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terça-feira, 25 de maio de 2010

Metroviários de São Paulo decretam estado de greve


São Paulo – Sem avanços na negociação salarial com a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), os metroviários decidiram entrar em estado de greve e intensificar a campanha salarial, que começou no início de maio.
A decisão foi tomada pelos trabalhadores em assembleia no dia 20, depois de rejeitarem proposta de reajuste de 5,05% apresentada pela empresa.
A categoria reivindica reajuste salarial de 5,81%, aumento real de 4,25%, e reajuste de 6,18% para o vale-alimentação e vale-refeição. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo reclama que a empresa também não apresentou um plano de carreira, "que é uma das mais importantes e antigas reivindicações da categoria, nem soluções para acabar com as diferenças entre os salários dos funcionários que exercem as mesmas funções".
Outro problema, segundo o sindicato, é o excesso de horas extras. A jornada máxima da categoria deveria ser de 8 horas diárias, mas o limite é ultrapassado constantemente, indica o sindicato. "Se a categoria se recusar a fazer hora extra, certamente não haveria empregados para prestar serviços à população durante todo o funcionamento do Metrô", afirma a entidade, em nota.
"É importante ressaltar que o número de usuários quase triplicou nos últimos anos e a quantidade de metroviários permanece praticamente a mesma", critica o sindicato.



Publicado em 25/05/2010, 18:45
Última atualização às 19:12

USP suspende negociações salariais e funcionários bloqueiam entrada da reitoria

do Brasília Confidencial

25/05/2010
Funcionários manifestam-se à frente da reitoria
Funcionários manifestam-se à frente da reitoria
Funcionários da Universidade de São Paulo bloquearam nesta terça-feira, 25/05, o acesso ao prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). Eles acusam a instituição de romper acordos e suspender as negociações salariais da categoria. “Tomamos essa medida de força porque a Universidade suspendeu as negociações conosco. Enquanto não reabrirem as conversas, o prédio fica fechado”, afirmou Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Segundo ele, os 900 funcionários do prédio da reitoria aderiram ao ato: “Nem o reitor, nem ninguém entra.”
O sindicato cobra 16% de reajuste mais R$ 200,00 referentes a reposição de salários, além da volta da isonomia salarial entre funcionários e docentes, prevista em acordo e desrespeitada por João Grandino Rodas, o reitor. Ele foi o segundo mais votado na eleição para o cargo em 2009, mas foi indicado para ocupar o lugar pelo então governador José Serra (PSDB).
“Vamos brigar pelos 6% que faltam para a isonomia, que existem desde 1991 e cujo reajuste foi quebrado neste ano”, diz Magno. Segundo ele, há boatos de que o reitor chame a polícia, assim como aconteceu em 2009, quando a PM invadiu a universidade para impedir um protesto de grevistas.

“Alckmin sai muito bem nas pesquisas. Mas na eleição municipal, ele saiu com 45%, chegou com 22% e nem foi para o segundo turno”: comenta Mercadante


