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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Funcionários da Fundação Casa (antiga Febem) entram em greve hoje


do Brasília Confidencial
Trabalhadores doarão sangue contra “vampirismo”



    Funcionários da Fundação Casa (antiga Febem) entram em greve hoje, em São Paulo, e pretendem realizar amanhã um protesto simbólico para registrar sua indignação. Eles anunciaram que doarão sangue ao Hospital das Clínicas.
    “Além de ser um ato de solidariedade, é um refrão que os trabalhadores têm usado muito por aqui: precisamos nos mexer contra o vampirismo do governo do PSDB nos 16 anos em que comanda o estado”, argumenta Júlio Alves, vice-presidente do Sindicato paulista dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança ao Adolescente e à Família.

Governador sanciona aumento salarial da polícia de SP; ADPESP mostra a tapeação

extraído do Flit Paralisante

Já vimos este filme.
Fonte: BOL
Governador sanciona aumento salarial da polícia de SP; associação diz que é engodo
27/05/2010 – 20h11 | da Folha.com
O governado Alberto Goldman (PSDB) sancionou nesta quarta-feira (26) lei que aumenta o salário dos policiais civis, militares e científicos do Estado.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o aumento será de até 23,82%, caso dos soldados de 2ª classe da PM em cidades com até 200 mil habitantes. Agentes policiais, carcereiros, auxiliares de papiloscopistas e atendentes de necrotério em cidades semelhantes terão os vencimentos elevados em 20,98%.
Quando enviou o projeto para votação na Assembleia Legislativa, o governo dizia atender duas reivindicações: a incorporação integral do Adicional por Local de Exercício (ALE) e a extinção dos menores níveis do adicional.
O objetivo era corrigir distorções administrativas, como o maior interesse dos policiais em trabalhar nas cidades grandes.
“O maior aumento é para o policial que está mais próximo da população, na ponta da linha, protegendo a sociedade e garantindo a segurança pública”, disse, na época, o secretário Antônio Ferreira Pinto.
De acordo com a SSP, a redução de três para dois níveis de ALE custará ao Estado R$ 236,6 milhões por ano –por mês, a lei implicará em aumento de despesa de R$ 17,7 milhões.
Engodo
O projeto de lei provocou insatisfação na Polícia Civil, que desde sua apresentação ameaçou greve e começou operação padrão.
“Não houve nenhum avanço, isso não é aumento. O número de policiais que foram contemplados é muito pequeno. Na verdade, é mais um engodo, esse aumento inexiste, não aconteceu”, afirma a presidente da Adpesp (associação dos delegados), Marilda Pansonato Pinheiro, que já havia chamado o projeto de “esmola”.
A associação reivindica a aprovação de um projeto de restruturação da categoria, que fez parte do acordo que encerrou a greve da polícia, em 2008. Policiais civis e militares chegaram a se enfrentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
“Infelizmente, ainda não tivemos nenhum aceno pra que haja negociação, nosso projeto de restruturação continua parado na Casa Civil. Desnaturaram o projeto, um dos funcionários da Casa Civil se posicionou de forma contrária, e dessa forma não tem como seguir adiante”, diz Pinheiro.
A Adpesp convocou uma assembleia extraordinária para esta quinta, para discutir os rumos do movimento de reivindicação.

USP e Unicamp mantêm paralisações

extraído do Brasília Confidencial


27/05/2010
Nas duas principais universidades públicas de São Paulo, os trabalhadores continuam a ser desrespeitados; após mais um dia sem negociação por parte das diretorias, funcionários da USP e da Unicamp decidiram manter as greves nos dois campi por tempo indeterminado.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Usp (Sintusp), Magno de Carvalho, desdenhou a nota no site da faculdade, que diz que a Justiça concedeu reintegração de posse do prédio da reitoria, bloqueado pelos manifestantes. Até agora, 60% dos empregados aderiram à paralisação. “Essa liminar não chegou às nossas mãos, mas mesmo quando, e se chegar, não recuaremos um milímetro”, afirmou. Para a próxima terça-feira, 01/06, os funcionários da USP preparam uma passeata saindo da universidade, com roteiro a ser definido.
Na Unicamp, onde a adesão é de 40% do efetivo, o medo dos grevistas é que, em vez de negociação, haja só punição. “Temos recebido ameaças de desconto no ponto. Além da reabertura da negociação, precisamos de garantias de que não haverá retaliação”, diz João Raimundo de Souza, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).

