. Entre 1995 e 2014, com governos sucessivos do PSDB, o Metrô teve um acréscimo de 32 km à sua rede.
Nos primeiros 27 anos de sua história, o Metrô contou com um ritmo mais forte de obras. Entre 1968 e 1994, a rede saiu do zero e chegou à marca de 43 km de extensão, uma média de 2,7 km por ano.

Atrasos e novos prazos

O Plano Plurianual 2012-2015 do governo estadual previa que a região metropolitana de São Paulo contaria com 136 km trilhos de metrô em 2015, marca que não será alcançada. Atualmente, a rede possui 75 km de extensão.
Os prazos para a conclusão das obras têm sido constantemente descumpridos. Inicialmente, a entrega completa do monotrilho até Cidade Tiradentes era prometida para 2014. Mais recentemente, previa-se que o trecho Vila Prudente-Oratório seria inaugurado até 5 de julho, antes das restrições da legislação eleitoral que impedem a presença de Alckmin em inaugurações durante a campanha, o que não aconteceu.
Questionado sobre os motivos dos atrasos na entrega de linhas e estações, o Metrô preferiu destacar as obras em andamento e as contratadas, que somam 73 quilômetros a serem entregues. "Trata-se do maior plano de expansão [de transporte de massa sobre trilhos] em execução na América Latina", afirmou a empresa em nota.
As conclusões das linhas 4-amarela e 5-lilás são prometidas para 2016. De acordo com o Metrô, o cronograma do trecho Oratório-São Mateus da linha 15-prata está sendo revisto e o último trecho, que ligará São Mateus e Cidade Tiradentes, "tem sua entrega atrelada às negociações com a prefeitura sobre a duplicação da avenida Ragueb Chohfi".
Outra obra em andamento é o monotrilho da linha 17-ouro (Congonhas-Morumbi). O Metrô promete entregar o primeiro trecho, com oito estações, em 2015.
Além disso, a empresa tem tratado de outros três projetos. A obra da linha 6-laranja (Brasilândia-São Joaquim) está em vias de começar. O Metrô prevê encerrá-la de seis a sete anos depois do início.
O Consórcio ABC Integrado venceu recentemente a concorrência internacional para a construção do monotrilho da linha 18-bronze, que ligará São Paulo ao ABC paulista. A obra será realizada por meio de uma PPP (Parceria Público Privada). E está em andamento a concorrência para a construção da extensão da linha 2-verde (Vila Prudente-Dutra).

"Mera expectativa"

Depois da publicação da reportagem, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo enviou uma nota afirmando que na entrevista concedida por Alckmin ao UOLem 2012 "não é feita qualquer promessa, tendo sido apresentando claramente uma mera expectativa para os próximos anos de governo".
No texto, o governo estadual destaca os investimentos feitos no Metrô e na CPTM. "Além disso, atualmente estão contratadas oito linhas de transporte sobre trilhos, o que resulta em 101 km adicionais no sistema. As obras, em diversos estágios, evidenciam a prioridade e compromisso do Governo do Estado na expansão do transporte público de qualidade para os paulistas".

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