Pré-candidato do PT ao governo paulista, o senador Aloizio Mercadante quer rachar o PMDB e o PTB no maior colégio eleitoral do país para minar a base de seu adversário tucano, Geraldo Alckmin, favorito para vencer no primeiro turno, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Como atrair apoio em partidos aliados do ex-governador pode não bastar, ele quer debater com o rival o quanto antes.
Em entrevista ao UOL Notícias, Mercadante, derrotado na disputa estadual em 2006 já no primeiro turno, diz ter mais chances de vencer porque Alckmin não foi o preferido sequer de membros importantes do partido, como o governador em exercício, Alberto Goldman, e o ex-secretário da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira – este o candidato da preferência do presidenciável e ex-governador José Serra (PSDB).
O mesmo valeria para dois aliados importantes de Serra: o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que superou Alckmin na disputa pelo cargo em 2008, e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), provável candidato ao Senado. “Não há uma coesão, uma adesão militante. Há em relação à campanha nacional, mas não em relação à estadual. Isso favorece a nossa campanha”, afirmou Mercadante.
Apesar de Quércia, presidente do PMDB paulista, dar apoio oficial a Alckmin, o petista vê chances de dividir o partido no Estado com a ajuda do deputado federal Michel Temer (SP), candidato a vice da presidenciável Dilma Rousseff (PT). O PTB, presidido pelo deputado cassado Roberto Jefferson, denunciante do esquema do mensalão em 2005, também é um dos alvos de Mercadante.
“Nós teremos uma parte muito importante do PMDB na minha campanha. Não tenho como dizer quanto. Mas Michel Temer, Wagner Rossi, que é ministro da Agricultura, e muitos prefeitos do interior estão mobilizados no apoio a Dilma e Mercadante”, disse ele, que anunciou um ato de peemedebistas em defesa de sua candidatura para meados de junho.
“O PMDB também quer mudança em São Paulo. Há uma insatisfação em setores importantes com a estratégia que foi definida em São Paulo.”
Além desse apoio extraoficial, o petista tem 12 siglas aliadas – em 2006, ao ser derrotado por Serra, tinha três. A negociação atual deve render a ele um tempo de TV e rádio duas vezes maior do que os parcos minutos ocupados há quatro anos. É com essa base que espera reverter a tendência atual de nova vitória tucana em São Paulo.
“Alckmin sai muito bem nas pesquisas. Mas na eleição municipal, ele saiu com 45%, chegou com 22% e nem foi para o segundo turno”, alfinetou, referindo-se à derrota do ex-governador na capital paulista em 2008. Na ocasião, Serra foi acusado de privilegiar Kassab, seu vice na Prefeitura de São Paulo, em detrimento do colega de partido que tomou dele a vaga tucana para disputar a Presidência em 2006.
Vereadores oposicionistas em São Paulo dizem que colegas ligados a Kassab já sinalizaram apoio a Mercadante em São Paulo, com o objetivo de minar os esforços de Alckmin de retornar ao Palácio dos Bandeirantes.
Debate e vice
Em maio de 2006, Mercadante somava cerca de 8% nas pesquisas de intenção de voto. Apesar de ter terminado com 32% do eleitorado – o maior índice obtido pelo PT no primeiro turno de uma eleição em São Paulo -, perdeu. A possibilidade de vitória de Alckmin sem necessidade de segunda votação fez o petista já cobrar debates.

“Pode marcar debate. Se quiser amanhã, eu estou aí. Depois de amanhã. Fala o dia em que o Alckmin vier, que já estou aqui. Se ele não vier também, eu venho. Eu só quero debate. Eu peço a São Paulo o seguinte: me ponham no segundo turno para ver esse debate de modelo, de política, de proposta”, clamou. O ex-governador não tem dado entrevistas e apareceu em raros eventos públicos nas últimas semanas. O UOL Eleições já convidou o ex-governador Alckmin para uma entrevista. Segundo a sua assessoria, ele está em um período de montagem de propostas, preferindo não conversar com a mídia no momento.
Para tentar dar fim à série de vitórias tucanas nas disputas pelo Palácio dos Bandeirantes, o PT pode alçar outro senador à chapa: a vice pode ficar com Eduardo Suplicy. O PDT, no entanto, tem a primazia de indicar o companheiro de chapa de Mercadante. Mas a preferência pessoal do líder petista no Senado é clara.
“O PR e o PDT reivindicavam a vice e ficou pré-acordado que o PDT indicaria. Eles têm bons nomes. De outro lado, o Suplicy é uma liderança política que São Paulo conhece, respeita e gosta. Ele venceu todas as eleições parlamentares que disputou. Na última derrotou o vice da outra chapa. Eu me sentiria muito bem com ele na vice. Mas isso tem que ser construído na aliança”, afirmou.
Questionado sobre sua potencial substituta no Senado, a ex-prefeita Marta Suplicy, e a possibilidade de disputar com ela a vaga de candidato a prefeito de São Paulo em 2012, Mercadante indicou que, se derrotado nas eleições deste ano, quer a primazia para concorrer ao cargo ocupado por Kassab, desgastado diante da opinião pública.
“Ela como senadora vai para o lugar que eu estava. Vai ser imprescindível o papel dela na defesa do governo Dilma, como foi o meu”, disse. “Fui convidado pelo presidente para ser ministro em duas situações. Conversando, chegamos à conclusão de que não tinha como eu sair do Senado. Acho que a Marta vai ter um papel muito importante ao dar sustentação à primeira presidenta do Brasil”, declarou.
Críticas
O pré-candidato disse ainda que terá educação e segurança pública como prioridades na campanha. “Faltam 11 mil agentes no sistema prisional de São Paulo. E há 59 mil presos além da capacidade que deveríamos ter. E eles não foram capazes de responder a crise do sistema. Eles não separam os presos por grau de periculosidade, não introduziram trabalho e educação no presídio. Não usaram monitoramento eletrônico”, criticou.