Deputados apuram denúncia de que fábrica de vacinas do Butantã não funciona


Instituto não fabrica uma dose sequer de vacina da gripe comum ou H1N1

Em diligência no final da tarde de ontem (26/5), os deputados do PT, Antonio Mentor (líder da Bancada do PT) e Fausto Figueira (presidente da Comissão de Saúde e Higiene), foram ao Instituto Butantã para apurar a denúncia de que a fábrica de vacinas da gripe comum e H1N1 do local não funciona. Recebidos pelo diretor Otávio Mercadante, houve uma conversa preliminar para entrega de ofício solicitando informações, mas, na ocasião, já foi confirmado pelo diretor que a fábrica não está operando.

Reinaugurada várias vezes pelos sucessivos governos tucanos, conforme constam em notícias publicadas por jornais desde outubro de 1999, a fábrica de vacinas do Instituto Butantã ainda não produziu uma dose sequer de vacina da gripe até hoje.

“Em várias ocasiões, saíram matérias assim na imprensa: ‘mês que vem a fábrica começa a produzir a vacina para dengue’, depois repetiam a mesma história em outro mês. É inaceitável o Butantan não fabricar vacina”, critica Mentor. Segundo o parlamentar, o diretor confirmou que o instituto apenas envasa as vacinas, e não as fabrica.

A produção de vacinas estava prevista para iniciar a produção em 2005, foi adiada para setembro de 2008, passou para março de 2009, depois para setembro, dezembro, março de 2010 e, agora, setembro de 2010. Em 2006, diversos funcionários foram contratados para a produção de vacinas, contudo tiveram de ser realocados para outros setores, tendo em vista que as vacinas não estavam sendo produzidas.

Prejuízos

Os parlamentares relataram denúncias de que diariamente centenas de milhares de ovos de galinha que deveriam servir para fabricação de vacinas da gripe vão para o lixo. Segundo Mentor, ao menos 160 mil ovos chegavam a ser entregue por dia. “Isso pode ter causado grandes prejuízos para o instituto”, alerta o líder da Bancada.

Os deputados também questionaram sobre as denúncias de que 14 milhões de doses da vacina H1N1 foram jogadas fora por contaminação durante o processo de envase e que dois lotes da vacina da gripe comum foram inutilizados por não passarem no teste de pirogênio (teste do sistema de água WFI).

Fausto Figueira explicou que também estão sendo aguardadas informações sobre os problemas que ocasionaram o incêndio do último dia 15; números da produção de vacinas de dengue, hepatite B e leishmaniose.

O diretor do instituto, Otávio Mercadante, disse que discutirá o caso com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e prometeu dar uma resposta rápida do porquê a fábrica não está operando.


Outro lado:
extraído do Brasília Confidencial


Butantan nega que material para vacina foi para o lixo
27/05/2010
Instituto Butantan nega que não fabrique vacinas
Instituto Butantan nega que não fabrique vacinas
O Instituto Butantan enviou nesta quinta-feira, 27/05, nota para comentar a denúncia investigada pelos deputados do PT na Assembleia, de que a fábrica do lugar estaria sem produzir vacinas e que o material para sua fabricação teria sido descartado.
Em nota, o instituto afirma que produz vacinas e nega que haja desperdício de material. “O instituto é responsável pela produção de mais de 90% das vacinas e soros de todo país. Em 2009 a produção foi de 95 milhões de doses, número que deve saltar para 156 milhões até o final deste ano.” O texto acrescenta ainda que “a fábrica está em processo de validação e treinamento de pessoal, o que inclui testar todos os processos de fabricação, inclusive a qualidade dos ovos que serão utilizados para inocular o vírus influenza”.
Na quarta-feira, 26/05, os parlamentares Fausto Figueira, presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Casa, e Antonio Mentor, líder da bancada petista, questionaram o diretor-geral do instituto, Otávio Mercadante, sobre as denúncias. Segundo Mentor, há informação de que a fábrica teve sua inauguração anunciada em 2000, mas estaria ociosa desde então. Além disso, pelo menos 160 mil ovos enviados ao Butantan teriam ido parar no lixo.

Repórter de Santos denuncia grupo de extermínio, sofre ameaças dos bandidos e dos promotores

extraído do Blog do Imbroglione

O jornalista Renato Santana, do jornal Tribuna de Santos, está sofrendo ameaças de criminosos e enfrentando pressões do Ministério Público regional da Baixada Santista, em São Paulo, depois de publicar uma série de reportagens mostrando a operação de grupos de extermínio na região,

As matérias, veiculadas de 25 a 29 de abril, afirmam que policiais estão envolvidos em diversas chacinas, e acusam o Ministério Público de se omitir na apuração das denúncias. Numa audiência pública, um promotor chegou a dizer que, se o repórter realmente entrevistou policiais que atuaram no grupo, deveria levá-los para prestar depoimento, relata Santana.

O sindicato publicou uma nota repudiando a atuação do Ministério Público e exigindo que as autoridades protejam o jornalista.

Eis a nota do sindicato:

O jornalista Renato Santana, de A Tribuna de Santos, além de sofrer ameaças, também está enfrentando pressões do Ministério Público regional da Baixada Santista. O motivo é a série de reportagens escrita por ele que mostraram a existência de grupos de extermínio na Baixada Santista. Nas matérias, o jornalista comprovou que policiais, utilizando toucas “ninjas” fazem justiça com as próprias mãos e estão envolvidos em várias chacinas, além de relatar que o Ministério Público se omitiu na apuração das denúncias.

Abaixo, a íntegra do documento de solidariedade assinado pelas Mães de Maio da Baixada Santista sobre o assunto, com a qual o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo se une e se solidariza:

“Nós, Mães e Familiares das Vítimas do Estado Brasileiro, escrevemos aqui na sequência de uma grande jornada de Lutas para manifestar nosso total apoio e solidariedade ao sério e competente jornalista Renato Santana, do jornal A Tribuna de Santos-SP.

Renato foi responsável recentemente, junto aos editores e à redação d’A Tribuna, pela publicação de uma das mais importantes e consistentes séries jornalísticas dos últimos tempos no Brasil, abordando os “4 Anos dos Crimes de Maio” (série publicada entre 25 e 29 de Abril de 2010). Iniciada no dia 25, a sequência de 5 longas reportagens, somada a várias outras suítes e registros, marcou a história do jornalismo investigativo e relacionado à temática dos Direitos Humanos no Brasil.

Dentre algumas de suas conquistas, além da retomada de uma temática central para toda a sociedade brasileira (o maior massacre do período democrático brasileiro), as reportagens ainda conseguiram localizar e entrevistar alguns dos agentes de grupos paramilitares de extermínio (publicando-as sob a utilização de codinomes, conforme garante a legislação específica do jornalismo), revelando à sociedade todo o modus operandi pelo qual eles têm atuado, ao menos, desde 2006. Dessa maneira, além de avançar no esclarecimento deste tipo de prática, certamente contribuiu de forma direta para a interrupção das execuções sumárias em massa que voltaram a atingir toda a região da Baixada Santista em abril/maio de 2010.