Sergipe e Piauí pagam em torno de R$ 8 mil por delegado. Aqui é em torno de R$ 5,5 mil. Como é que o Estado de São Paulo paga para um delegado menos do que o Piauí? Menos que Sergipe? E a polícia está do jeito que está: desmotivada, falta policiamento ostensivo. Aí na hora que os indicadores todos crescem, falam para a polícia partir para cima. (Quando) aumentaram 40% os homicídios pela própria Polícia Militar neste início de ano, mudaram o comando”, declarou.
Crítico à política educacional implementada pelo PSDB, Mercadante evitou um confronto direto com seu neoaliado, o ex-secretário da Educação Gabriel Chalita, ex-tucano e aliado de Alckmin que se filiou ao PSB por discordâncias com Serra. Afirmou que os governos tucanos cometeram “um erro estrutural” ao contratarem mais de 100 mil professores sem concurso.
Mercadante disse ainda que os 16 anos de gestão tucana em São Paulo transformaram as rodovias paulistas nas mais caras do mundo. “Que tem que ter pedágio para investimento e manutenção, eu concordo. Mas que tem um abuso de pedágio que está prejudicando a competitividade em algumas regiões e dificultando investimento, é inegável”, disse ele, que prometeu revisar contratos se eleito.
Outra campanha que ele prometeu fazer é a de indicar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao premio Nobel da Paz, por conta do acordo fechado com o Irã na semana passada. O presidente Lula merece muito mais do que alguns que receberam. E eu vou começar essa campanha de colher assinatura, vou colher internacionalmente. Vai sair desse governo como a liderança política mais importante da história do Brasil”, disse.

Entrevista na íntegra


Maurício Savarese e Diogo Pinheiro
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Sequestro do irmão de um PM pode ter desencadeado homicídios na região, afirma delegado


TV Tribuna
O sequestro do irmão de um policial militar pode ter sido o estopim para os mais de vinte homicídios que aconteceram em abril deste ano na Baixada Santista. A informação foi passada pelo delegado Josias Teixeira de Souza, responsável pela investigação de seis destes homicídios e outras duas tentativas de assassinato em Vicente de Carvalho.
“Com o desaparecimento desta pessoa aconteceram alguns atos de violência no interior da favela, praticados por este policial e pelo policial Paulo Rafael também e que a gente acredita que tenha desencadeado estes acontecimentos todos”.
A onda de crimes começou com a morte do soldado Paulo Rafael Ferreira Pires, no dia 18 abril, no Distrito de Vicente de Carvalho. A polícia está apurando se houve ação de grupos de extermínio nos crimes que sucederam a morte de Rafael.
“Estão surgindo indícios de que possa ter ocorrido envolvimento de policiais militares nas mortes subsequentes. Isso vai ser comprovado com essas mortes técnicas que nós estamos solicitando ao poder Judiciário, para comprovar então a autoria destes delitos”.
De acordo com a polícia, o irmão do PM continua desaparecido. A Polícia Militar diz que tudo está sendo investigado.
“A Polícia Civil e a Polícia Militar ainda estão atrás de indícios de material de autoria e assim que alguma coisa de concreta for levantada os primeiros a serem informados serão vocês [imprensa] “. 

Comentário do Transparência São Paulo: Polícia Militar "INVESTIGANDO"???? Agora é oficial?! A PM tem função de investigar???? Policiais Civis: comentem.

Número de PMs em tratamento psicológico sobe 46% em São Paulo


NÚMERO DE PM’s EM TRATAMENTO PSICOLÓGICO SOBE 46% EM SÃO PAULO
O número de policiais militares afastados do serviço para a realização de tratamento psicológico subiu 46% no estado de São Paulo em 2010. De acordo com dados da Corregedoria da Polícia Militar, 907 policiais foram encaminhados para o Programa de Acompanhamento e Apoio ao PM – aproximadamente 10 baixas por dia. No mesmo período de 2009, foram 622 – sete a cada dia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O programa psicológico da PM é destinado principalmente para policiais envolvidos em “ocorrências de alto risco”, quando ocorrem trocas de tiros
O crescimento da entrada dos policiais no programa psicológico coincide com o aumento do número de mortes provocadas por ações da PM. No primeiro trimestre de 2010, foram 146 mortes, contra 104 no mesmo período do ano passado – alta de 40%.