A série de matérias, com farta apresentação de provas e documentos, veio a comprovar algo que as Mães de Maio e tantos outros movimentos sociais e militantes de DH denunciavam há anos: faltou seriedade e persistência nas investigações e punições dos responsáveis pelos Crimes de Maio de 2006, os grupos paramilitares de extermínio ligados à Polícia, que seguiram e seguem agindo da mesma maneira há anos. Conforme pode-se conferir abaixo o teor de algumas das matérias, somadas ao desenrolar das pressões políticas e o aprofundamento de investigações, temos certeza de que tal trabalho jornalístico crítico e sério, juntamente com a Luta das Mães e demais militantes dos Direitos Humanos, realmente poupou inúmeras vidas na Baixada Santista e em todo o estado de São Paulo. Ainda há muito o quê avançar, é certo: sobretudo no que tange o Desarquivamento e a Federalização das investigações dos Crimes. As matérias, por outro lado, também reforçam com clareza os indícios de que o recurso “Resistência Seguida de Morte” (assim como o “Auto de Resistência”), assinalado nos laudos de jovens assassinados pela polícia, tem servido para legitimar um tipo de prática de extermínio, uma artimanha jurídica para facilitar a continuidade de um verdadeiro estado de sítio contra jovens pobres e negros nas periferias das grandes cidades do país.

No entanto, para a nossa revolta – mas não para a nossa surpresa -, o jornalista Renato Santana e o próprio jornal A Tribuna vêm recebendo uma série de críticas e ameaças por parte do mesmo Ministério Público regional da Baixada Santista que se omitiu nas investigações, bem como de alguns setores reacionários ligados à polícia do estado de São Paulo. Com o objetivo de intimidá-los (o jornalista e o jornal), ambos têm sofrido represálias e ameaças de que estariam fazendo “apologia ao crime” e/ou coisas afins – conforme está inclusive documentado no vídeo da Audiência Pública realizada no dia 14/05/2010 em Santos-SP.

Nós, Mães de Maio, nos perguntamos: quem é que está fazendo apologia a práticas criminosas e assassinas, e a desvios de condutas que se tornaram regras entre os agentes do estado e os grupos paramilitares de extermínio associados a eles? Por que tentar intimidar e interromper um trabalho jornalístico tão sério e corajoso, cujos frutos estão aí para quem quiser ver?

Desde já anunciamos enfaticamente que tanto o jornalista Renato Santana, quanto o jornal A Tribuna, têm e terão todo nosso apoio e solidariedade no que tange a este sério e importantíssimo trabalho jornalístico que já marcou a história da imprensa brasileira contemporânea – aliás, uma imprensa que raramente ousa fazer este tipo de trabalho com qualidade. Deveremos apoiá-los, inclusive, para que ganhem todos os prêmios possíveis relacionados à prática do jornalismo sério e ligado à temática dos Direitos Humanos, como o Prêmio Vladimir Herzog.

Pautamos e convocamos a todos os jornalistas e orgãos de imprensa que façam jus a este nome, que também se solidarizem e denunciem estas tentativas de cerceamento de um trabalho legítimo e extremamente qualificado, que tem contribuído para fortalecer os Direitos Humanos no estado de São Paulo e no Brasil. Não é possível ficarmos calados diante deste tipo de cerceamento que, na verdade, configura tentativa de censura da pior maneira possível.

Seguiremos atentas a qualquer tipo de intimidação e pressão no sentido contrário à Memória, à Verdade e à Justiça: prontas a manifestar toda nossa solidariedade, apoio, e agir de maneira prática, por meio da luta política, com o objetivo de defender todos e todas aquelas que lutam por estes ideais de Liberdade!”

O Sindicato dos Jornalistas não poderia deixar de prestar solidariedade ao companheiro Renato Santana e exigir das autoridades que preservem a integridade do jornalista, além de repudiar a atuação do Ministério Público da Baixada Santista que no desvio de suas funções institucionais, pressiona e intimida o profissional e a empresa na qual ele exerce suas atividades profissionais.

Colunista da Folha diz que Serra jogou dinheiro fora nas obras da Marginal



Dinheiro na Marginal é vendaval













Sugestão do navegante Pedro:
GENTE
ESSE COLUNISTA NAO FICA NEM MAIS UM DIA NA FOLHA KKKKK
ARRASOU
Serra jogou dinheiro fora
por Gilberto Dimenstein
Quando começaram as obras de ampliação da marginal, ao custo de R$ 1,3 bilhão, eu apenas escrevi aqui o óbvio –é dinheiro jogado fora. Mais cedo ou mais tarde, como ocorre em vários países, os carros iriam ocupar o espaço e o congestionamento voltaria. Fui acusado até de fazer campanha contra a candidatura Serra. Pelo jeito, foi mais cedo que se imaginava.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” informa que, depois do alívio, os congestionamentos voltaram neste mês a níveis indecentes –uma piora em relação a abril.
Isso só mostra que a única saída para a cidade é investir em transporte público (metrô e corredores de ônibus) e ter coragem de brigar com a classe média.
Daí que sempre defendi e continuo defendendo que aplicar o pedágio urbano e drenar 100% dos recursos para melhorar os transportes públicos é uma medida que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser aplicada. A prefeitura promete proibir o estacionamento nas ruas (o que é certo). Mas implica pagar mais por estacionamentos privados –o que é, de certa forma, um pedágio escamoteado.
O resto é dinheiro jogado fora.
Clique aqui para ler a matéria na Folha.




extraído do Conversa Afiada

Delegados paulistas no fim da fila; São Paulo ainda mantém o título de "PSDB": Pior Salário Do Brasil