Quase um quarto dos eleitores de José Serra afirmaram que votarão “com certeza” no candidato apoiado pelo presidente Lula


O marketing de Serra é a desinformação

A gente nem sempre consegue analisar tudo e, quando os editores deixam, há muita vida inteligente na imprensa brasileira.

Vejam que interessante essa matéria publicada à noite noEstadão:
Quase um quarto dos eleitores de José Serra (PSDB) manifestou um comportamento dúbio e paradoxal na última pesquisa Datafolha: eles também afirmaram que votarão “com certeza” no candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesse contingente há brasileiros que dizem ignorar a opção eleitoral de Lula, mas também os que estão convictos de que o presidente apoia Serra. Quase um décimo dos eleitores do tucano pensa assim.
Menos da metade dos serristas afirma que não votaria em um candidato apoiado por Lula. Outros 26% dizem que talvez o façam, e 23% anunciam que seguirão “com certeza” a opção de voto do presidente.
Os eleitores com “duas caras” são cerca de 11,5 milhões. Até a eleição, eles terão de se posicionar de maneira coerente: ou abandonarão o barco lulista ou votarão na pessoa efetivamente apoiada pelo presidente, conforme sua intenção declarada.
Portanto, fica claro que a estratégia do serrismo, além de se fingir “lulista” é a de não deixar que a população saiba que Dilma é a candidata de Lula. Por isso a ofensiva judicial contra o presidente. Não é preocupação legalista, é o marketing da desinformação.
Não preciso dizer aqui o que é tentar usar a falta de informação e esclarecimento do povo mais humilde para tentar tirar proveito eleitoral.
Nem preciso dizer que nenhum tucano é burro o suficiente para, com a campanha eleitoral pra valer, achar que a imagem de Lula, com a mão no ombro de Dilma, dizendo: “é ela, não é ele” vá manter este eleitorado com Serra.
A aposta é a confusão, as sanções judiciais, a provocação.
É por isso que alguns acham que a gente deve, pacientemente, seguir apanhando quieto. Outros, como eu, acham que isso é nos deixar expostos ao impensável.
Existe algo muito interessante no Direito. Chama-se “pré-questionamento”. Para você contestar uma decisão sobre lei federal ou princípio constitucional nas instâncias supremas, é preciso ter dito isso antes.
Se não fizer antes, não poderá fazê-lo depois.
Na política, quando você aceita passivamente algo e, depois, quer contestá-lo, acontece algo semelhante.
A população, tal como o juízes, dirá: agora? Mas como, se antes você não tinha nem sequer falado nisso?

do blog Tijolaço.com

Ecos do buraco tucano: PF diz ter encontrado indícios de propinas a funcionários dos governos do PSDB em São Paulo nas gestões Covas, Alckmin e Serra