extraido do Flit Paralisante

27 de maio de 2010 | 0h 00
ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR – O Estado de S.Paulo
Qualquer pessoa que vá a uma delegacia de polícia no Estado de São Paulo não deverá ter pressa, porque nelas o ambiente se mostra contaminado por situação preocupante: os delegados paulistas recebem o pior salário do Brasil, relativamente aos colegas dos demais Estados.
A expressão “o pior salário do Brasil” pode parecer exagerada, porém reflete a verdade real e angustiante vivida por esses delegados, os únicos profissionais que exercem carreira jurídica acompanhada de permanente risco de vida, representado pelo necessário enfrentamento com os criminosos.
Em vista de vencimentos que são de fato os mais baixos do Brasil, quase todas as delegacias de polícia estão numa espécie de greve branca, chamada de “operação-padrão”, com a realização apenas dos serviços essenciais. Fácil imaginar como isso afeta a vida de cada um de nós, nestes dias angustiantes de insegurança cada vez maior.
Para que se tenha uma ideia do ambiente vivido nas delegacias basta registrar que desde a última posse de novos delegados, por concurso público, seis meses atrás, 10% deles já pediram exoneração, seja porque optaram por outra carreira jurídica, seja porque migraram para trabalhar no mesmo cargo em outros Estados.
Em Brasília, por exemplo, um delegado recebe no início da carreira R$ 13.368,68, o mesmo que os delegados federais, enquanto os colegas de São Paulo, em último lugar na escala de vencimentos, chegam a apenas R$ 5.203.
Acima de São Paulo, nessa relação de vencimentos, estão todos os outros Estados, mesmo os mais carentes, como Piauí (R$ 7.141), Maranhão (R$ 6.653) e Ceará (R$ 7.210). Os delegados paulistas evitam divulgar essa lista por entenderem que serve para diminuí-los e humilhá-los perante os colegas dos outros Estados.
Desde 2008, quando fizeram uma greve de 59 dias (a maior da história da Polícia Civil), houve promessas do governo estadual de melhorias para a classe, não só no que se refere a vencimentos, como também, e principalmente, quanto à estrutura administrativa. Nenhuma delas foi cumprida e o clima interno nas delegacias acabou carregado pelo desânimo.
Em verdade, esse clima se reflete na segurança pública, tendo em vista, sobretudo, a circunstância de que 31% das cidades paulistas não têm sequer um delegado. Realmente, cidades-sede de comarca, com mais de 20 mil habitantes, continuam à espera de um delegado que não chega nunca. Enfim, são apenas 3.200 delegados para cobrir uma área com 42 milhões de habitantes.
Sem a presença do delegado, os inquéritos e processos criminais em curso ficam travados, circunstância que leva muitos deles a se tornarem inúteis pela ocorrência da prescrição, favorecendo os criminosos. Ainda que esteja provada a conduta criminosa, o Estado, pela figura do juiz, fica impedido de aplicar a penalidade cabível por estar prescrita a punibilidade.
Recentemente, notícias publicadas pelo Estado e pelo Jornal da Tarde apontaram a falta de acesso à internet por parte de unidades estratégicas da Polícia Civil, como o Deic e a maioria das unidades do interior. Muitos policiais envolvidos na luta para identificar a autoria dos delitos estão chegando ao ponto de ter de pagar o acesso do próprio bolso para fazer as investigações necessárias. Pode parecer paradoxal, mas, concomitantemente ao marasmo noticiado, fruto do desânimo, também se verifica o empenho motivado pelo orgulho profissional.
Em algumas delegacias, por força da “operação-padrão”, formam-se filas gigantescas e esse é um problema que se agrava, sem ter pela frente a menor esperança de melhora. Se os delegados recebem esses vencimentos inferiores aos dos colegas dos demais Estado, o mesmo ocorre com os escrivães e investigadores, criando condições para que segurança no Estado mais rico do País esteja cada vez mais debilitada.
O Supremo Tribunal Federal já chegou a reconhecer que o trabalho dos delegados de polícia guarda isonomia em relação às outras carreiras jurídicas. Não se tratou de reconhecer a equiparação de vencimentos com as outras carreiras, mas de dispor que a atividade é mesmo jurídica.
Pois bem, se em relação aos delegados dos demais Estados os paulistas se encontram em incômoda situação de inferioridade, quando comparamos os vencimentos com os das demais carreiras jurídicas – juízes, promotores, procuradores, defensores públicos -, vê-se que a disparidade é ainda maior. Até mesmo os cargos administrativos da Justiça Federal e do Trabalho – escreventes, técnicos, secretárias – são remunerados acima do que recebem os delegados paulistas.
Esse é um problema grave, que precisa ser enfrentado e resolvido, porque influi no dia a dia de cada um de nós. A tarefa de conferir segurança aos cidadãos exige técnicas e equipamentos que se aprimoram com o avanço da tecnologia, porém concomitantemente é necessário o trabalho de inteligência, sem o que o combate aos criminosos se torna pouco eficaz.
Nestes dias em que o mundo das drogas está na raiz de praticamente 80% dos crimes praticados, o trabalho de inteligência ganha importância. De nada tem adiantado combater os efeitos danosos das drogas na sociedade se as causas continuam intocadas, tanto pela ausência de política de governo como de exercício de inteligência nas delegacias.
Verificou-se no País expressiva melhora da Polícia Federal no combate à criminalidade a partir do momento em que os vencimentos dos delegados federais foram equiparados aos dos juízes. Ainda que essa polícia se venha convertendo, muitas vezes, numa espécie de polícia do espetáculo, pela busca incessante de notoriedade e dos holofotes, é forçoso reconhecer que cresceu em competência. Um crescimento claramente vinculado aos melhores vencimentos.
ADVOGADO, É DESEMBARGADOR
APOSENTADO DO TJ-SP. E-MAIL: ALOISIO.PARANA@GMAIL.COM

Trabalhadores da Sabesp permanecem em greve



Conciliação no TRT entre grevistas e estatal não avançou
Publicado em 27/05/2010, 17:29
Última atualização às 17:29
São Paulo - Os trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram em assembleia permanecer em greve. Na sexta-feira (28) haverá nova assembleia ás 14 horas na sede do indicato dos trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema).
Nesta quinta-feira (27), uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) não conduziu a avanços nas negociações. Segundo o sindicato, a Sabesp não apresentou propostas na audiência.
Os servidores estão em greve desde a meia-noite de terça-feira (25) e reinvidicam 25,34% de reajuste salarial para repor a inflação acumulada nos anos anteriores, ICV-Dieese de 5,7%, aumento real de 20,1%, PLR com todos os adicionais, distribuição igualitária da PLR e 100% de garantia no emprego.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da Sabesp de 5,05% de reajuste sob os salários e benefícios, manutenção das cláusulas sociais, pagamento de até uma folha para a PLR 2010 nos mesmos moldes atuais e 95% de garantia no emprego.
A última greve da categoria aconteceu no final de abril desde ano e durou 5 dias. O trabalhadores reivindicavam o pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) na integralidade e aceitaram a proposta da empresa, que também se comprometeu a não descontar os dias parados.

Serra acusa governo boliviano de ser “cúmplice” do narcotráfico; Dilma dá de “talho” na ofensa de Serra à Bolívia


No livro Um Certo Capitão Rodrigo, do Érico Veríssimo, o protagonista, Capitão Rodrigo Cambará, chega ao bolicho (venda) de Juvenal Terra (outro personagem da trilogia O tempo e o vento) e pronuncia a frase que virou símbolo de uma “gauchada” típica: “Buenas, e me espalho. Nos pequenos, dou de prancha, mas nos grande dou de talho”. Prancha, pra quem não sabe,  é o lado do facão, com que os gaúchos andavam naqueles tempos, quase dois séculos atrás.
A cena me veio à cabeça, agora há pouco, lendo a resposta que Dilma Roussef deu para a idiotice grosseira que Serra cometeu ontem ao acusar o governo boliviano de ser “cúmplice” do narcotráfico.
“Não é possível, de forma atabalhoada, a gente sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais. Este não é o papel de um estadista ou de quem quer ser estadista”, disse a pré-candidata ao ser questionada sobre a declaração de Serra., disse ela
“Não acho que este tipo de padrão, em que você sai acusando outro governo, seja uma coisa construtiva. Temos que ter cautela, prudência e saber que são relações delicadas, que envolvem soberanias. Mesmo sendo [a Bolívia] um país pequeno, e por ser um país pequeno, a delicadeza tem que ser maior”,
Mas bá, guri, estes anos em que Dilma se tornou gaúcha adotiva lhe entranharam a alma. Deu de talho no Serra, ao ensinar diplomacia e bons modos ao tucano.
E deu de prancha, também, ao dizer uma frase que a elite paulista poderia bem entender como descrição do que acontece em nosso próprio território:
“Não podemos ser um país desenvolvido cercado de miseráveis. Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para países diferentes de nós. Esta é a política imperialista que leva à guerra, ao conflito e ao desprezo.”




extraído do Blog Tijolaço.com

Oposição na ALESP pede apuração sobre enriquecimento de ex-secretário e propinas pagas por suiço

O líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Antonio Mentor, enviou representação aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, solicitando apuração sobre os indícios de enriquecimento ilícito de Jorge Fagali Neto, que foi secretário de Transportes do Governo de Luiz Antonio Fleury Filho.

A representação, encaminhada ao promotor de Justiça, Silvio Marques, e ao procurador da República, Rodrigo de Grandis, aponta os indícios de crimes de lavagem de dinheiro e contra a ordem tributária envolvendo contratos firmados por empresas estatais paulistas com a multinacional Alstom.

Reportagens publicadas no 07 de maio no Jornal O Estado de São Paulo, intitulada “Procurador suíço acusa banqueiro da Alstom”, e no dia 08 de maio no Jornal da Tarde, “Suiço usou caixa 2 para pagar propina a brasileiro”, dizem que o banqueiro Oskar Holenweger pode ter intermediado o pagamento de propina da multinacional Alstom a Fagali Neto.