No material apreendido na Operação Castelo de Areia, a PF diz ter encontrado indícios de propinas a funcionários dos governos do PSDB em São Paulo
WÁLTER NUNES
Mastrangelo Reino
SUSPEITA
A obra de extensão do Metrô, em São Paulo. Para a PF, os manuscritos mostram que teria havido corrupção na construção
  ReproduçãoPara fazer frente à propaganda do PT, que apresenta a candidata Dilma Rousseff como a “mãe” do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, a principal arma do PSDB e seu candidato, José Serra, são as grandes obras feitas pelo seu governo em São Paulo. Entre elas estão a Linha 4 do Metrô e o trecho sul do Rodoanel, o anel viário no entorno da capital paulista que liga as principais rodovias do Estado. A estratégia de Serra sofrerá o impacto de novas suspeitas de corrupção lançadas pela Polícia Federal no inquérito da Operação Castelo de Areia, que investigou a Construtora Camargo Corrêa.
As suspeitas da PF se baseiam em material apreendido na casa do diretor financeiro da empreiteira, Pietro Giavina Bianchi: um pen drive e uma pasta com documentos. Para a PF, as anotações encontradas lá reúnem indícios de pagamento de propina pela empreiteira em grandes obras públicas. A contabilidade se refere aos anos entre 2006 e 2008. ÉPOCA teve acesso ao relatório da inteligência da PF com a análise das anotações feitas por Pietro. Algumas delas sugerem ligações do diretor financeiro da Camargo Corrêa com altas autoridades de governos tucanos em São Paulo.
Um dos manuscritos, datado de 2006, com anotações referentes às obras do Metrô e do “anel viário”, relaciona valores ao lado das iniciais “AM” e Arnaldo Madeira. Seria uma alusão, segundo a interpretação da polícia, ao deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que foi chefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin. Os valores, segundo a conclusão da PF, foram contabilizados como “custos diversos” por Bianchi e representaria 5% da receita líquida da empresa no dia 21 de março. No total, esses “custos diversos” representariam R$ 326.500 e foram divididos em três partes: R$ 32.650 (0,5%) para “AM”; R$ 130.600 (2%) para “CAMP”, ao lado das anotações “Rosa + Arnaldo Madeira”; e R$ 163.250 para “Metrô (+ Ass)”, seguida do manuscrito “David”. Essa parte, segundo a PF, supostamente teria sido destinada a Luiz Carlos Frayze David, que foi presidente da Companhia do Metropolitano entre 2003 e 2007.
Em 2006, Arnaldo Madeira elegeu-se deputado federal e não registrou oficialmente nenhuma doação vinda da Camargo Corrêa ou de suas empresas para sua campanha eleitoral. Madeira negou ter recebido dinheiro ou doações de campanha da empreiteira. “Eu nem conheço o diretor financeiro da Camargo Corrêa, nem sei quem é. Não tenho nenhuma relação com os sócios da empreiteira, o que pode ser até falha minha. Pode ser até que eu conheça de algum evento social, mas não sou capaz de identificar um diretor da empreiteira.” Como chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Madeira era o responsável por checar se as obras do Metrô e do Rodoanel estavam no prazo previsto. Madeira diz não ter ideia de como seu nome foi parar nas anotações do diretor da Camargo Corrêa e disse que não foi comunicado oficialmente sobre nenhuma investigação a esse respeito.
As obras do Metrô e do Rodoanel são a vacina 
de Serra contra o PAC de Dilma 
No relatório da inteligência da PF sobre o material apreendido na casa de Bianchi, o maior número de menções se refere supostamente ao ex-presidente do Metrô Luiz Carlos Frayze David. São quatro referências, que totalizariam R$ 778.220. Numa anotação datada de 31 de janeiro de 2006, ele foi identificado pelos policiais federais como o “DV+DIR+ASS” que teria recebido R$ 160 mil da Camargo Corrêa. Ele também estaria representado pelas siglas “DV” e “Diret”.
David saiu da presidência do Metrô em fevereiro de 2007, logo no começo do governo Serra, 40 dias após o acidente nas obras da Estação Pinheiros, que soterrou sete pessoas. O Ministério Público Estadual o corresponsabilizou pelo acidente. Ele é réu no processo que pede o ressarcimento de R$ 240 milhões aos cofres públicos como indenização pela cratera aberta em 2007. Atualmente, é assessor técnico da Secretaria dos Transportes. ÉPOCA o procurou para entrevistá-lo na última sexta-feira, mas sua secretária informou que, nesses dias, ele não costuma aparecer na Secretaria dos Transportes.
No documento dos policiais federais também há várias referências às obras do trecho sul do Rodoanel. Nele, o principal personagem é Paulo Vieira de Souza, ou simplesmente “Paulo Preto”. Souza foi diretor do Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o órgão responsável pelo Rodoanel. Ele é amigo de Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil do governo Serra e candidato a senador pelo PSDB. Segundo os policiais, Souza teria recebido quatro pagamentos mensais de R$ 416.500, desde dezembro de 2007. Neste ano, apenas oito dias depois de ter participado da inauguração do Rodoanel, Souza foi exonerado do cargo sem explicações oficiais.
Souza estava na Dersa desde 2005. Mas era funcionário de carreira do governo paulista havia 20 anos e diz desconhecer os motivos de sua demissão. “O Rodoanel é a única obra do PAC que não teve superfaturamentos e foi entregue no prazo. Nem todo mundo deve ter gostado”, diz ele, sugerindo que sua atuação teria desagradado a partes envolvidas na construção do anel viário. O governo federal, por meio do PAC, investiu cerca de R$ 1,7 bilhão na obra. Segundo o próprio Souza, ele e Nunes Ferreira são amigos há decadas. “Nunca fui comunicado oficialmente. Também não conheço nenhum diretor da Camargo Corrêa citado no caso”, disse.
Nunes Ferreira também reconhece a amizade antiga, mas nega ter recebido doações ilegais da empreiteira. Segundo ele, o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos competentes de fiscalização e continuará como uma das vitrines de Serra na campanha. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, diz.
Em janeiro, o ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu paralisar por meio de uma liminar todos os processos da Castelo de Areia até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa que reclama de irregularidades na investigação. É importante lembrar que as acusações da PF são feitas com bases em indícios e precisam ser comprovadas. Também é relevante o fato de elas terem vindo à tona agora, em período eleitoral, e que se dirijam contra os principais projetos de um dos candidatos. O PT também já foi implicado na investigação. O nome do partido aparece ao lado de remessas de dinheiro para contas no exterior. Na certa, ainda haverá munição para os dois lados se atacarem nesta campanha presidencial.
Antonio Araújo
CITADO 
O nome do deputado Arnaldo Madeira (acima) aparece em papel apreendido na casa do ex-diretor da Camargo Corrêa

Por uma campanha eleitoral que se decida com o voto popular, não na mídia, nos escritórios de advocacia, nos gabinetes de marqueteiros, de políticos e, sobretudo, não no Judiciário.


Chegou a hora desta gente blogada mostrar seu valor

Eu não posso assumir a função de advogado, não posso assumir a função de dirigente da campanha da Dilma, não posso oferecer mais que minhas poucas horas de direito ao descanso e ao convívio com minha família, sustentando o combate aqui nesta fronteira cibernética. Mas onde houver chance de lutar, vou lutar, com as armas da democracia, do esclarecimento e da mobilização.

Aí do lado está o selo criado para marcar nossa adesão a uma campanha eleitoral que se decida com o voto popular, não na mídia, nos escritórios de advocacia, nos gabinetes de marqueteiros, de políticos e, sobretudo, não no Judiciário.
Já coloquei no cabeçallho do Tijolaco.com. Sugiro que todos os blogueiros comprometidos com a causa da democracia, independentemente de partidos, façam o mesmo. E que reproduzam, como puderem, no Orkut, no Facebook, no Twitter, nos “templates” de e-mail, avatares, enfim, onde der e puder.
É preciso que vejam que, por toda a parte, existem brasileiros que dizem: eleição se ganha é no voto!
extraído do blog Tijolaço

Para analistas, arrecadação e alianças explicam 'tensão' envolvendo pesquisas eleitorais


Cientistas políticos veem manutenção de tendência de crescimento de Dilma e explicam por que partidos se preocupam com levantamentos eleitorais na pré-campanha


Publicado em 25/05/2010, 07:10
Última atualização às 17:08

Para analistas, arrecadação e alianças explicam 'tensão' envolvendo pesquisas
Coordenação de campanhas de Serra e de Dilma de olho na pesquisa para definir estratégia eleitoral (Fotos: Janine Morais e Roberto Stuckert Filho)
São Paulo - O crescimento da pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), é uma tendência que deve se manter pelo menos até o início do período de campanha eleitoral, segundo cientistas políticos ouvidos pela Rede Brasil Atual.
O que pode explicar a apreensão na expectativa das pesquisas está relacionado a questões como arrecadação de doações e formação de alianças – o que proporciona mais tempo de horário eleitoral gratuito.
Segundo Leonardo Barreto, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), a tensão é tanta que, pela primeira vez na história brasileira, um partido político processou um instituto de pesquisa.
No primeiro aspecto, Dilma tem vantagem, já que a composição atual lhe daria mais de nove minutos contra cinco do pré-candidato José Serra (PSDB). Em termos de arrecadação, a inquietação diz respeito ao fato de o tucano não ganhar votos desde setembro de 2009, além de ter saído de um viés de estagnação para um de baixa.