Segundo o Jornal da Tarde, “o banqueiro suíço Oskar Holenweger teria se utilizado de notas falsas, contratos fictícios com supostos consultores e empresas de fachada em paraísos fiscais para desviar recursos da Alstom para o pagamento de propinas a ‘um agente público brasileiro’ “.

Anexa à representação, foi enviada aos Ministérios Públicos cópia do contrato social da empresa de Fagali, a B. J. G. Consultoria e Planejamento Ltda. e de certidões de propriedade, emitidas pelo Cartório de Registro de Imóveis da cidade de José Bonifácio, atestando que o ex-secretário e sua esposa, Sônia Maria Brandão Macedo Fagali, são proprietários de, pelo menos, sete propriedades rurais que, juntas, têm área equivalente a 22 Parques do Ibirapuera.

O deputado Antonio Mentor pede que os Ministérios Públicos investiguem se a empresa e as propriedades constam nas declarações de renda da família e se a B. J. G. teve movimentações financeiras adequadas com o seu porte de atuação no mercado e se seus sócios tiveram evoluções patrimoniais compatíveis com os seus rendimentos enquanto pessoas físicas.

Funcionários da Sabesp estão em greve e metroviários ameaçam parar


do Brasília Confidencial
27/05/2010
Funcionários da Sabesp protestam contra possibilidade de demissões
Funcionários da Sabesp protestam contra possibilidade de demissões
    São duas, e na área de serviços, a mais recente e a próxima greve de servidores públicos no governo do PSDB no estado de São Paulo: a de funcionários do Metrô, que mantiveram o estado de greve e  dos trabalhadores da Sabesp, que temem que a empresa demita até 750 pessoas.
    No caso dos funcionários da Sabesp, a paralisação começou na madrugada de terça-feira e segue por tempo indeterminado. O serviço de abastecimento de água não será afetado. Um dos entraves para o acordo é a intenção da empresa de reduzir, de 98% para 95% dos 15.000 trabalhadores, a garantia de estabilidade no emprego.
   “Eles não alegam nada para isso, só querem demitir”, afirma Renê Vicente dos Santos, presidente do  do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sintaema).   Segundo ele, desde 2008 a Sabesp tem usado o patamar de 98% para demitir.
   Ontem, um grupo de 500 funcionários foi à Assembleia Legislativa pedir ajuda aos líderes partidários, numa tentativa de estabelecer diálogo com a empresa e o Conselho de Defesa dos Capitais do Estado.
PRÓXIMA PARADA
    Já o Sindicato dos Metroviários manteve o estado de greve após assembleia, e pretende parar o Metrô na terça-feira, 1º de junho. Os trabalhadores cruzarão os braços por 24 horas, caso o governo tucano e o Metrô não apresentem hoje uma proposta à categoria.
    Os metroviários acusam a empresa de desrespeitar a legislação e o acordo coletivo da categoria, que prevê a implantação da jornada de trabalho e cria a figura do ‘tapa-buraco’ que, muitas vezes, entra em horários quebrados (8h15, 8h30, 8h45) para cobrir a ausência de funcionários. Além disso, denunciam outras distorções, como a inexistência de um plano de carreira e o uso de empregados nas mesmas funções, mas com salários diferentes. 

Grevistas ocupam reitoria da Unicamp


do Brasília Confidencial
    Grevistas das universidades estaduais de São Paulo que mantêm bloqueado há dois dias o prédio da reitoria da USP, na capital, ocuparam ontem à tarde, durante duas horas, a reitoria da Unicamp. Estudantes também participaram da ocupação.
    “Foi algo espontâneo. Os funcionários queriam ser recebidos pelo presidente do Conselho de Reitores, mas, quando viram que não seriam, invadiram pra garantir a negociação”, disse Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
    Em nota, a Unicamp afirmou que a invasão ocorreu “de forma truculenta, ameaçando funcionários e causando depredação do patrimônio público”. A instituição lamentou o que chamou de “atos de força que afrontam o estado de direito”.

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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