Arrecadação


Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a arrecadação de doações de campanha só pode ser feita após o dia 6 de julho, data do início da campanha. A partir desta data – ou dez dias após a convenção partidária –, constituem-se os comitês financeiros e as pessoas jurídicas responsáveis pela contabilidade da campanha podem ser criadas, bem como as contas bancárias que operam receitas e despesas. A negociação de doações, porém, se arrasta desde antes do período.
"As pesquisas são tão importantes nessa situação e geram tanta tensão porque tanto partidos, quanto financiadores, usam os dados para fazer suas apostas", explica.
"Os últimos levantamentos têm desmotivado bastante o PSDB, o que pode atingir a política de captação de recursos do partido", pondera. Mais adiante, em uma eventual segunda colocação, o cenário ficaria difícil caso a legenda fique sem saúde financeira para 'correr atrás' no período propriamente da campanha.
Segundo Antônio Augusto Queiroz, assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), chegar na frente das pesquisas no dia 6 de julho, quando começa o calendário de campanha oficial, tem efeitos antes de tudo psicológicos.
"Em todas as eleições presidenciais (desde a redemocratização), quem estava na frente no momento em que começa o horário eleitoral ganhou", alerta. Há exceções nas disputas estaduais e municipais, mas tanto Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso – em 1994 e 1998 – quanto Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002 e 2006, tinham essa condição. Apesar de ser um bem precioso para a disputa, o pesquisador considera que, neste ano, o horário eleitoral "dificilmente altera a correlação de forças", porque ambos os pré-candidatos devem ter recursos, um currículo de serviços prestados para se apresentar bem e palanque nos estados.

Riscos do ataque

O conhecimento de que Dilma é a indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o que explica avanço da pré-candidata petista. Os dois analistas consultados corroboram a hipótese de uma disputa polarizada entre duas forças, por considerar que a senadora Marina Silva (PV) dificilmente conseguiria garantir recursos, palanques regionais e exposição suficiente.
Se permanecerem as tendências de crescimento da pré-candidata petista e a de queda do tucano, Serra seria obrigado a deixar a postura amistosa para buscar uma posição mais crítica. "Ambos vão começar a campanha fazendo pose de bonzinho: Serra e Dilma paz e amor", brinca Barreto. "Mas se os índices dela continuarem altos, ele vai precisar partir para uma estratégia mais agressiva", pondera.
A "campanha negativa", mais carregada nas críticas é complicada para reverter um cenário. Um único exemplo bem sucedido dessa estratégia, segundo Barreto, ocorreu em 2002, justamente de Serra contra Ciro Gomes (então no PPS, atualmente no PSB). "Uma campanha 'batendo' na ex-ministra seria complicado", avalia.
Queiroz, do Diap, vai além. Ele alerta para a semelhança entre as plataformas, o que reduz a margem da candidatura atrás nas pesquisas. "Em qualquer lugar do mundo, quando a oposição estabelece como principal arma de campanha a denúncia política é porque há muita coincidência de agenda", explica. "Como não pode 'bater programa' porque são muito parecidos, invocam a condição de honestos e de mais bem preparado para implantar aquele programa que não podem confrontar sem diferenças significativas", comenta.
O problema é que esse tipo de argumento pode ter baixa adesão junto ao eleitorado. "É muito difícil de convencer o eleitorado de que nas circunstâncias do governo Lula, o PSDB faria melhor", exemplifica.

Pesquisas

Nos últimos dez dias, três dos quatro principais institutos de pesquisa divulgaram levantamentos sobre a corrida presidencial. Pela primeira vez em quase dois meses, a tendência indicada foi coincidente, com a pré-candidata Dilma Rousseff apresentando crescimento ante retração das intenções de voto do pré-candidato José Serra.
Em todos a petista aparece na frente na espontânea, quando nenhum nome é apresentado ao entrevistado. Na estimulada, o Datafolha, divulgado no sábado (22), aponta empate com 37% dos entrevistados declarando apoio a cada um deles. Vox Populi e Sensus indicam vantagem, inferior à margem de erro, para Dilma.
O Ibope não registrou pesquisas eleitorais nacionais nas últimas semanas. Há apenas levantamentos regionais cadastrados no sistema de acompanhamento de pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Serra, a camisinha chinesa e o porquinho brasileiro


Recebi este vídeo de um trecho da palestra de Serra hoje na CNI, emendado com uma declaração sua sobre a gripe suína (dada em 27/04/2009, quando ele visitou a Agrishow 2009, em Ribeirão Preto), já conhecida por muitos. Não é preciso descrever. Basta ouvir. Este é o “preparado”?


com a ajuda do blog Tijolaço.com

Diante de industriais, Serra parte para o ataque e acusa governo Lula de gastar demais.


Com pesquisas eleitorais desfavoráveis, tucano acusa governo Lula de gastar demais. "Obesidade dá até gosto", criticou

Publicado em 25/05/2010, 17:30
Última atualização às 19:59
Diante de industriais, Serra parte para o ataque
"Na área federal, a obesidade dá até gosto", reclama Serra (Foto: José Paulo Lacerda/CNI Divulgação)
São Paulo – Para uma plateia de empresários da indústria, José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, partiu para o ataque contra o governo Lula. Mostrando-se muito à vontade com as perguntas favoráveis dos participantes da sabatina organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, o tucano classificou como "obesa" a máquina pública.
A sabatina foi o primeiro evento de Serra na semana, após a divulgação de pesquisa do instituto Datafolha em que ele e Dilma Roussef, pré-candidata petista, aparecem empatados pela primeira vez. Outros institutos já haviam apontado o tucano atrás nas intenções de voto.
Tanto assim que Serra criticou o formato de sabatina sem encontro – e embate direto – entre os candidatos. Ele reconheceu, porém, que a coordenação de pré-campanha tenha aceitado o formato proposto pela CNI.
O principal alvo das críticas foi o modelo de gestão de investimentos públicos federais em infraestrutura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Não tem planejamento, falta gestão. Se tudo é prioridade, não tem prioridade", criticou Serra. "Acredito em planejamento público. Investimento estruturante é planejamento. Não é planejamento de uma economia centralizada, que não funciona", insistiu.
A respeito da declaração de Dilma de que não se pode acabar com indicações políticas em agências reguladoras, mas que é necessário respeitar critérios técnicos, Serra partiu para o ataque: "Tudo está loteado (entre partidos políticos)".

Para a torcida

"Na área federal, a obesidade dá até gosto. Puxa vida, como dá para aumentar a eficiência", destacou, arrancando aplausos da plateia. Serra prometeu acabar com a cobrança de PIS/Cofins na construção da infraestrutura de saneamento.
"Entra governo, sai governo e continuamos campeões mundiais em maior carga tributária e nos juros altos, numa lista de 135 países", disse o pré-candidato. Serra demonstrou preocupação com o processo de desindustrialização porque o país estaria passando, o que estaria dando lugar a uma economia de serviços. "Só com desenvolvimento industrial poderoso o Brasil vai ser um país desenvolvido.”
Além de criticar a carga tributária, Serra ainda jogou para a torcida ao criticar a ação do Banco Central na definição da política de juros. "Não posso ter um ministro da Fazenda em disputa com o presidente do Banco Central e vice-versa. Não há governo que funcione bem assim", afirmou.
Pesquisa publicada na segunda-feira (24) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que impostos e crédito são as duas principais queixas do setor. Os dois itens foram alvo das críticas de Serra.
O tucano atribuiu à autoridade monetária a redução da participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB). Porém, descartou mudanças bruscas, prometendo manter equilíbrio macroeconômico com desenvolvimento sustentável. "Eu ajudei a erguer a mesa da economia do Brasil, não vou derrubar essa mesa. O importante é que a gente olhe para frente", sublinhou.
Ainda foi alvo de crítica a importação de produtos chineses, com direito a referências a um episódio de compra de preservativos do país asiático quando Serra era ministro da Saúde. Segundo ele, ao abrir o pacote, percebeu um "cheiro de pena de galinha". Ele ainda fez piadas sobre a possibilidade de o odor ser apreciado pelos orientais.

Irã

Sobre a ação brasileira de intermediar negociações entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Serra afirmou concordar com a postura do Brasil, mas defendeu a defesa dos direitos humanos. Ele ainda demonstrou ceticismo em relação ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Não é uma pessoa, não é um regime para a gente confiar", criticou.
Com informações da Reuters

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